
Lula vem tentando -em diversas ocasiões- construir bases institucionais para isso, com liquidação das agências reguladoras, tentativa de amordaçar o MP, tentativa de criação de um sistema de controle da TV, do Rádio e do Cinema,a cooptação de partidos médios para formar uma maioria ampla em base ao mensalão,.etc...e agora com uma constituinte para fazer a reforma política. A análise de Natalio Botana, deve ser obrigatoriamente incluída nas hipóteses dos acadêmicos e nas pesquisas, análises e observações dos mesmos. Segue uma citação final do artigo citado:
"Se chegarmos a consumar estas intenções, o sistema bipartidário, (argentino), se assemelharia ao esquema montado pelo PRI no México, com um partido hegemônico - pretensamente progressista - que tinha um partido a direita como cômodo partenaire".
"Se somamos esta política de cooptação às leis recentemente aprovadas para consolidar o perfil hegemônico do regime político, teremos em nossa frente, um projeto em marcha, pouco congruente com a qualidade pluralista da democracia: uma coligação a serviço do poder que desloca o sistema de partidos, não para garantir a concorrência e a alternância, mas no sentido de aprofundar o papel de uma força com vocação dominante. Por este caminho os partidos deixam de ser sujeitos principais do regime representativo para converterem-se em peças de um compacto dirigido, desde as entranhas do poder. Uma coisa é a coligação de partidos concebida em termos horizontais, e outra,muito diferente, é a coligação vertical de partidos, ou frações deles, dependentes da vontade presidencial. Ainda está cedo para garantir prognósticos, mas, pelo menos podemos ir acompanhando as intenções que, lentamente vão delineando: um curioso retorno ao passado embrulhado na preliminar de uma nova política".
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