quinta-feira, agosto 10, 2006

Colunista questiona critérios de entrevistas do Jornal Nacional

Dora Kramer analisa linha adotada pela emissora

A mídia acompanha, atenta, as entrevistas com os candidatos à Presidência da República realizadas pelo Jornal Nacional, da Rede Globo. Na nota publicada hoje (10/8) a colunista Dora Kramer faz a análise da linha adotada pela emissora nos últimos dias.

Segundo ela, a entrevista com Heloísa Helena teve um tom bem mais brando do que utilizado com Geraldo Alckmin. E questiona: ou o Jornal Nacional "obriga-se a prosseguir na toada da agressividade - o que é delicado, em se tratando do presidente da República em entrevista feita no Palácio da Alvorada, no ‘campo" dele -, ou desobriga-se e transmite ao público a impressão de que o compromisso de imparcialidade na cobertura das eleições, peça de propaganda da emissora, não é para valer."

Em nota publicada ontem (9/8) a colunista já cobrava isenção da emissora: "A preservação da isonomia de tratamento implica necessariamente a rejeição da exigência que tem sido feita nas entrevistas dadas pelo presidente, de que apenas uma pergunta verse sobre corrupção." E conclui: "Já que os escândalos do PT e de seus aliados, bem como a ausência de explicação convincente por parte de Lula, foram a tônica dos últimos dois anos, ficará desigual se o tema não preponderar."

Já a comentarista Lúcia Hippólito, em comentário na Rádio CBN, destacou a insistência dos entrevistadores em cobrar de Alckmin resultados obtidos no governo do Estado e não questionar, em nenhum momento, o candidato quanto ao seu programa de governo.

Fonte: O Estado de S.Paulo

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