terça-feira, dezembro 05, 2006

## Sexo, drogas e marketing ##

Dentro desse contexto tão conhecido por nós, no qual o clássico advertising pode não ser a melhor saída para uma comunicação eficiente, diversos novos conceitos aparecem como ferramentas de propagação. Um deles é o advertaiment (leia-se publicidade em forma de conteúdo de entretenimento), que busca o diálogo com o consumidor gerando conteúdo que ele QUEIRA ver. A última novidade nesse sentido são as adverbands.
A Symantec, nos últimos meses, está divulgando sua criação, a Rock dot Rock. Trata-se de uma banda com bons riffs à la anos 80 e letras nem tanto, tudo para lançar seu novo software, o Confidential. No site, a banda se diz a primeira adverband do mundo, o que fica em dúvida devido à existência de uma outra possível adverband.
A Hurra Torpedo já era uma banda veterana quando a Ford resolveu patrociná-la em troca da sua associação com o Fusion, o carro que estava sendo lançado no final de 2005. Diferente do Rock dot Rock, que tem total identificação com a Symantec (cores, logo no site), o Hurra Torpedo conversa com o produto de forma mais conceitual, pois seu maior diferencial é produzir som a partir de fogões, lavadoras, geladeiras e outros, que são destruídos durante as performances, o que faz sentido quando o público-alvo é composto por homens e mulheres por volta dos 30 anos, a chamada geração X.
As duas iniciativas são muito interessantes, mas ambas tem seus defeitos. No caso do Rock dot Rock, o maior deles é a inserção forçada de ferramentas do software e problemas causados por hackers nas letras das músicas. O ponto positivo vai para o fato das músicas serem originais.
Já o Hurra Torpedo, com a vantagem de ter uma ligação muito sutil com o produto, perde em originalidade, pois seu hit viral é uma regravação de Total eclipse of the heart.
O que fica em discussão é se uma verdadeira adverband tem de ter sido criada com o propósito ou se um “apadrinhamento” já encaixa uma banda na categoria

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