terça-feira, agosto 29, 2006

DITADURA OU DOMINAÇÃO?

SINAL EVIDENTE
Existem várias maneiras para identificar os regimes ditatoriais adotados por países que não suportam viver numa democracia. Um sinal evidente de uma ditadura é o não funcionamento das instituições democráticas, como o Legislativo e o Judiciário.
CUBA E VENEZUELA
O controle destas atividades quando é promovida pelo chefe do Executivo, como é caso da Venezuela e Cuba, por exemplo, identifica a inexistência da democracia. Nos países citados, seus presidentes juram de pés juntos que os seus governos são absolutamente democráticos. E que reina grande liberdade.
LEGISLATIVO FECHADO
No nosso Brasil, como é sabido e reconhecido, embora não estejamos vivendo numa ditadura, o certo é que o Poder Legislativo não está funcionando. Atualmente, mesmo que não seja período de férias ou recesso parlamentar, a instituição está simplesmente fechada.
RECEBENDO SALÁRIOS
A diferença irritante para os brasileiros é que os ocupantes estão recebendo seus salários religiosamente. Aliás, desde o ano passado nada acontece no Legislativo Federal. Só as despesas, para o contribuinte pagar. E para deixar mais irritados os contribuintes, mesmo não funcionando o Legislativo, os gastos com combustíveis dos parlamentares continuam sendo pagos.
VONTADE PRÓPRIA
O curioso disto tudo é que o fechamento do Legislativo não acontece por golpe ou pela vontade do Executivo. Trata-se de exclusiva vontade dos próprios congressistas. Uma demonstração clara de que nossos deputados e senadores não gostam e não querem a democracia por aqui. E são estes tipos de representantes que batem no peito e dizem ter lutado pelas diretas e pelo fim da ditadura militar. Como?
REFÉM DO EXECUTIVO
O Poder Judiciário, enquanto perdurarem as lamentáveis indicações do presidente da República, mesmo que ainda funcione, e muito mal, também não pode ser considerado um Poder Independente. É muito mais um refém do Executivo e do corporativismo interno que domina a instituição. Sem falar nas coisas que representam a grande insegurança jurídica que o Brasil apresenta com o modelo.

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