quarta-feira, fevereiro 27, 2008

GENERAIS (líderes), SEM ESTRELAS!

O Tenente Coronel Yngling - subcomandante do 3. regimento de cavalaria blindada do exército dos EUA, escreveu semanas atrás, um artigo - Generais sem Estrelas - na prestigiosa revista The New Yorker, criticando a cúpula do exército. O artigo teve grande repercussão, pois tem como cenografia a Guerra no Iraque.
Basicamente aponta para o preparo insuficiente na formação dos generais do exército dos EUA, vis a vis o papel que cumprem internacionalmente. Fala da acomodação em relação aos erros dos governos, fala de um sistema de promoções por proximidade, etc...
Inicia o artigo citando o teórico militar prussiano - Clausewitz (gravura acima). Mesmo sem citar sua assertiva famosa - a guerra é a política por outros meios, é esta a sua referencia. Este Blog acredita que a recíproca é verdadeira, ou seja, a política é a guerra por outros meios. Por isso usa, abaixo, alguns trechos do artigo, para ao reproduzi-los, insinuar analogia com a política especialmente com eleições.
1. Clausewitz assinalou os papéis da paixão, da probabilidade e da política num conflito (numa eleição dir-se-ia aqui).
2. O erro mais trágico que um general (líder) pode cometer é supor, sem muita reflexão, que as guerras (eleições), do futuro, serão parecidas com as do passado.
3. Os dirigentes políticos, sobretudo os eleitos, têm poderosos incentivos para se concentrar em questões mais próximas das preocupações imediatas do público.
4. Se para dizer o que pensa, o general (o líder), for esperar que a opinião pública e seus representantes eleitos, manifestem preocupação com as ameaças, terá esperado demais.
5. A coragem moral é muitas vezes inversamente proporcional à popularidade e em nenhum oficio essa observação é mais verdadeira do que na profissão das armas. A coragem física dos generais americanos não está em duvida, mas existe menos certeza no que se refere a sua coragem moral.
6. Na verdade, parte do problema está na tendência do Executivo a buscar colaboradores cordatos, bem adaptados a seu trabalho em equipe, para operar nos centros de comando.
7. Se o numero de inimigos que nossas operações militares (políticas) produzem, é maior do que o numero de inimigos que elas derrotam, não há quantidade de força capaz de nos fazer prevalecer.

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