quinta-feira, janeiro 18, 2007

INVESTIMENTOS EM SAÚDE E EXPECTATIVA DE VIDA!

1. Resumo comentado do estudo “The Value of Medical Spending in the United States, 1960–2000”, dos professores David Cutler, Allison Rosen e Sandeep Vijan, publicado no New England Journal of Medicine em 31 de agosto de 2006 . Os dados vêm do Departamento de Economia da Universidade de Harvard, do Nacional Bureau de pesquisa econômica (Cambridge) e do Centro de pesquisa e saúde - em Michigan - Ann Harbor.
Nos EUA, a expectativa de vida para quem nasceu entre 1960 e 2000 cresceu em 6.97/ano. Para os mais idosos (>65 anos) o ganho foi de 3,47/ano/vida.

2. Setenta por cento (70%) do ganho dos anos de vida (4.88/ano) foi relacionado ao melhor controle das doenças do coração, depois 19% - mortalidade infantil, 5% causas externas - violência, etc - e 4% por pneumonia e gripe. Para haver este benefício, os gastos médicos com os nascidos aumentaram entre 1960 e 2000 em U$ 69.364 e para pessoas acima de 65 anos em U$147.054. Ou seja, para se ganhar mais uma ano de vida, em pessoas que estão nascendo, o acréscimo de gasto é de ± U$25.000 e ganhar 1 ano de vida após os 65 anos gasta-se quase U$150.000.

3.
É claro que é muito importante evoluir nas políticas de saúde e melhoria da qualidade de vida, mas não podemos esquecer que esta melhoria sempre estará relacionada a gastos cada vez maiores. A visão simplória que o médico de família, ou outras políticas de prevenção e promoção de saúde, irão reduzir gastou com a saúde é extremamente equivocada, o que não significa que não sejam positivas para a população com aumento da expectativa de vida.

4. Alguns estudos de viabilidade econômica consideram o que é produzido pelo grupo saudável e que continua vivo e por este motivo produzindo riqueza. Neste caso, ajudando a equilibrar esta conta. Isso vale muito mais nos países desenvolvidos em que o PIB per capita é elevado, pois por outro lado, independente do país ser rico ou pobre, o custo com a saúde sempre será muito elevado (próteses, quimioterápicos, etc).

Veja as tabelas do estudo abaixo.



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