quinta-feira, julho 27, 2006

O discurso de destruição em massa do Cabangu: Lula diz que Santos Dumont, que se matou, era brasileiro e não desistia nunca!!!

Santos Dumont: Lula o transformou num líder socialista: suicida "que não desiste nunca"

Nem Santos Dumont escapou do discurso de destruição em massa. Lula foi à cidade de Minas que recebe o nome do aviador, em companhia do governador do Estado, o tucano Aécio Neves, para comemorar os 100 anos do vôo do 14 Bis. Futrica rápida para ir ao que interessa: está em todo canto que Aécio destacou que não faz política de confronto etc e tal. Não gosto de seu jeito de fazer oposição, já escrevi isso. Mas, naquelas circunstâncias, queriam o quê? Adiante. Lula transformou o nosso dândi voador – e até inovador – num militante socialista. Na Folha On Line, está escrito que Lula exaltou o fato de Santos Dumont ter dividido o prêmio que ganhou pelo 14 Bis com os operários que o construíram e com os pobres de Paris. Não sei se o erro é da Folha ou de Lula. O que lhe rendeu 129 mil francos, que ele realmente dividiu, foi o dirigível nº 6, em 1901, e não o 14 Bis. Mas este erro é o de menas. Numa de suas gafes habituais, Lula mandou brasa: “A gente pode dizer: ele é um brasileiro e não desiste jamais”. Huuummm... Dumont desistiu: ele se matou em 1932. Lustrando a história oficial da carochinha, Lula romanceou: ele “morreu triste porque seu invento virou instrumento de guerra", o que é uma cascata monumental. Dumont tinha várias doenças e padecia de depressão profunda (assim como sua mãe que morreu quando ele já vivia em Paris). É mais provável que tivesse notado a besteira que fez ao não ter patenteado o invento, isto sim. Enquanto a bobagem rolava solta, ele recebeu o Gran Colar Mérito de Cabangu, concedido pelo Museu Casa de Cabangu, onde nasceu Santos Dumont.
AINDA ERA POUCO — Achando que o estoque de bobagens do dia merecia a sua contribuição, Luiz Dulci, secretário-geral da Presidência e conterrâneo de Santos Dumont, disparou a sua cascata alegórica: “Depois de muitos anos de estagnação, como se fosse um avião sem peças, guardado no hangar, o Brasil volta a voar sob o comando do presidente Lula. O Brasil levantou vôo novamente na economia, na área social, cultural e militar". É, Lula não é do tipo que fica deprimido com as conseqüências do seu invento.
É preciso ter algum espírito para isso.

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