1 LÍDER POPULAR
Hugo Chávez e Evo Morales costumam se identificar dessa forma, como se fossem intérpretes da vontade do povo. Numa democracia representativa não há lugar para líder. O que existe é o presidente constitucional, que presta contas aos demais poderes. Na falta de democracia, o manda-chuva é chamado de ditador.
2 SABEDORIA INDÍGENA
É a utilização política do mito do bom selvagem. Os índios têm sabedoria, como toda cultura, mas em termos de violência e crueldade nada tinham a aprender com os colonizadores europeus. Os incas, cujo império Morales gostaria de recriar, sacrificavam crianças ao deus Sol.
Ao apelar direto às massas, a pretexto de que as instituições estão desmoralizadas e dominadas pelas "elites", Chávez adota um recurso típico das ditaduras: a manipulação das multidões em detrimento das regras democráticas. Adolf Hitler foi campeão da democracia direta.
Essa falcatrua tradicional consiste em responsabilizar forças externas pelas mazelas domésticas. Não importa que seja mentira. Ao inventar um inimigo externo (Chávez versus EUA, por exemplo), o caudilho procura forçar a população a ver as relações internacionais como uma espécie de copa do mundo e a torcer por seu governo.
Uma balela muito difundida é a de que alguns países, como a Bolívia, são ricos, mas a exploração estrangeira impede que o país usufrua as riquezas naturais. Há uma mentira óbvia aí: riquezas do subsolo não valem nada, exceto se forem extraídas por alguém com os recursos e a tecnologia necessários.
6 INTEGRAÇÃO SUL-AMERICANA
Quando fala nisso, Chávez não pensa em abertura comercial, livre fluxo de conhecimentos e pessoas ou de cooperação econômica, ao estilo da União Européia. Seu plano é uma coligação política para importunar os Estados Unidos. Enquanto isso, ele tenta implodir iniciativas práticas de integração econômica, como o Mercosul e a Alca.
Expressão genérica para organizações que agem à margem da lei e são usadas como massa de manobra para intimidar a oposição e as instituições. Morales, por exemplo, está utilizando a baderna promovida por "movimentos sociais" para tentar depor governadores democraticamente eleitos.
UPDATE: E há quem afirme, como o articulista da Folha de São Paulo, Fernando Barros e Silva (Folha 22/01/07), que os tiranetes cucarachas “são resultado de décadas de espoliação e de receitas liberais patrocinadas por elites que sempre deixaram os índios da terra a ver navios”.
Além de expressar um turbilhão de confusão mental, Barros e Silva patina no politicamente correto. Nem sabe ao certo o que é liberalismo, já que qualifica um bando cretinos ibéricos que colonizaram a América Latina como “liberais”. Nunca houve liberalismo no continente latino-americano! Por outro lado, incensa os índios, aqueles que matavam crianças e as ofereciam ao deus Sol.
Esses caras não aprendem. E não é por desleixo ou preguiça, mas por incapacidade mental. Aliás, uma síndrome de estupidez que acomete a maioria botocuda que está em todos os lugares. E em profusão nos jornais da grande imprensa. Argh!
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