domingo, abril 01, 2007

COMUNICAR NOS DIAS DE HOJE!

Este Blog já resumiu aqui artigos que tratam da queda de produtividade na comunicação através dos meios tradicionais. Num deles, o autor falava da morte do comercial de 30 segundos em TV.
Meio & Mensagem publica um texto de Regina Augusto tratando desta questão crucial, especialmente para a comunicação política, onde os comerciais e programas de TV estão tendo hoje baixíssimo retorno e mínima memorabilidade. Seguem trechos.

1. A Procter & Gamble, segundo maior anunciante dos Estados Unidos, com investimento na casa dos US$ 4 bilhões em 2006, passou recentemente o seguinte briefing às suas agências globais: como construir marcas sem o uso da mídia tradicional. No início do mês, Jim Stengel, chief marketing officer da P&G, foi enfático em sua palestra na conferência da American Association of Advertising Agencies (4As) ao reforçar a necessidade de novas formas de aproximação com o consumidor.

2. Ele diz que o trabalho de comunicação realizado pelas quase 300 marcas da P&G da maneira tradicional ainda funciona muito bem, mas admite que não há como negar que as alterações no cenário impõem meios diferenciados de abordagens mercadológicas — o que demonstra que o ritmo das mudanças não é captado tão rapidamente como se deseja e se propala.

3. Além disso, está claro para companhias do porte da P&G que, quanto mais próximas estiverem de sua base de consumidores, mais terão de ceder o controle. Esse é um grande desafio para as marcas que historicamente, ao longo do século passado, comandaram essa relação.

4. Com o surgimento da internet e a proliferação dos blogs e das redes sociais, os indivíduos estabelecem uma teia de relacionamentos, independentemente do consentimento das empresas. E é justamente essa capacidade de trocar mensagens entre si com grande velocidade, em uma escala sem precedentes, que deslocará para os consumidores o eixo de domínio das ações de comunicação das marcas.

5. Fica evidente que a gigante mundial de bens de consumo ainda não sabe quais são os caminhos mais eficientes para alcançar o público nesse novo panorama. E passou a bola às suas agências, em uma nítida demonstração de que este é um jogo que necessita, mais do que nunca, de um trabalho a muitas mãos para obter soluções eficazes e surpreendentes, pois não há referências para isso. A construção dessa estrada de relacionamento entre marcas e consumidores na era do colaborativismo tem como ponto de atração o fato de subverter algumas ordens e hierarquias das idéias.

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