Nos últimos anos, o governo dos EUA entendeu que o foco principal de sua ação contra a cocaína deveria ser combater a produção, reduzindo as áreas de produção, por destruição das plantações. Decidiu assim porque verificou que a oferta era elástica e se ajustava a demanda, somadas às apreensões, que quase equivalem a demanda.
Na medida que as apreensões se davam no trânsito da cocaína depois de sair da Colômbia e até o consumidor norte-americano e a demanda era - em curto prazo - a mesma, a resposta flexível da produção (à soma de demanda e apreensões) tornava inócua, a concentração das ações na passagem da cocaína em direção aos EUA. Não que não se devam fazer, mas que se saiba que a flexibilidade da produção reduz em muito a sua eficácia.
Por outro lado a redução da demanda através de políticas preventivas, necessária e permanente, não afeta o curto prazo significativamente. Deve continuar como de grande importância, mas com repercussões em longo prazo.
Os traficantes se ajustaram e passaram a produzir e traficar cocaína de forma segmentada. Ou seja, uma repressão por mais forte e efetiva que seja, não afeta o movimento geral.
Isso nos leva a fazer indagações sobre as políticas de repressão as drogas no Brasil. Se a oferta se adequa naturalmente à demanda, as apreensões internas (que, aliás, são mínimas) pouco afetarão o movimento. O mesmo se pode dizer do tráfico de armas.
Desta forma as ações do governo federal e dos governos estaduais deveriam estar voltadas para reprimir a entrada de drogas no território nacional, a apoiar as ações de prevenção ao consumo e a desintegrar as gangs de narcovarejo, tornando qualquer "negócio" feito por elas, de alto risco.
Se isso é certo se concentrar em operações de inteligência policial e de investigação, que levam aos paióis (armas) e depósitos (cocaína) em locais específicos, será simplesmente "enxugar gelo". O que caberia - na lógica exposta - seria - por parte do governo federal - uma forte fiscalização das fronteiras por terra, mar e ar, uma reformulação técnica da fiscalização aos containers, uma fiscalização rigorosa a pistas de pouso clandestinas ou para-oficiais, aos iates clubes...
Há muito que aprender em matéria de fiscalização com o que se faz na fronteira Tijuana-San Diego (25 milhões de veículos por ano) e Windsor-Detroit (20 milhões de caminhões por ano). Com os novos métodos de inspeção de containers. Com a guarda marítima nos mares da Califórnia à Flórida.
E há muito que aprender com as forças militares e policiais da Colômbia que desintegraram as gangs urbanas - farc, auc... - nas comunidades das grandes cidades.
Na medida que as apreensões se davam no trânsito da cocaína depois de sair da Colômbia e até o consumidor norte-americano e a demanda era - em curto prazo - a mesma, a resposta flexível da produção (à soma de demanda e apreensões) tornava inócua, a concentração das ações na passagem da cocaína em direção aos EUA. Não que não se devam fazer, mas que se saiba que a flexibilidade da produção reduz em muito a sua eficácia.
Por outro lado a redução da demanda através de políticas preventivas, necessária e permanente, não afeta o curto prazo significativamente. Deve continuar como de grande importância, mas com repercussões em longo prazo.
Os traficantes se ajustaram e passaram a produzir e traficar cocaína de forma segmentada. Ou seja, uma repressão por mais forte e efetiva que seja, não afeta o movimento geral.
Isso nos leva a fazer indagações sobre as políticas de repressão as drogas no Brasil. Se a oferta se adequa naturalmente à demanda, as apreensões internas (que, aliás, são mínimas) pouco afetarão o movimento. O mesmo se pode dizer do tráfico de armas.
Desta forma as ações do governo federal e dos governos estaduais deveriam estar voltadas para reprimir a entrada de drogas no território nacional, a apoiar as ações de prevenção ao consumo e a desintegrar as gangs de narcovarejo, tornando qualquer "negócio" feito por elas, de alto risco.
Se isso é certo se concentrar em operações de inteligência policial e de investigação, que levam aos paióis (armas) e depósitos (cocaína) em locais específicos, será simplesmente "enxugar gelo". O que caberia - na lógica exposta - seria - por parte do governo federal - uma forte fiscalização das fronteiras por terra, mar e ar, uma reformulação técnica da fiscalização aos containers, uma fiscalização rigorosa a pistas de pouso clandestinas ou para-oficiais, aos iates clubes...
Há muito que aprender em matéria de fiscalização com o que se faz na fronteira Tijuana-San Diego (25 milhões de veículos por ano) e Windsor-Detroit (20 milhões de caminhões por ano). Com os novos métodos de inspeção de containers. Com a guarda marítima nos mares da Califórnia à Flórida.
E há muito que aprender com as forças militares e policiais da Colômbia que desintegraram as gangs urbanas - farc, auc... - nas comunidades das grandes cidades.
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