Immanuel Wallerstein - Professor Emérito da Universidade de Yale presidiu a Comissão Gulbenkian, um grupo de cientistas que trabalhou com os novos paradigmas e também no Centro Fernand Braudel. Trechos - Clarin.
1- Recordemos, em primeiro lugar, que foram os chamados "neoconservadores" que vinham anunciando o declínio dos Estados Unidos nos anos 90. Claro, para eles isto constituía uma ameaça, e, portanto, projetaram uma estratégia de expansão imperialista que chamaram de "Projeto para o novo século americano". O que afirmo é que a guerra foi feita para restaurar a hegemonia norte-americana e acabou por acelerar a crise dessa hegemonia. A conseqüência foi que os Estados Unidos se precipitaram numa política desastrosa para eles.
2. O problema atual é que a hegemonia dos Estados Unidos encontra-se numa crise, segundo creio, irreversível e entramos numa situação que é e será ultraconfusa, caótica, com grandes mudanças numa direção e noutra, com pólos múltiplos de poder geopolítico, com uma situação econômica totalmente incerta e vacilante, e com um certo grau de violência no mundo todo. Isto porque assim são as transições de um sistema para outro.
3. Estamos ingressando numa situação de crise estrutural no sentido da construção de um novo sistema mundial, embora incerto. É o que os físicos da complexidade humana denominam "bifurcações": oscilações bruscas de todas as estruturas e processos que conhecemos, instabilidades que eventualmente se inclinarão numa direção ou em outra, e onde não conseguimos prever que lado da bifurcação será o lado definitivo da do novo sistema. Será um século de transição e de incerteza. Não creio que vá existir uma potência dominante ou hegemônica.
1- Recordemos, em primeiro lugar, que foram os chamados "neoconservadores" que vinham anunciando o declínio dos Estados Unidos nos anos 90. Claro, para eles isto constituía uma ameaça, e, portanto, projetaram uma estratégia de expansão imperialista que chamaram de "Projeto para o novo século americano". O que afirmo é que a guerra foi feita para restaurar a hegemonia norte-americana e acabou por acelerar a crise dessa hegemonia. A conseqüência foi que os Estados Unidos se precipitaram numa política desastrosa para eles.
2. O problema atual é que a hegemonia dos Estados Unidos encontra-se numa crise, segundo creio, irreversível e entramos numa situação que é e será ultraconfusa, caótica, com grandes mudanças numa direção e noutra, com pólos múltiplos de poder geopolítico, com uma situação econômica totalmente incerta e vacilante, e com um certo grau de violência no mundo todo. Isto porque assim são as transições de um sistema para outro.
3. Estamos ingressando numa situação de crise estrutural no sentido da construção de um novo sistema mundial, embora incerto. É o que os físicos da complexidade humana denominam "bifurcações": oscilações bruscas de todas as estruturas e processos que conhecemos, instabilidades que eventualmente se inclinarão numa direção ou em outra, e onde não conseguimos prever que lado da bifurcação será o lado definitivo da do novo sistema. Será um século de transição e de incerteza. Não creio que vá existir uma potência dominante ou hegemônica.
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