segunda-feira, janeiro 21, 2008

O QUE É A INDIFERENÇA?

1. Em 12 de abril de 1999, o intelectual judeu sobrevivente do holocausto nazi e Prêmio Nobel da Paz em 1986, - ELIE WIESEL - fez palestra na Casa Branca para convidados especiais do Presidente Clinton. O tema foi “O que é a Indiferença". Em sua palestre (Los Discursos del Poder - página 233 - Ed. Belacqua) Wiesel diz que..." para a pessoa que é indiferente, seu vizinho não tem nenhuma conseqüência, e, portanto sua vida carece de sentido. Suas preocupações, ou inclusive, suas angustias visíveis não tem qualquer interesse. A indiferença reduz o outro a uma abstração."

2. Diz mais: “A indiferença, além de tudo, é mais perigosa que a raiva e o ódio. Estes podem ocasionalmente serem criativos, quando se escreve um grande poema, uma grande sinfonia... Mas a indiferença nunca é criativa. Da indiferença não se obtém resposta alguma. A indiferença não tem resposta. A indiferença não é um principio, é um final. E, portanto é sempre o amigo do inimigo"

3. No dia 11/01/08 o Presidente Bush disse em Jerusalém que os aliados deveriam ter bombardeado Auschwitz. Foi o momento que encontrou para concordar com as idéias de Elie Wiesel, que condenou duramente a omissão de Roosevelt em não bombardear a linha ferroviária que levava judeus a Auschwitz, por não considerar prioritário.

4. Diz Wiesel a respeito: “... haveriam de ter bombardeado as vias de trem que conduziam a Birkenau, só as vias e pelo menos uma vez. Agora sabemos - e temos aprendido e descoberto - que o Pentágono sabia, e que o Departamento de Estado também o sabia.”

Folha de SP.
Bush diz que EUA deveriam ter bombardeado Auschwitz
Ao visitar ontem em Jerusalém o memorial às vítimas do Holocausto, o presidente George W. Bush comentou com sua secretária de Estado, Condoleezza Rice, que os Estados Unidos deveriam ter bombardeado Auschwitz para evitar que prosseguisse o extermínio naquele campo de concentração nazista, localizado na Polônia. O presidente Franklin Delano Roosevelt e seu sucessor Harry Truman sabiam sobre as câmaras de gás em que morreram de 1,1 milhão a 1,5 milhão de judeus. Mas nenhum campo foi bombardeado, já que os aliados, em plena ofensiva, tinham outros objetivos estratégicos. Um especialista israelense em Holocausto, Tom Segev, disse ter sido a primeira vez que um presidente americano lamentou o não-bombardeio.

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