segunda-feira, julho 17, 2006

Histórias familiares.


Embora não pareça, sou descendente de alemães. Meu avô veio da Alemanha nos anos trinta, pouco antes da ascensão daquele escoteiro abiloilado do Adolfo, pois como sói acontecer com os membros de nossa família, não gostamos de estar por perto quando a coisa vai “feder”. Meu pai era adolescente quando o Brasil entrou pelo cano, - ops! - , quer dizer para a 2ª Guerra, contra as potências do Eixo (não para defender a democracia, pois ainda estávamos sob o Estado Novo, mas para ganhar a CSN dos americanos). Neste período, várias famílias de imigrantes e descendentes de italianos, alemães e japoneses, foram perseguidas em nossos país, “era tudo quinta coluna” segundo o entendimento local. Bem, esta introdução foi para contar um fato pitoresco e, vamos lá. Meu pai e mais um amigo, de nome Günter, também filho de alemães só que não tão aculturados quanto nossa família, iam para a escola quando ao passar por um grupo de rapazes, foram recebidos com um: - Fora espiões do Eixo. Ao que o Günter retruca:
- Não serr alemon. Eu serr brrasilerro legítima. Nem precisa me falar que foi pior a emenda que o soneto.

Nenhum comentário: