terça-feira, julho 25, 2006

O PESO DA CPMF NAS TAXAS DE JUROS


IMPEDIMENTOS
As taxas de juros – prime -, definidas no Brasil como SELIC, atingiram os seus níveis mais baixos das últimas décadas. Mas, os impedimentos para que venhamos a ter taxas muito menores, se comparadas com outros países, ainda vão persistir por muito tempo, ou melhor, para sempre. Razões:

ÚNICO PAÍS DO MUNDO
Quando o Brasil é citado como país detentor da mais alta de juros deste mundo, por incrível que possa parecer não é citado como o único país que taxa as transações financeiras, como ocorre com a estúpida CPMF. De novo: ninguém cita este absurdo que só acontece aqui e que eleva dramaticamente o custo do dinheiro no Brasil.

PESO BRUTAL
Observem, por conseguinte, o peso que a CPMF vem conquistando, de forma fantástica, a cada redução da taxa Selic. A alíquota de 0,38% sobre uma taxa Selic de 25% ou 30% tem um peso relativamente baixo, mas a mesma alíquota sobre o juro atual, de 14,75%, é brutal. Notem que a taxa atual líquida, descontado o IR de 20%, é de 11,80% ao ano, ou 0,93% ao mês, capitalizados. E a incidência da CPMF, de 0,38%, é em cada transação.

LINEAR E CUMULATIVA

A CPMF, por ser linear e cumulativa, caso não seja reduzida proporcionalmente à redução dos juros vai virar um problema maior ainda. O correto mesmo seria não cobrar o estúpido tributo, mas há sempre os desavisados e equivocados que ainda exigem que o valor arrecadado seja todo ele destinado à saúde. Pode?

O PIOR CONGRESSO DO MUNDO
Uma coisa está bem clara e dispensa maiores explicações: o Brasil e o mundo nunca tiveram um Congresso como o nosso. Ninguém teve um tão ruim, tão corrupto e tão despreparado quanto o parlamento brasileiro atual (tá bom, tem umas exceções). O pior de tudo é que mais de 80% dos atuais congressistas vão tentar a reeleição. Desta vez o povo vai ser testado para dizer se gosta ou não de bandidos e safados. Com a palavra, ou melhor, o voto, a sociedade brasileira.

NA CABEÇA E NÃO NOS BOLSOS
Podem inventar o que quiserem quanto à má distribuição da renda no Brasil, repleta de pessoas muito mal educadas. Acreditem: distribuam a renda em parte iguais a todos os habitantes do Brasil e, em questão de horas, o dinheiro voltará sempre, e bem rápido, para os mais inteligentes. Isto prova que dinheiro não está nem nunca esteve nos bolsos das pessoas, mas tão somente na cabeça delas. Ou seja, de quem tem inteligência. Dá-lhe educação e tudo se resolve.

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