sexta-feira, julho 21, 2006

Essas mulheres maravilhosas...


Kate O'Beirne: provocação, barulho, protesto

A rede está noticiando com certa ênfase: só 19% dos candidatos são mulheres. O que será que isso quer dizer? Nada! Talvez prova de bom gosto. Impôs-se cota para a participação da mulher na política, o que é besteira. O Estado mais “machista” seria a "Paraíba mulher macho", do grande jornalista Zé Nêumanne, um mulherista convicto: 92,29% dos que disputam as eleições no Estado são homens. Depois, sabe-se lá por quê, vem Goiás (90,96%). E o Estado mais feminista? Tocantins, com 19,08% de participação feminina, seguido do Acre (18,99%). Vai ver que, quando Tocantins se separou de Goiás, em 1988, as mulheres que gostavam de política resolveram todas migrar para o outro lado da fronteira. Como diria aquele curador da mostra sobre a Comuna de Paris na Fundação Santo André
, a política ainda é “falocrata”. Segundo a jornalista americana Kate O’Beirne, mulher e editora da National Review, o feminismo tornou o mundo muito pior. A sua tese está no livro Women Who Make the World Worse. O subtítulo também não deixa dúvidas sobre a tese: “and how their radical feminist assault is ruining our schools, families, milatary and sports"). Dentre outras coisas, ela ataca a “feminização” por que passam os rapazes nas escolas americanas. No Brasil também. É barulho na certa. Ela é bem menos midiática que Camille Paglia, não é lésbica nem tem ambições de fazer antropologia. Eu concordo? Não. Mas tenho simpatia por quem pensa com destemor. De resto, sua tese lhe rendeu mais dor de cabeça do que prestígio. Se fizer algum mal, é só a ela própria. É um pensamento não doloso. A verdade é que essa conversa de militância de supostas minorias, sejam raciais ou de gênero, resultam só em obscurantismo. É isso o que eu acho.

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