sexta-feira, novembro 17, 2006

UM TRIBUTO A MILTON FRIEDMAN


A MORTE DE UM BRILHANTE!
Enquanto o comunista Fidel Castro continua vivo, o liberal Milton Friedman nos deixa. Não é justo. Mas, enfim, já que aconteceu quem deve estar muito feliz pela companhia que ganhou, a partir de ontem, é o nosso (não de todos) saudoso Roberto Campos. A recepção que Campos (foto) deve ter feito a Friedman, aonde quer que seja, deve ter sido bastante calorosa e cheia de abraços, com certeza. Doravante, eles vão poder conversar e trocar idéias liberais eternas sobre as maravilhas que conseguiram influenciar onde viveram.
PENSADOR LIBERAL
Milton Friedman foi, indiscutivelmente, um dos maiores e mais influentes economistas do último século. O grande pensador liberal, ganhador do Prêmio Nobel de 1976, morreu ontem de insuficiência cardíaca em San Francisco, CA, com 94 anos. Enquanto viveu, Friedman pregou o livre empreendimento e ficou célebre por dizer que não existe almoço grátis.
O BRASIL NÃO APRENDEU
Inobstante o enorme tempo que o guru teve para suas pregações, não conseguiu influenciar os governantes brasileiros, que jamais o seguiram ou compreenderam. A prova está que sempre fizeram e continuam fazendo tudo ao contrário por aqui. O que explica muito bem o nosso crônico fracasso.
ESCOLA DE CHICAGO
Milton Friedman é considerado o pai da Escola de Chicago de economia. Com clara convicção repetiu sempre que o aumento da emissão de moeda eleva a inflação, mas não o crescimento econômico no longo prazo. Esta doutrina é plenamente aceita na economia do mundo dos inteligentes. Inflação, dizia Friedman, é sempre e em todo lugar um fenômeno monetário.
BOA SORTE, FRIEDMAN!
Capitalismo e Liberdade foi, no meu entender, uma de suas maiores obras. Mas, por todas elas e por suas certeiras pregações, sugiro que Friedman nunca descanse em paz. A sua guerra vai continuar. Através de seus livros, seus dizeres e suas memórias, certamente. Entretanto, quero mais: se tiver tempo disponível no além, que apareça na Terra, principalmente no Brasil, e se possível acompanhado de Roberto Campos, para continuar dizendo que liberdade econômica salva enquanto que intervenção governamental mata. Boa sorte na nova vida, caro Friedman. Ah, por favor, não esqueça: dê um forte abraço no Campos.

PS: Confiram abaixo a repercussão da morte do economista Milton Friedman, prêmio Nobel de Economia de 1976. Líder da conservadora Escola de Chicago de Economia, o nome de Milton Friedman é associado às teorias "monetaristas", que consideram que a inflação pode ser controlada quase que exclusivamente pela oferta de moeda.

"Milton Friedman será sempre incluído entre os grandes economistas", disse o secretário do Tesouro norte-americano, Henry Paulson. "Suas idéias pioneiras sobre a ligação entre economia e liberdade política pavimentaram o caminho para a prosperidade e a vitalidade financeira em economias do mundo todo."

"Meu mundo não será o mesmo", lamentou Alan Greenspan, ex-presidente do Fed (Federal Reserve, banco central dos EUA. "Ele foi uma referência na minha vida tanto pessoal quanto profissionalmente por meio século", disse Greenspan.

"Milton Friedman reviveu a economia da liberdade quando ela tinha sido quase esquecida. Ele era um lutador intelectual pela liberdade. Nunca houve um praticante menos triste de uma ciência triste", disse Margaret Thatcher, ex-primeira-ministra do Reino Unido.

A maior parte do pensamento moderno dos bancos centrais vem de Friedman, disse William Poole, presidente do Fed de Saint Louis. "Antes de Milton, os economistas não eram levados a sério pelos fazedores de políticas públicas."

A colega Anna Schwartz elogiou Friedman como um professor que "fez muito para fazer da política monetária uma questão central para os realizadores de políticas públicas".

Nenhum comentário: