sábado, fevereiro 03, 2007

Um arrastão moral no Planalto Central

E a bancada petista abriu o balcão de negociatas no Congresso Nacional para a eleição do rima rica à presidência da Câmara. Com a boca rica do Planalto cheia de dentes sorrindo para todos os partidos e deputados, o lindo Chinaglia (foto) puxou o arrastão de votos presos nas redes da imoralidade, patrocinando, uma vez mais, a derrocada moral do apêndice institucional alugado pelo presidente Lula.

O arrastão de verbas, cargos e promessas foi tão grande, que levou em seu engodo até os partidos da oposição. No primeiro turno, o boneco de Olinda, enquanto rebolava debaixo de um sol escaldante, sem sombra e sem sombrinha, obteve 175 votos. O fruta boa no meio de tantas podres, Gustavo Fruet, obteve 98 votos, enquanto que o ungido por Lula, mensaleiros, aloprados e alienados, chegou aos 236. No segundo turno, Aldo Rebelo, o antigo servo petista, conquistou apenas 243 votos, enquanto que Arlindo Chinaglia somou 261.

Do outro lado da linha do tempo e da história, contabilizando a fatura e somando os juros da abstinência, José Dirceu deu dois tiros de festins ao céu, rogando à complacência e subserviência de seus pares para votar, com o engajamento de Chinaglia, a sua anistia e seu retorno ao cenário político nacional. Meu Deus, no Brasil é sempre assim, o dia seguinte consegue ser mais assustador que o anterior.

O que marca e consolida uma verdadeira democracia é a sua independência entre os poderes, entre as suas instituições. A sua capacidade de repensar, de questionar, de redimensionar e avaliar as várias demandas em um país continental. Agora, tal postura, não podemos mais esperar da Câmara dos Deputados, já que rendida, se viu vendida por uma maioria que queria apenas o seu, esquecendo os milhares de votos que o povo os deu.

Enquanto isso, o Congresso Nacional apresenta os seus novos velhos atores, estampados nas capas dos jornais, onde encontramos Antônio Carlos Magalhães abraçando Fernando Collor, Paulo Maluf beijando a mão de Arlindo Chinaglia, Roberto Jefferson saudando Antônio Palocci, José Genoíno assistindo à tv ao lado de João Paulo Cunha, Waldemar da Costa Netto abençoando José Mentor, e o povo engolindo as rãs e os sapos que coaxam todos as noites, com o nosso dinheiro, bem no meio do coração do Brasil...

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