quinta-feira, janeiro 25, 2007

RETOMANDO A DISCUSSÃO

PRIVATIZAÇÕES
Ao que tudo indica deverá ser retomada a discussão das privatizações no Brasil. Em todo, ou em parte, vários ativos públicos já estão sendo vendidos pelos governos por serem considerados totalmente dispensáveis da propriedade estatal. Além de serem extremamente onerosos para os cofres públicos não conseguem ser bem administrados.
GOVERNANÇA CORPORATIVA
Dois fatores importantes vão pressionar os debates sobre a necessidade da venda de vários ativos que se encontram nas mãos do Estado: 1- a adaptação aos princípios da boa governança corporativa, regra indispensável para todas as estatais, segundo a ministra Dilma, que precisa ser aplaudida; e,
CONVERTIDOS, MAS NÃO CONVENCIDOS
2- a necessidade de fazer caixa. Estas duas realidades ainda não deverão mexer, de forma importante, com a devida inteligência e convicção de que o caminho correto é vender todos os ativos de propriedade do Estado. Isto, infelizmente, ainda vai demorar por aqui. Afinal, os nossos governantes estão muito mais para convertidos do que para convencidos.
SEM OPOSIÇÃO
Terrenos e imóveis em geral não oferecem tanta oposição à venda. Não ferem ou prejudicam as corporações. Aí, portanto, é bem mais fácil transferir o bem para a iniciativa privada. Ou seja: quando não há relação de emprego de funcionários com algum tipo de ativo, a resistência é nula. Aí vale a economia, a lógica e o silêncio.
LEGÍTIMOS DONOS?
Já quando o assunto é a venda de ações de empresas estatais as coisas mudam e as reações aparecem. Apresentando-se como os mais legítimos donos, os funcionários das empresas públicas tratam imediatamente de impedir qualquer discussão sobre a venda das estatais.
INFLUÊNCIA DOS ESPERTOS
E a sociedade, por demais emburrecida e influenciada pelos espertos, acaba surfando na mesma onda. Acredita sempre e piamente, por falta de raciocínio, que é mau negócio vender os ativos para a iniciativa privada. Que, indiscutivelmente, é preparada e bem mais competente para administrá-los.
NA BOLSA
Ora, independente da necessidade de caixa, que representa o fator de convencimento temporário dos governos de descartar ativos públicos, vamos entender o seguinte: se o Estado tem recursos de sobra (advindo de impostos, obviamente) e deseja investi-los por acreditar no sucesso de empresas, bastaria que adquirisse ações de empresas na Bolsa de Valores. Lucraria com os dividendos, não daria prejuízos aos contribuintes e não gastaria tempo com a administração das empresas. Que tal?

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