Senador Jorge Bornhausen durante discurso de despedida. Uma agenda e a promessa: fica na política (foto: Roosewelt Pinheiro - Agência Senado)
O presidente do PFL, senador Jorge Bornhausen (SC), leu hoje seu discurso de despedida do Senado. Ele fez uma síntese de sua trajetória na política e lembrou como um “dos grandes momentos” a formação da Frente Liberal, grupo de dissidentes do antigo PDS (partido sucessor da Arena no apoio à fase final do regime militar) que aderiu à candidatura de Tancredo Neves, do PMDB. A eleição do peemedebista, que não chegou a tomar posse, pôs fim ao regime militar.
Bornhausen fez a defesa enfática do PFL como partido de oposição e estabeleceu um agenda de militância claramente liberal. “Não me despeço, não digo adeus, não me arrependo, não reclamo aplausos, não me exalto, antes, humildemente, confesso profunda gratidão pelo calor humano e generosidade das senadoras e senadores, aliados e adversários, que nunca me faltaram com simpatia e, principalmente, respeito. Recebi um mandato popular com tempo certo, e ele está se encerrando. Foi um dos mais belos e estimulantes períodos da minha vida política, que continuarei a exercitar no meu partido”, afirmou.
Cai a qualidade do Senado. Espero, sinceramente, que o senador continue ativo no PFL. E que concorra para fazer do partido uma legenda solidamente conservadora e solidamente democrática, como parte significativa da sociedade brasileira reclama. Bornhausen teve papel importante na volta do país à democracia e tem muito a contribuir para a sua consolidação. Especialmente num momento em que as tentações autoritárias nos rondam. Clique aqui para ler íntegra do discurso.
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