terça-feira, setembro 30, 2008

ENERGIA SOLAR

Quase metade da energia solar produzida no mundo ocorre na Alemanha. Esse impacto é fantástico. Mas o que realmente faz com que a Alemanha consiga esse desempenho? Isso porque se sabe que grande parte do tempo por lá é nublado.
A resposta está no direito de todo cidadão poder montar uma pequena central de energia de fontes renováveis e as operadoras da rede elétrica do país são obrigadas a comprar o que for produzido. E pagam uma tarifa preestabelecida que vale por 20 anos. É o que permite uma lei conhecida pela sigla EEG (Erneuenbare Energien Gesetz) promulgada no ano 2000.

O megawat hora (MW) da energia solar produzida pela utilização de placas fotovoltaica é vendido a 460 Euros. Equivalente a R$ 1.150,00 na paridade do euro a R$ 2,50 (câmbio antes da turbulência). Para ter idéia de grandeza, o MW cobrado no Brasil é em torno de R$ 430,00 para consumo residencial acima de 150 kWh. Sem o ICMS (R$ 107,50) e sem o Pis e Cofins (R$ 39,80) o MW no Brasil fica em torno de R$ 280,00. O custo da energia nova, basicamente oriunda de termoelétricas, para os consumidores do mercado livre situa-se em torno de R$ 150 o MW. O consórcio vencedor da usina de Jirau comprometeu-se a vender o MWS a R$ 78,87.

Os produtores alemães vão desde grandes empresas a simples moradores que colocam painéis fotovoltaicos sobre os telhados de suas casas. Há cooperativas de unidades fotovoltaicas que faturam mais com o investimento na implantação de painéis do que com o dinheiro depositado no Banco.

A edição de Exame de 24/09/2008 publica uma série de estudos. Entre os estudos sobre energia figuram dados sobre as lições da Alemanha (página 14 e seguintes). Muito oportuna a sua leitura.

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