No afã de transformar a oposição em sub-legenda de seu grupo, e de eliminar os partidos na Argentina transformando a todos em sub-grupos seus, Nestor Kirchner foi cooptando a todos os políticos, especialmente os do centenário e tradicional Partido União Cívica Radical - de marca histórica democrática e liberal. Cobos (foto) depois de ter sido secretário de obras públicas na Cidade de Mendoza, foi eleito governador da Província de Mendoza.em 2003. Cooptado por Kirchner - passou a fazer parte da ampla frente de adesistas que este montou para eliminar a oposição e o Congresso.
Chamado a integrar a chapa de Cristina Kirchner como vice, Cobos dava curso a anti-política e ao projeto autoritário do presidente Nestor Kirchner. Nas eleições presidenciais deu certo, e Cristina venceu avassaladoramente no primeiro turno. Mas a inorganicidade tem seu preço, pois Cobos aderiu à salada mista de Kirchner, mas sua base e referência políticas, não desapareceram. E sua adesão era a um governo com aprovação de 60% e uma economia crescendo 9% ao ano com inflação de 10%.
Bastou que sua base regional se movimentasse em sentido contrário que a popularidade de Cristina despencasse, que a economia passasse a crescer quase a metade e que a inflação de fato chegasse a 25%, que os laços inorgânicos de adesão se mostrassem frágeis e o nó desatasse, fazendo Cobos retornar a sua posição de origem. Ou seja: não houve traição. Traição havia ocorrido antes, na cooptação. O voto dele como presidente do senado, esse sim foi orgânico.
É bom que por aqui todos aprendam a lição. É só esperar para se ver que a - arghh! - base aliada, é frágil, volátil, inorgânica, e se dissolverá quando a porca se torça e o ciclo se inverta.
Chamado a integrar a chapa de Cristina Kirchner como vice, Cobos dava curso a anti-política e ao projeto autoritário do presidente Nestor Kirchner. Nas eleições presidenciais deu certo, e Cristina venceu avassaladoramente no primeiro turno. Mas a inorganicidade tem seu preço, pois Cobos aderiu à salada mista de Kirchner, mas sua base e referência políticas, não desapareceram. E sua adesão era a um governo com aprovação de 60% e uma economia crescendo 9% ao ano com inflação de 10%.
Bastou que sua base regional se movimentasse em sentido contrário que a popularidade de Cristina despencasse, que a economia passasse a crescer quase a metade e que a inflação de fato chegasse a 25%, que os laços inorgânicos de adesão se mostrassem frágeis e o nó desatasse, fazendo Cobos retornar a sua posição de origem. Ou seja: não houve traição. Traição havia ocorrido antes, na cooptação. O voto dele como presidente do senado, esse sim foi orgânico.
É bom que por aqui todos aprendam a lição. É só esperar para se ver que a - arghh! - base aliada, é frágil, volátil, inorgânica, e se dissolverá quando a porca se torça e o ciclo se inverta.
Nenhum comentário:
Postar um comentário