O discurso anual dos presidentes dos EUA - no início de cada ano - é um acontecimento político com respeitosa liturgia e que mostra o respeito a majestade dos presidentes e por outro, do presidente a soberania do poder legislativo. O conteúdo deste discurso serve como um compromisso, que é sempre cobrado. Por isso deve ser desenhado com todos os cuidados. Não se pode prometer por prometer, pois o custo político disso não seria resgatável mais.
Abaixo os comentários que os dois "grandes" jornais norte-americanos fizeram, no dia seguinte do discurso de Bush. Nos dois casos a linha do Washington Post e do New York Times, foi uma dura critica. O Post sublinha a questão do Iraque, do Meio Ambiente e do Livre Comercio. O Times trata da questão política e da inconfiabilidade de Bush.
Para o Washington Post:
1. "Bush ofereceu suas garantias usuais na noite passada sobre o estado saudável da União, mas o estado de sua presidência nunca esteve pior".
2. "Ele enfrenta uma maioria democrata em ambas as casas do Congresso e uma opinião pública crescentemente descontente com a guerra no Iraque e desencantada com sua liderança. Quando ele fizer o discurso do Estado da União no ano que vem, as eleições primárias já estarão a caminho e a relevância de Bush estará desbotando";
3. "O discurso foi desapontador por conta de omissões de temas importantes. "Mais uma vez, ele não ofereceu um esforço sustentado e em larga escala para combater a mudança climática, escolhendo em vez disso tratar o progresso na questão como um subproduto de seu esforço para conter o consumo de gasolina";
4. "Em um momento em que o país poderia se beneficiar de uma discussão séria sobre a importância do livre comércio e a necessidade paralela de reduzir os problemas provocados pela globalização, Bush fez apenas uma referência rápida a comércio".
Editorial do New York Times, por sua vez, diz que:
1. "A promessa do presidente de trabalhar em conjunto com a oposição democrata não convence. "Já escutamos isso antes de Bush. No começo de 2001, ele prometeu unir os americanos e em vez disso embarcou em cortes irresponsáveis de impostos, uma agenda social direitista divisiva e uma política externa conservadora que rasgou tratados internacionais e alienou até mesmo os mais próximos aliados dos EUA";
2. "Logo após o 11 de Setembro, Bush teve uma segunda chance de unir o país – e o mundo -, mas desperdiçou a chance em uma guerra sem sentido e catastrófica no Iraque". "Bush prometeu bipartidarismo após sua reeleição em 2004 e outra vez após o furacão Katrina. Mais uma vez, ele não cumpriu a promessa."
3. "Quando os republicanos controlavam o Congresso e a Casa Branca, o único interesse real de Bush era tornar sua maioria permanente; consultas significavam dizer aos democratas o que ele havia decidido". Porém, com as eleições para o Congresso vencidas pelos democratas no ano passado, o discurso deixou claro "um fato político importante: que as decisões não competem mais somente a ele";
4. "Havia uma grande mudança na noite de ontem: o público. Em vez de sólidas maiorias republicanas seguindo a marcha da Casa Branca, o Congresso é controlado pelos democratas. Será sua tarefa mostrar liderança a uma nação que quer mudanças desesperadamente e espera que seus líderes trabalhem juntos para isso";
5. "O desafio dos democratas será formar alianças reais com republicanos dispostos. Se eles fizerem isso, Bush poderá até ser forçado a, finalmente, negociar."
Abaixo os comentários que os dois "grandes" jornais norte-americanos fizeram, no dia seguinte do discurso de Bush. Nos dois casos a linha do Washington Post e do New York Times, foi uma dura critica. O Post sublinha a questão do Iraque, do Meio Ambiente e do Livre Comercio. O Times trata da questão política e da inconfiabilidade de Bush.
Para o Washington Post:
1. "Bush ofereceu suas garantias usuais na noite passada sobre o estado saudável da União, mas o estado de sua presidência nunca esteve pior".
2. "Ele enfrenta uma maioria democrata em ambas as casas do Congresso e uma opinião pública crescentemente descontente com a guerra no Iraque e desencantada com sua liderança. Quando ele fizer o discurso do Estado da União no ano que vem, as eleições primárias já estarão a caminho e a relevância de Bush estará desbotando";
3. "O discurso foi desapontador por conta de omissões de temas importantes. "Mais uma vez, ele não ofereceu um esforço sustentado e em larga escala para combater a mudança climática, escolhendo em vez disso tratar o progresso na questão como um subproduto de seu esforço para conter o consumo de gasolina";
4. "Em um momento em que o país poderia se beneficiar de uma discussão séria sobre a importância do livre comércio e a necessidade paralela de reduzir os problemas provocados pela globalização, Bush fez apenas uma referência rápida a comércio".
Editorial do New York Times, por sua vez, diz que:
1. "A promessa do presidente de trabalhar em conjunto com a oposição democrata não convence. "Já escutamos isso antes de Bush. No começo de 2001, ele prometeu unir os americanos e em vez disso embarcou em cortes irresponsáveis de impostos, uma agenda social direitista divisiva e uma política externa conservadora que rasgou tratados internacionais e alienou até mesmo os mais próximos aliados dos EUA";
2. "Logo após o 11 de Setembro, Bush teve uma segunda chance de unir o país – e o mundo -, mas desperdiçou a chance em uma guerra sem sentido e catastrófica no Iraque". "Bush prometeu bipartidarismo após sua reeleição em 2004 e outra vez após o furacão Katrina. Mais uma vez, ele não cumpriu a promessa."
3. "Quando os republicanos controlavam o Congresso e a Casa Branca, o único interesse real de Bush era tornar sua maioria permanente; consultas significavam dizer aos democratas o que ele havia decidido". Porém, com as eleições para o Congresso vencidas pelos democratas no ano passado, o discurso deixou claro "um fato político importante: que as decisões não competem mais somente a ele";
4. "Havia uma grande mudança na noite de ontem: o público. Em vez de sólidas maiorias republicanas seguindo a marcha da Casa Branca, o Congresso é controlado pelos democratas. Será sua tarefa mostrar liderança a uma nação que quer mudanças desesperadamente e espera que seus líderes trabalhem juntos para isso";
5. "O desafio dos democratas será formar alianças reais com republicanos dispostos. Se eles fizerem isso, Bush poderá até ser forçado a, finalmente, negociar."
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