quarta-feira, agosto 09, 2006

Lula e sua equipe usam telefones e rádios com cartões de memória da Argentina e da Venezuela para fugir dos “grampos”

O presidente Lula e seus principais estrategistas ou aliados estão falando ao telefone sem o menor pudor. Não temem que suas conversas possam ser captadas pelos famosos grampos. Eles estão usando rádios Nextel e telefones celulares cujos “chips” são registrados na Argentina e na Venezuela. As linhas são registradas em nomes de “laranjas” para não serem detectadas sequer nos países de origem da operadora da telefonia ou rádio. A tática também prevê a troca constante dos cartões de memória, para que nunca sejam rastreados.
Os aparelhos estrangeiros só podem ser “escutados” com autorização legal da Justiça daqueles países – o que dificilmente é concedido, ao contrário do que acontece no Brasil. Por aqui, uma ordem judicial mal formulada consegue que as Polícias Federal e Civil façam escutas “legalizadas” em telefones celulares, rádios Nextel e até em e-mails de cidadãos que são listados entre os suspeitos de crimes hediondos, como os investigados em casos de seqüestro ou tráfico de drogas e armas. Tais escutas acontecem nas próprias centrais de telefonia, onde a gravação não deixa dúvidas sobre o conteúdo e a origem dos personagens que participam dos diálogos grampeados.
Lula e sua equipe resolveram adotar os telefones com cartões de memória estrangeiros, depois que andaram vazando, na imprensa, várias conversas sigilosas feitas nos próprios telefones em uso, com números reservados e com chips trocados constantemente, pela Presidência da República, que eram dados como “seguros e limpos”, na gíria da “arapongagem”. O presidente Lula chegou a reclamar com a Agência Brasileira de Inteligência sobre a falta de segurança no sistema de comunicação da Presidência e cobrou providências.
A Abin intensificou as varreduras periódicas nos telefones fixos, celulares e nos ambientes dos Palácios do Planalto, da Alvorada, do Jaburu e da Granja do Torto. Além da Abin, o presidente e sua equipe contam com a consultoria informal de segurança prestada por ex-agentes russos da KGB (a extinta agência de inteligência da também falecida União das Repúblicas Socialistas Soviéticas). Foi dos russos, que também assessoram o presidente venezuelano Hugo Chávez, a idéia de usar os telefones “estrangeiros”, substituindo-os constantemente.
Um dos entusiastas do uso de aparelhos de celular estrangeiros é o marketeiro oficial da campanha presidencial de Lula, o baiano João Santana. Também adotaram o mesmo sistema de segurança “anti-grampos”, além do presidente Lula e sua equipe mais próxima, o também baiano Duda Mendonça (que continua como consultor informal da campanha petista, atuando na sombra) e o consultor de empresas e advogado José Dirceu de Oliveira e Silva (outro dos comandantes da campanha reeleitoral do PT), ao lado do ministro Luiz Dulci (o principal articulador dos discursos táticos de Lula, em comum acordo com a equipe de marketing).

Fonte aqui.

Nenhum comentário: