sexta-feira, julho 28, 2006

Agora Chávez quer os temidos mísseis norte-coreanos


por Pedro Penzini - Revista Zeta - 04/07/2006
A Coréia do Norte provocou uma crise internacional pelo iminente
lançamento de um míssil intercontinental pondo em perigo a segurança mundial. A plataforma de lançamento está pronta para lançar o míssil Taepodong-2 que mede 35 metros com um alcance de 15.000 kilômetros, podendo chegar à costa oeste dos Estados Unidos e podendo impactar no Alaska ou Califórnia, devastar a Coréia do Sul, o Japão ou Taiwan, pondo em perigo a vida de mais de 18 milhões de pessoas. Os serviços de inteligência do Japão e da Coréia do Sul conseguiram corroborar que Pyongyang completou a injeção de combustível no míssil e que podem ter construído, clandestinamente, 20 mísseis nucleares. Condoleezza Rice, secretária de Estado dos Estados Unidos, considerou o assunto como uma “grave provocação” e o primeiro-ministro japonês, Junichiro Koizumi, anunciou que Tókio tomaria “medidas drásticas e duras” se o lançamento se realizar. Pyongyang já havia provocado uma comoção internacional quando em 1998 lançou o Taepodong-1, míssil de longo alcance de uns 2.000 km., que sobrevoou o Japão e caiu no Oceano Pacífico. Apesar das ameaças, o lançamento parece iminente já que as imagens de satélites mostraram que o míssil está pronto para ser lançado e uma vez carregado de combustível, é difícil e muito perigoso extraí-lo. De modo que, uma vez enchido o combustível, o míssil tem que ser lançado. Entretanto, uma frente de tormenta impediu o lançamento, fato que dificultaria realizar os procedimentos de seguimento ao foguete uma vez lançado. Em conseqüência, Washington declarou-se em “alerta máximo”. O assunto é de tal gravidade que, segundo a CNN, oficiais de defesa dos Estados Unidos confirmaram ao Washington Times que o Pentágono já ativou o sistema de defesa anti-mísseis nucleares, que esteve inativo por anos, como medida de precaução e segurança, passando de “test mode” para “operacional”. Por outro lado, as tensões do programa nuclear do Irã pareceram diminuir e com isso o preço do petróleo, que se mantém numa variação entre 68-72 dólares. Ao contrário da Coréia do Norte, o Irã insiste que seu programa nuclear busca produzir energia e não a fabricação de armas nucleares. O Irã continua estudando a proposta ocidental e prepara uma resposta. Na Venezuela, o presidente Chávez anunciou um novo giro internacional antes de setembro à Rússia, Irã, China, Vietnã e Coréia do Norte. Segundo informação privilegiada revelada pela jornalista Jurate Rosales, “a viagem de Chávez à Coréia do Norte agitará o vespeiro porque a Venezuela deseja comprar foguetes intercontinentais de longo alcance. Representantes do governo venezuelano já realizaram mais de 8 viagens à Coréia do Norte para negociar a compra de tais mísseis”. Com isso, a Venezuela instalaria plataformas nucleares próprias, satisfazendo os sonhos delirantes e senis de Fidel Castro, conformando um bloco nuclear com o “eixo do mal” Coréia do Norte-Irã, pondo em grave perigo a paz do mundo.

Tradução: Graça Salgueiro

Nenhum comentário: