quinta-feira, novembro 30, 2006

O FEUDALISMO BRASILEIRO

SISTEMA FEUDAL
A cultura feudal e imperial trazida por D. João VI ao Brasil continua viva e fortemente enraizada na vida dos brasileiros. A proclamação da República disfarçou o sistema, mas o feudalismo continua evidente. Sim, os feudos, gente, continuam até hoje absolutamente intocáveis. Foram, ao longo do tempo, bem preservados, a sete chaves, em todas as formas de Constituição escritas e aprovadas desde a Declaração da Independência e da Proclamação da República.
CLASSE NOBRE
A antiga nobreza, representada pela Côrte de Portugal, foi meramente substituída pelas atuais corporações de funcionários públicos. Desde então quem trabalha no serviço público e nas estatais passou a ser a Classe Nobre, bem diferente dos demais. Diferente do povo, dos plebeus. Com um acréscimo: Cada Poder virou uma Côrte. Independente, mas sempre privilegiada pelas vantagens mantidas e adquiridas.
CÔRTE MAIS ABASTADA
Vejam que o matrimônio, depois da Proclamação da Independência, chegou a ser permitido entre pessoas de classes diferentes, mas nem tanto. Até pouco tempo atrás as mães ainda preferiam entregar suas filhas aos funcionários do Banco do Brasil, da Caixa Federal ou da Petrobrás. Hoje, a preferência maior já recai para funcionários do Tribunal de Contas, do Judiciário ou do Ministério Público. A Côrte mais abastada.
DIREITOS ADQUIRIDOS
Os privilégios concedidos exclusivamente aos nobres do Reino ficaram intocáveis quando transferidos à casta de funcionários de governos. Que, se comparados com os quase inexistentes direitos que a plebe conquistou, são fantásticos: vida mais longa, estabilidade no emprego, saúde mais bem cuidada, aposentadoria mais cedo e muito incentivada, salários superiores aos da iniciativa privada (alguns acima do teto), licenças-prêmio, faltas remuneradas, greves idem, etc, etc... Tudo direito adquirido. E quando alguém diz ou mostra isto acaba ganhando forte antipatia, como se alguma mentira estivesse dentro do contexto.
DECEPÇÃO DO ANO
Como se não bastasse tanto privilégio, a presidente do STF, Ellen Grace, que foi muito festejada, por ser mulher, ao assumir o mais alto cargo do Poder Judiciário, decepcionou. Já é a grande decepção de 2006. Ela entende que os juízes ganham mal. Exige um teto de R$ 30 mil mensais. As mulheres do povo, da plebe, estão revoltadas e os homens, bobos da Côrte, decepcionados. Viva!

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