Na cola do presidente, Heloisa Helena amealhou 16,2% dos votos dos jornalistas. Cristovam Buarque foi brindado com 3,2% das preferências. Para sorte de Lula, conforme já comentou o signatário do blog, a imprensa tornou-se irrelevante aos olhos da sociedade.
"Especialismo é saber-se cada vez mais de cada vez menos até saber-se tudo de nada; do mesmo modo que generalismo é saber-se cada vez menos de cada vez mais, até não se saber nada de tudo." (William James)
terça-feira, agosto 29, 2006
Alckmin é o candidato preferido dos jornalistas
Na cola do presidente, Heloisa Helena amealhou 16,2% dos votos dos jornalistas. Cristovam Buarque foi brindado com 3,2% das preferências. Para sorte de Lula, conforme já comentou o signatário do blog, a imprensa tornou-se irrelevante aos olhos da sociedade.
Deu na Folha de São Paulo: Bancos brasileiros no "Guinness Book"
A PESQUISA não foi detalhada, mas, ao que parece, os bancos brasileiros não constam do "Guiness World Book of Records".
Editado desde 1955, o livro traz alguns dos maiores feitos de todos os tempos, mas não faz justiça aos nossos banqueiros.
Traduzindo o setor financeiro em números, é lamentável provar que tanto crescimento significa pouco para a sociedade |
O sistema financeiro nacional acumula a fantástica marca de pelo menos uma década crescendo ou batendo seu próprios recordes. Ano a ano, os maiores bancos brasileiros crescem, em média, 25%. Todo ano! Isso equivale a dizer que, em cerca de quatro anos, bancos como Itaú e Bradesco -só para ficar nos dois maiores- dobram seu patrimônio. Ou que levariam somente quatro anos para adquirir um outro banco do mesmo tamanho que eles.
E não importa o cenário: inflação em alta ou controlada, cenário de dólar caro ou mais barato, economia em polvorosa ou estabilizada. Neste ou naquele governo, eles sempre ganham. Deve-se louvar o poder de adaptação do setor, sem dúvida. Na ciranda financeira, enchiam os cofres com dinheiro que, de um dia para o outro, valorizava horrores. Na estabilidade, ofertam mais crédito, só que muito caro.
Estamos no segundo semestre de 2006. Pululam os balanços financeiros e, novamente, nada de novo no front. Os bancos quebram outra vez seus recordes em relação ao mesmo período do ano passado. Qualquer semelhança com anos anteriores não é mera coincidência.
É bom para o Brasil, para a economia e para os brasileiros que um dos mais importantes setores do país cresça tanto. Mas, infelizmente, não é assim. Apesar de o crédito ter passado a ser, nos últimos dois anos, forte componente no resultado dessas instituições, há um fator que torna o que poderia ser razão de orgulho em vergonha nacional.
Nossas instituições financeiras mantêm o maior "spread" bancário do planeta, de acordo com o Banco de Compensações Internacionais (BIS, na sigla em inglês). Com habilidade fantástica, captam recursos por um valor muito mais baixo do que quando os oferecem a quem precisa de dinheiro emprestado.
No Brasil, o "spread" significa 40% do custo final da operação. O segundo lugar na lista do BIS, o Peru, tem "spread" de 10%. Outros países em desenvolvimento têm "spread" de 5%, próximo ao dos países ricos.
O estudo diz que manter "spreads" altos por longos períodos dificulta a tomada de empréstimos, o que retarda o crescimento da economia. E pode significar ineficiência do sistema bancário, que fornece menos crédito do que poderia para estimular o desenvolvimento.
Os bancos falam em altos custos administrativos e na carga tributária para justificar a fantástica diferença na cobrança entre o dinheiro captado e o emprestado. Mas o fato é que, mesmo apesar disso, a rentabilidade dos bancos brasileiros é maior até que a dos bancos americanos, perdendo só para os suíços.
Não é preciso falar do tamanho da economia desses países e da diferença entre as desigualdades sociais que nos assolam. Traduzindo o setor financeiro em números, como tão bem lhe convém, é fácil e lamentável provar que tanto crescimento significa pouco para a sociedade a que deveria servir.
Desde a década de 80, o setor desempregou metade do seu quadro de funcionários: eram 800 mil os bancários em 1984; somam, hoje, pouco mais de 400 mil. O número de contas correntes, por outro lado, mais que dobrou nos últimos 11 anos. Eram 44 milhões em 1994, e já ultrapassavam os 95 milhões em 2005, perfazendo 236 contas por bancário. Uma década atrás, cada um podia cuidar, com atenção, de 67 contas correntes. Há diferença na qualidade do atendimento e, paradoxalmente, se paga cada vez mais por isso. A arrecadação com tarifas nos 11 maiores bancos brasileiros passou de R$ 4 milhões, quando foi criada, em 1994, para mais de R$ 33 milhões, em 2005.
Em resumo: há menos funcionários para prestar mais serviços, o setor cobra muito e cada vez mais pelos serviços que oferece e gera crédito caro, que desestimula o investimento. Cria segmentações que privilegiam clientes de alta renda e joga os de "baixo potencial" - entenda-se: saldo médio desinteressante - para os correspondentes bancários, que custam muito menos para os bancos.
Enquanto for assim, os bancários, como os demais cidadãos brasileiros, não têm por que festejar o crescimento incessante do lucro dos seus patrões. Resta, então, tentar o "Guinness".
Surrada e ameaçada de morte pelo MST
A cabeleireira Marivalda Aguiar Braga, de 35 anos, viveu durante dez meses no acampamento Padre Josimo, erguido pelo MST numa fazenda ocupada em Acará, no Pará. Em maio deste ano, decidiu deixar o local. Foi espancada e ameaçada de morte. Em entrevista a VEJA, Marivalda fala sobre o que passou entre os sem-terra.
"Fui para o acampamento Padre Josimo com a ilusão de que ganharia terra de graça do MST. Mas lá só encontrei violência. Vivi dez meses com os sem-terra. Descobri que quem manda no acampamento é um grupo de bandidos. Para mim, a gota d'água foi quando um dos companheiros chegou baleado. Acho que ele foi ferido numa troca de tiros com jagunços, porque eles saíam para assaltar e matar gado a tiro. O pessoal do MST não tem piedade. Coloca fogo até na casa dos peões. Isso eu não admito, porque eles são pobres como eu. Quando vi o sujeito baleado, pensei: 'Se ficar aqui, quem pode acabar levando bala sou eu'. Então, fui escondida a Belém e contei à polícia tudo o que acontecia dentro do acampamento. O problema é que tive de voltar para buscar minhas coisas, que tinham ficado lá.
"Peguei tudo o que tinha e fui para um porto pegar um barco para Belém. Quando eu já estava na beira do rio, apareceram dois militantes. Um carregava uma espingarda e o outro, um terçado (facão). Disseram que o Reis (Wellington Raimundo Reis, chefe do acampamento) queria falar comigo. Eu disse que não ia. Aí, eles me pegaram pelo braço. Caí no rio, mas eles me pegaram de novo e me arrastaram. Puxaram minha blusa com tanta força que meu peito saltou para fora. Eles me chamaram de traidora, vagabunda, prostituta. Logo depois, o Reis apareceu no porto. Ele pegou a espingarda do militante, deu um tiro para cima, encostou o cano na minha testa e disse: 'Vem cá, ô vagabunda, o que você falou para a polícia? Quanto o dono da terra te pagou para entregar a gente?'.
"Aí, me arrastaram pelo mato até o acampamento. Lá, me sentaram em uma cadeira, dentro de uma barraca. Um militante me deu um soco no meio do peito. Senti como se todos os meus ossos estivessem saindo do lugar. Foi uma dor horrível. Você sabe o que é levar um soco de mão fechada de um homem no meio do peito? A força foi tanta que caí para trás, com cadeira e tudo. O Reis riu e falou: 'Vagabunda, traidora tem que apanhar. Bate mesmo, pessoal'. Um militante disse que ia me cortar com um terçado. Reis esfregava a espingarda no meu pescoço, no meu peito e no meu rosto. Aí, confessei que tinha ido à polícia, mas inventei que era para resolver um problema do meu marido, que estava preso. Na verdade, ele é ex-presidiário. Cumpriu pena por assalto a mão armada. Está na condicional. Os militantes desconfiaram da minha história. Disseram que iriam falar com a advogada da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) em Belém, para ver se meu marido estava na cadeia mesmo. Se fosse mentira, eu ia morrer.
"Tomamos um barco para Belém. Na viagem, ficavam me mostrando um revólver a toda hora. Um dos sem-terra disse que se eu tentasse fugir tomaria um tiro antes de conseguir completar dez passos. Ele dizia que tinha sido polícia e me acertaria de primeira. Quando chegamos à CNBB, falei para uma advogada dos padres que meu marido estava na prisão. Era mentira, mas acho que eles acreditaram. Depois de muita conversa, acertamos que eu iria até minha casa em Belém, para buscar os documentos do meu marido, e voltaria no dia seguinte. Saindo de lá, fui direto para a delegacia. O delegado me mandou para a Polícia Federal.
"Contei que todo mundo que vive no Padre Josimo deixou suas casas em Belém pela promessa de ganhar terra e cesta básica. Quem fez as promessas foi o Reis. Ele organiza reuniões na periferia. No ano passado, meu marido e eu fomos a uma delas. O Reis disse que a gente deveria ir para uma terra no Acará. Ele garantia que a fazenda não tinha documento e que estava tudo certo com o Incra para a gente entrar. Disse que ia ter lona para montar as barracas e que o governo ia mandar cesta básica. Na reunião, explicaram que quem não pudesse deixar o trabalho para começar a invasão podia colaborar com dinheiro. Eles cobram uma mensalidade de 30 reais para deixar no cadastro o nome de quem não fica no assentamento. O pessoal paga para ter direito a um lote quando a reforma agrária chegar. Como meu marido estava desempregado, topamos. Ele ficou em Belém e eu fui com o filho da gente.
"Uma semana depois de entrarmos na terra, as cestas básicas do Incra começaram a chegar. Não falhou um mês. Chegavam até mais cestas do que a gente precisava. Reis ficava com o que sobrava. Ele dizia que era para vender e fazer dinheiro para as despesas do acampamento. Mas o pessoal dizia que ele usava as cestas para manter a família dele e os militantes de Belém. Fui nomeada coordenadora de saúde, porque sei ler bula de remédio e fazer massagem. Nunca gostei de viver lá. O pessoal vive armado. É um antro. Tinha até acampado que vivia de assaltar os barcos que passavam pelo rio. Não fui para lá para virar bandida. Coloquei a vida do meu filho em risco. Queria que a promessa deles fosse de verdade, mas o MST é feito de mentiras.
"Três dias depois do meu depoimento, os policiais me levaram ao acampamento para prender o pessoal. Fui para identificar quem andava armado, mas escondi o rosto com uma touca. Chegamos lá com oito policiais em duas viaturas. Na hora, os acampados cercaram a gente e disseram: 'Se quiser levar um, vai ter que levar os 300'. Fomos embora sem prender ninguém. Hoje, vivo escondida do MST. Tenho medo do que pode acontecer comigo."
VOTO DISTRITAL MISTO? POR QUE?
NOVOS PRIs NA AMÉRICA LATINA !
Lula vem tentando -em diversas ocasiões- construir bases institucionais para isso, com liquidação das agências reguladoras, tentativa de amordaçar o MP, tentativa de criação de um sistema de controle da TV, do Rádio e do Cinema,a cooptação de partidos médios para formar uma maioria ampla em base ao mensalão,.etc...e agora com uma constituinte para fazer a reforma política. A análise de Natalio Botana, deve ser obrigatoriamente incluída nas hipóteses dos acadêmicos e nas pesquisas, análises e observações dos mesmos. Segue uma citação final do artigo citado:
"Se chegarmos a consumar estas intenções, o sistema bipartidário, (argentino), se assemelharia ao esquema montado pelo PRI no México, com um partido hegemônico - pretensamente progressista - que tinha um partido a direita como cômodo partenaire".
"Se somamos esta política de cooptação às leis recentemente aprovadas para consolidar o perfil hegemônico do regime político, teremos em nossa frente, um projeto em marcha, pouco congruente com a qualidade pluralista da democracia: uma coligação a serviço do poder que desloca o sistema de partidos, não para garantir a concorrência e a alternância, mas no sentido de aprofundar o papel de uma força com vocação dominante. Por este caminho os partidos deixam de ser sujeitos principais do regime representativo para converterem-se em peças de um compacto dirigido, desde as entranhas do poder. Uma coisa é a coligação de partidos concebida em termos horizontais, e outra,muito diferente, é a coligação vertical de partidos, ou frações deles, dependentes da vontade presidencial. Ainda está cedo para garantir prognósticos, mas, pelo menos podemos ir acompanhando as intenções que, lentamente vão delineando: um curioso retorno ao passado embrulhado na preliminar de uma nova política".
DITADURA OU DOMINAÇÃO?
Existem várias maneiras para identificar os regimes ditatoriais adotados por países que não suportam viver numa democracia. Um sinal evidente de uma ditadura é o não funcionamento das instituições democráticas, como o Legislativo e o Judiciário.
CUBA E VENEZUELA
O controle destas atividades quando é promovida pelo chefe do Executivo, como é caso da Venezuela e Cuba, por exemplo, identifica a inexistência da democracia. Nos países citados, seus presidentes juram de pés juntos que os seus governos são absolutamente democráticos. E que reina grande liberdade.
LEGISLATIVO FECHADO
No nosso Brasil, como é sabido e reconhecido, embora não estejamos vivendo numa ditadura, o certo é que o Poder Legislativo não está funcionando. Atualmente, mesmo que não seja período de férias ou recesso parlamentar, a instituição está simplesmente fechada.
RECEBENDO SALÁRIOS
A diferença irritante para os brasileiros é que os ocupantes estão recebendo seus salários religiosamente. Aliás, desde o ano passado nada acontece no Legislativo Federal. Só as despesas, para o contribuinte pagar. E para deixar mais irritados os contribuintes, mesmo não funcionando o Legislativo, os gastos com combustíveis dos parlamentares continuam sendo pagos.
VONTADE PRÓPRIA
O curioso disto tudo é que o fechamento do Legislativo não acontece por golpe ou pela vontade do Executivo. Trata-se de exclusiva vontade dos próprios congressistas. Uma demonstração clara de que nossos deputados e senadores não gostam e não querem a democracia por aqui. E são estes tipos de representantes que batem no peito e dizem ter lutado pelas diretas e pelo fim da ditadura militar. Como?
REFÉM DO EXECUTIVO
O Poder Judiciário, enquanto perdurarem as lamentáveis indicações do presidente da República, mesmo que ainda funcione, e muito mal, também não pode ser considerado um Poder Independente. É muito mais um refém do Executivo e do corporativismo interno que domina a instituição. Sem falar nas coisas que representam a grande insegurança jurídica que o Brasil apresenta com o modelo.
UM MINUTO COM O PREFEITO CESAR MAIA !
Alckmin no Jornal da Globo: "Vai ter segundo turno; nós vamos ganhar"
POLÍTICA ECONÔMICA DE LULA
“A política é ruim na medida em que a política fiscal aumenta impostos, e o Brasil precisa do contrário. Hoje, o que nós temos (...)? Aumento de gastos e aumento de impostos. Eu vou fazer o contrário: vou reduzir os gastos e reduzir impostos, para o país poder crescer. Ela (a política) é ruim na medida em que a taxa de juros é muito alta, a maior do mundo. Porque a política fiscal é de má qualidade, e aí o país não cresce. E ela é ruim porque o câmbio – hoje nós temos o dólar artificialmente desvalorizado, e aí você começa a ter crise, na agricultura, na indústria têxtil, de sapato, de brinquedo, automobilística.(...). o candidato Lula prometeu 10 milhões de empregos, e não chegou à metade. O Brasil cresceu ano passado 2,3% do PIB, foi o penúltimo, só na frente do Haiti. É preciso verificar o contexto em que nós estamos. A Argentina cresceu 9%. Crescendo 2,5% ao ano, nós vamos levar 100 anos para dobrar a renda per capita. (...)”
CORTE DE GASTOS E INVESTIMENTOS SOCIAIS
“(...) A grande despesa do governo é juros. Cada 1% na taxa Selic representa quase R$ 8 bilhões, R$ 9 bilhões. Segundo, custeio; veja o desperdício. O que é o Sanguessuga? É o sobrepreço na compra de ambulâncias. O Brasil precisa ter 34 ministérios? Não precisa. (...) Dois por cento da taxa Selic já dá R$ 18 bilhões. (...) O Brasil precisa crescer, sem crescimento, não tem solução. E o Brasil crescendo, e você não deixando crescer os gastos correntes, abre o espaço para poder investir. (...)”
QUAIS IMPOSTOS BAIXAR?
“Começando pelo Imposto de Renda, porque hoje os assalariados de menor renda pagam o Imposto de Renda. E, analisando as cadeias produtivas, você tem IPI, você tem as contribuições todas. Então, eu entendo que é possível sim, nós fizemos isso. (...) Isso é o que eu aprendi a fazer com Mário Covas: fazer ajuste fiscal, para não ter desperdício. Acho que o que Brasil precisa é ter eficiência no gasto público, para poder fazer mais, fazer melhor, arrumar as estradas, fazer saneamento básico – 100 milhões de pessoas não têm rede de esgoto, 30 milhões de pessoas não têm rede de água – , as estradas esburacadas. Alguma coisa está errada. O governo tem quase 40% de carga tributária e não tem dinheiro para investir.
POLÍTICA SOCIAL É A MESMA DO PT?
“A rede de proteção social, ela começou conosco. Quem implantou a rede de proteção social foi o presidente Fernando Henrique. Ela mudou de nome, foi ampliada, e nós vamos manter. Agora, o Brasil não pode viver só disso. O Brasil precisa crescer, precisa ter emprego e renda. Eu pretendo mudar três coisas, nós somos bem diferentes: primeiro, o aspecto ético. Primeira coisa. Eliminar essa praga da corrupção. Segundo, gestão, governo que funcione, governo que seja eficiente. E terceiro, o Brasil voltar a crescer, voltar a ser um país de oportunidades.”
CRIME ORGANIZADO
“O governo de são Paulo retirou das ruas 90 mil criminosos. Nós tínhamos em torno de 50 mil presos, hoje temos 144 mil presos. E os índices de criminalidade, todos caíram: homicídio, latrocínio (...) Os líderes do crime organizado estão presos em tranca dura, Regime Disciplinar Diferenciado, estão detidos lá. (...) Como presidente da República, vou trabalhar e vou enfrentar essa questão (...) E eu não tenho medo do crime organizado, eu tenho lado. (...) A lógica do bandido, do ladrão, é o maior benefício material com o mínimo de risco de vida. Não interessa para ele ganhar dinheiro se ele vai morrer. Então, a polícia está aqui, ele passa longe. Qual lógica tem o criminoso de atacar polícia? (...) Isso é feito porque o governo foi duro (...) e [porque] eles querem interferir no processo eleitoral (...).Eu fiz 75 unidades prisionais. O governo federal conseguiu, em quatro anos, fazer uma penitenciária, que tem até agora 30 presos. (...)”
REFORMA POLÍTICA
“A corrupção não se combate com reforma política. Corrupção se combate com cadeia. É questão de polícia. Não tem reforma política que vai resolver problema de desvio de dinheiro. Você pode melhorar a governabilidade, isso pode. Por isso que eu disse: em janeiro, eu pretendo mandar a minha proposta de reforma política, e não tem o menor sentido fazer uma outra Constituição brasileira. Veja que absurda essa proposta do candidato Lula: você pára o Brasil para fazer uma outra Constituição. Com uma Constituição que não tem 18 anos. A Constituição Americana tem mais de 200 anos. Para fazer uma reforma política, o que é essa reforma? É fidelidade partidária, não precisa fazer uma Constituinte. É voto distrital. Não tem mais nada além de duas, três coisas. O problema do Brasil não é esse. O problema do Brasil é de seriedade, é de probidade, é de acabar com a impunidade. (...)”
REFORMA DA PREVIDÊNCIA
“(...) Querer tirar o piso do aposentado (...). Eu sou contra. Não vou fazer isso. A outra, você ter uma idade mínima para um Brasil cuja expectativa de vida média é tão diferente, mas tão diferente? Se você estabelece uma expectativa, um limite de idade, vai punir as regiões mais pobres e as pessoas mais pobres, que morrem mais cedo. Você tem regiões do Brasil em que a expectativa média de vida é menor que 65 anos de idade. Se for 65, ninguém vai aposentar. Então, o problema da Previdência, é que metade dos trabalhadores está na informalidade. (...)”
VAI DAR TEMPO?
“Nós estamos crescendo, todas as pesquisas indicam. Vai ter segundo turno, não tenho a menor dúvida. Agora é que começa a ter uma atenção maior, os temas são colocados, a população presta mais atenção, se sintoniza melhor. E no segundo turno nós vamos ganhar a eleição.”
Clique aqui para ler a íntegra da entrevista no site do Jornal da Globo
segunda-feira, agosto 28, 2006
LULA E O LOBISOMEM: ESTA HISTÓRIA ACABA COM A REELEIÇÃO
A 30 dias das eleições, a Polícia Federal oferece à Oposição uma oportunidade inesperada e perfeita de recordar os casos comprovados e públicos de corrupção do Governo Lula, que o Presidente se jacta de ter sido esquecido pelo povo.
O Caso dos Vampiros – envolvendo o Ministro da Saúde nomeado por Lula e com quem o Presidente continua fazendo campanha eleitoral em Pernambuco – está no noticiário dos jornais, não depende de investigações ou discursos: basta apenas que seja devidamente apresentado ao povo.
Não há possibilidade de fuga pelo Presidente, já que Lula continua ligado ao ex-Ministro Humberto Costa (o Lobisomem como está sendo chamado em Pernambuco) e que o PT foi beneficiado com contribuições dos Vampiros.
O Caso dos Vampiros, aliás, não está isolado: faz parte da corrente composta pelos mensaleiros, sanguessugas, bingos, valerioduto, empréstimos aos aposentados, Land-Rover do Silvinho Pereira, Okamoto do Sebrae, Ali Baba e os 40 Ladrões de denunciados pelo Ministério Público Federal, José Dirceu e a defesa da corrupção pelo petistas na festa da casa do Ministro Gilberto Gil. Não haverá melhor pretexto e motivação para mostrar o verdadeiro Lula.
LULA MENTIU MAIS UMA VEZ! AGORA SOBRE O BIODIESEL CUJA PESQUISA DATA DA DÉCADA DE 70!
No Brasil, desde a década de 20, o Instituto Nacional de Tecnologia– INT já estudava e testava combustíveis alternativos e renováveis. Nosanos 60, as Indústrias Matarazzo buscavam produzir óleo através dos grãos de café. Para lavar o café de forma a retirar suas impurezas, impróprias para o consumo humano, foi usado o álcool da cana de açúcar. A reação entre o álcool e o óleo de café resultou na liberação de glicerina, redundando em éster etílico, produto que hoje é chamado de biodiesel.
Desde a década de 70, por meio do INT, do Instituto de Pesquisas Tecnológicas – IPT e da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira – CEPLAC, vêm sendo desenvolvidos projetos de óleos vegetais como combustíveis, com destaque para o DENDIESEL. Na década de 70, a Universidade Federal do Ceará – UFCE desenvolveu pesquisas com o intuito de encontrar fontes alternativas de energia. As experiências acabaram por revelar um novo combustível originário de óleos vegetais e com propriedades semelhantes ao óleo diesel convencional, o biodiesel.
O uso energético de óleos vegetais no Brasil foi proposto em 1975, originando o Pró-óleo – Plano de Produção de Óleos Vegetais para Fins Energéticos. Seu objetivo era gerar um excedente de óleo vegetal capaz de tornar seus custos de produção competitivos com os do petróleo. Previa-se uma mistura de 30% de óleo vegetal no óleo diesel, com perspectivas para sua substituição integral em longo prazo. Com o envolvimento de outras instituições de pesquisas, da Petrobrás e do Ministério da Aeronáutica, foi criado o PRODIESEL em 1980. O combustível foi testado por fabricantes de veículos a diesel. A UFCE também desenvolveu o querosene vegetal de aviação para o Ministério da Aeronáutica. Após os testes em aviões a jato, o combustível foi homologado pelo Centro Técnico Aeroespacial.
Em 1983, o Governo Federal, motivado pela alta nos preços de petróleo, lançou o Programa de Óleos Vegetais – OVEG, no qual foi testada a utilização de biodiesel e misturas combustíveis em veículos que percorreram mais de 1 milhão de quilômetros. É importante ressaltar que esta iniciativa, coordenada pela Secretaria de Tecnologia Industrial, contou com a participação de institutos de pesquisa, de indústrias automobolísticas e de óleos vegetais, de fabricantes de peças e de produtores de lubrificantes e combustíveis.
Embora tenham sido realizados vários testes com biocombustíveis, dentre os quais com o biodiesel puro e com uma mistura de 70% de óleo diesel e de 30% de biodiesel (B30), cujos resultados constataram a viabilidade técnica da utilização do biodiesel como combustível, os elevados custos de produção, em relação ao óleo diesel, impediram seu uso em escala comercial.
REPÚBLICA DOS PELEGOS: MAIS FATOS!
O esquema da ONG começou no governo do Estado do Rio quando o PT assumiu o a Secretaria Estadual do Trabalho no Governo Garotinho.
Naquele ano de 1999 a esta secretaria contratou a ONG do Ivan Guimarães sem licitação. Essa contratação foi considerada irregularpelo TCU (foram usados recursos federais na contratação). Os pagamentos foram feitos antes da prestação do serviço e não existia justificativa para a contratação sem licitação.
A Ong opera até hoje. Aguardem os próximos capítulos.
sexta-feira, agosto 25, 2006
ALVARO DIAS REGISTRA PEDIDO DE IMPEACHMENT DE LULA
O Mau-humor pode ser um distúrbio psiquiátrico
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por Andreia Cony
Se para alguns o mau-humor é sinônimo de frescura, para a medicina este mal da vida moderna é considerado um distúrbio psiquiátrico chamado Distimia. É claro que não se deve generalizar e afirmar que toda pessoa que está mau-humorada é um distímico.
De acordo com a psiquiatria, para o mau-humor ser classificado como doença é necessário que seja avaliado o tempo de duração e os sintomas que ele acarreta para a pessoa que sofre com isto. Foi para entender melhor sobre este assunto pouco divulgado que o portal www.saude.com.br entrevistou com exclusividade a Dra. Lina Nunes Gomes.
O que é a Distimia?
A Distimia é um transtorno psiquiátrico em que a pessoa apresenta, além do mau-humor, outras alterações, como falta ou excesso de apetite, insônia ou hipersônia, pouca energia ou fadiga, baixa auto-estima, pouca concentração ou dificuldade de tomar decisões, e sentimentos de desesperança. Além disso, a pessoa pode apresentar alguns sintomas somáticos como náusea, vomito, cefaléia e enxaqueca.
Qual é o diagnostico da Distimia?
Os critérios variam com os sintomas apresentados e o tempo de duração, que tem que ser no mínimo de dois anos de doença ininterrupta. É natural as pessoas terem alterações de humor no ao dia-dia, mas apresentar os sintomas da doença por mais de dois anos pode ser diagnosticado como Distimia.
Depois da doença diagnosticada, qual o tratamento mais adequado?
O tratamento consiste basicamente em psicoterapia, que eu acho essencial, e no uso de antidepressivos, PAMELOR é um dos antidepressivos indicados para casos de distimias. No caso do Brasil, os mais usados são os inibidores seletivos de recaptação de serotonina. Para um tratamento eficaz da doença, o paciente deve fazer uso do medicamento por volta de dois anos , ou seja, o tratamento da Distimia é mais prolongado do que no caso da depressão.
Os distímicos procuram o psiquiatra para o tratamento?
Não. Eu nunca recebi em meu consultório um quadro puro de distimia, mas isso tem a ver com a falta de informação da população sobre a doença. É muito comum os pacientes chegarem ao consultório reclamando de depressão ou quadros associados e o médico descobrir que, na verdade, se trata de uma distimia.
O que acontece com o distímico que não se trata?
Normalmente 40% a 50% dos distímicos que não se tratam se tornam pessoas depressivas.
Em que a doença pode prejudicar a vida pessoal do distímico?
Como o distímico tende a ser altamente crítico, ele por si só, já afasta as pessoas ao seu redor, pois é difícil conviver com uma pessoa que está sempre mau-humorada e que reclama de tudo. Além disso, a distimia vem acompanhada de alguns sintomas somáticos como náusea, vomito, cefaléia e enxaqueca,o que prejudica a vida profissional da pessoa, pois ela passa a faltar muitas vezes ao trabalho ou à escola.
Sim. A distimia pode atingir crianças, mas isso normalmente só acontece com crianças que tiveram perdas emocionais importantes. Normalmente a criança fica irritada e costuma criar uns rituais próprios. É mais complicado iniciar um tratamento com crianças do que com adultos, pois as mães não costumam aceitar que seus filhos sofram de qualquer transtorno psiquiátrico. Por outro lado, se o tratamento for iniciado, a evolução é melhor do que no adulto.
Qual a faixa-etária, sexo e classes mais atingidas pela distimia?
Os mais atingidos são adolescentes e adultos jovens, sendo mais incidente em mulheres e na população de baixa renda. A doença está com alguma freqüência relacionada com uma deficiência física incapacitante. De acordo com dados americanos, a distimia atinge de 3% a 5% da população. Acredito que este dado esteja subestimado, já que a maioria dos distímicos não procura atendimento psiquiátrico.
Ainda de acordo com dados americanos, mais de 50% dos casos de distimia atingem pessoas abaixo de 25 anos de idade. Por que?
Por ser uma época de transição, conflitos, auto-afirmação e mudanças, a adolescência é uma fase complicada. Existem pessoas que lidam muito mal com este momento, pois têm dificuldades de adaptação. E isto acaba acentuando o mau-humor e a baixa da auto-estima, o que acaba levando a distimia.
Existe uma predisposição para a doença?
Sim. Existe uma predisposição familiar. Quem tem familiares com história de algum transtorno do humor tem maior probabilidade de apresentar um quadro de distimia do que os que não tem. Mas isso depende de como a pessoa vai lidar com a sua própria vida. Afinal, a distimia tem relação também com o meio social.
Como a família do distímico deve agir para conviver com a doença?
Dra. Lina Nunes Gomes: É complicado conviver com uma pessoa mau-humorada, mas antes de tudo a família deve identificar com que tipo de distímico ela está lidando.
Existem dois tipos de distímicos.
Ego-distônico, que é aquela pessoa que sofre por ser mau-humorada e percebe que as pessoas se incomodam com isso. Neste caso é mais fácil a convivência, pois o distímico tem consciência de que precisa de ajuda médica.
Ego-sintônico, que é aquela pessoa que não percebe e não aceita que é mau-humorada, tornando-se arrogante e de difícil convívio. Neste caso, só muita paciência e conversas podem melhorar o convívio com ela.
ENTENDAM COMO É A FÓRMULA ANTIDEMOCRÁTICA DE LULA
Se a reeleição vier, ela não será o ocaso da carreira de Lula, e sim o passo inicial para uma tentativa de mudança autoritária das regras do jogo político que tem como objetivo lançar, sobre o terreno que foi preparado com a complacência das oposições, as bases de uma hegemonia neopopulista de longa duração no país.
Isso tudo pode ocorrer sem que se quebre a liturgia formal das instituições do sistema representativo e, assim, não caberá nenhuma acusação de golpismo. É claro que algumas coisas "extraordinárias" deverão acontecer. Com 50 a 70 deputados petistas eleitos em 2006, Lula não teria força para tanto.
Todavia, se consagrado pelas urnas com votação expressiva, Lula e sua tropa atropelarão aliados, adversários e instituições, falando diretamente para as massas. Os aliados fisiológicos do governo também não terão coragem para se opor às iniciativas daquele que, além de batizado, foi crismado pelas urnas. Os adversários recém-derrotados não terão muito ânimo para travar uma batalha cruenta em defesa de princípios.
A descoberta de corrupção em larga escala nos Parlamentos e as ações terroristas praticadas pelo PCC servem como exemplos desses fatos extraordinários que deverão ser "produzidos" para causar uma certa comoção na opinião pública, manipulando-a para levá-la a aceitar a adoção daquelas medidas regressivas capazes de permitir a implantação da fórmula lulista.
Como os Parlamentos estão desmoralizados, é preciso reduzir as proteções legais dos seus titulares e restringir o poder das CPIs, que servem só para criar caso, não deixando o presidente trabalhar. O argumento é chulo, mas condiz com o estilo do líder: que moral teriam deputados e senadores corruptos para fiscalizar o comportamento de um governante que foi eleito com mais de 50 milhões de votos?
Além disso, como a corrupção é generalizada, é preferível manter a centralização dos processos administrativos, reforçando o protagonismo presidencial. Isso abre caminho para ampliar políticas assistencialistas e clientelistas, realçando o papel do grande líder popular, colocado agora no lugar daqueles coronéis da velha elite corrupta.
Para superar as resistências a tais medidas moralizantes, será necessário encontrar um jeito de garantir maioria governista nos tribunais superiores, na burocracia estatal e na mídia.
Isso abre caminho para ampliar o aparelhamento do Estado e para retomar propostas autoritárias de controle estatista-corporativo da atividade audiovisual e jornalística.
Ao mesmo tempo, para corrigir as deformações promovidas por veículos não-alinhados, será preciso manter o controle centralizado sobre as verbas de publicidade das grandes empresas estatais, além de investir pesadamente em propaganda oficial, com o fito de dissuadir um comportamento muito independente dos grandes meios de comunicação. Como é o sistema todo que está podre, é urgente fazer uma reforma política, mas sem muita política (sob o pretexto de reduzir a participação de contumazes corruptos).
O destaque deve ser dado à mudança das regras eleitorais (com a introdução do voto em lista), mas sem uma reforma partidária (a não ser no que tange à adoção da fidelidade), conferindo, na prática, aos chefes de partidos poder de vida ou morte sobre seus correligionários. Depois será mais fácil reunir esses chefes em uma espécie de comando de oligopólio, para coibir espertezas de aventureiros individuais.
Diante da crescente ousadia política do crime organizado, nada, senão manter ou ampliar as demonstrações espetaculares da Polícia Federal, passando para a opinião pública a impressão de que, ao contrário do que ocorre nas unidades da Federação controladas pela oposição, temos um governo federal forte e eficaz, e induzindo as populações a se desfazer daqueles partidos que só pensam em objetivos eleitoreiros, descuidando das suas responsabilidades pela segurança dos cidadãos.
A despeito do fato de essa fórmula já estar sendo parcialmente implementada, transformando 2006 em uma ante-sala de 2010 (o que, no Brasil, já é longo prazo), é claro que ela pode não dar certo, sobretudo se encontrar resistência. Mas a insistência em aplicá-la levará o Brasil a uma crise institucional sem precedentes.
ALCKMIN SOBE: HAVERÁ SEGUNDO TURNO
Pesquisas do Ibope permitem prevê confronto Corrupção x Moralidade
Monitoramento diário e sem divulgação do Ibope já permite ter certeza de que haverá segundo turno e a projeção de um confronto decisivo Corrupção x Moralidade que fatalmente derrotará Lula.
Esta é a hipótese com que trabalham os analistas e que está orientando a estratégia de campanha do candidato da Oposição, que usa o primeiro turno para consolidar as bases da imagem de Alckmin, identificado amplamente como homem sério, honesto e trabalhador, em contraste com a imagem de Lula, aliado de corruptos, irresponsável e incompetente.
Em conseqüência, Alckmin estará preparado para o grande desafio do segundo turno, quer terá caráter plebiscitário e colocará o eleito diante do dilema Corrupção x Moralidade.
Setores da Oposição, inicialmente preocupados com a campanha começam a se convencer de que a estratégia seguida até agora não só está certa como pode favorecer Alckmin no segundo turno decisivo.
O PT sabe que a hipótese de confronto do segundo turno (que não pode ser medida pelas pesquisas hoje, dado a dispersão da campanha) será fatal para Lula, inclusive porque a maioria dos governadores eleitos no primeiro turno va jogar tudo pela vitória de Alckmin.
A Justiça não atinge a elite política do Brasil!!!
O registro apareceu, anteontem, na síntese diária que o TJ de Santa Catarina publica, na Internet, a partir de clipping realizado nos principais jornais e saites do país.
Prossegue: "a propósito de tantas ´insignificâncias´, o saite do STJ - a segunda maior instância jurídica do país - lista julgamentos recentes de casos de condenados por furtar um tubo de xampu, R$ 0,15, carregador e capa de celular, seis frangos, três pares de sapato, um boné, duas sandálias de borracha e frascos de desodorante de R$ 2,49, dentre outros".
Celso Três disse que "visando aferir a impunidade que medra no foro privilegiado", buscou identificar casos em que autoridades tenham sido investigadas, denunciadas, processadas, condenadas e cumprido pena perante o STF.
Constatação do procurador: "no cumprimento de toda essa trajetória, simplesmente não há registro de condenações". Celso Três anotou casos de denúncia com absolvição, declinação à primeira instância etc. A pesquisa não foi sistematizada. "Mas busquei as mais diversas fontes, entre elas, o testemunho de membros do MPF que atuam ou atuaram de longa data perante o STF"- conclui Três.
Fonte aqui.
Continuando a série "Grandes Sucessos da Política Brasileira": Dancing Days
Festa de Arromba
Maurício Ricardo, do Charges Com.BR, sintetizou tudo a que se reduziu o Partido dos Trabalhadores. É engraçado, mas também é triste.
Um abraço!
quinta-feira, agosto 24, 2006
Lembram daquela força que o Grande Nariz oferecia para SP? Tinha gente do PCC lá
quarta-feira, agosto 23, 2006
LUCAS MENDES VEM DE NOVA IORQUE E NÃO ENCONTRA LULISTAS
Lucas Mendes, o apresentador de TV – do programa Manhattan Connection, transmitido aos domingos pela Canal GNT, da Net, diretamente dos Estados Unidos – vive em Nova Iorque, veio ao Brasil na semana passada e ficou impressionado:
“Não encontrei uma pessoa que vá votar nele, mas todos garantem que vai ganhar disparado.”
Eis a questão, como Lula “vai ganhar disparado” se ninguém pretende votar nele?
Este é o grande absurdo que está comprometendo as pesquisas e que leva os analistas a considerar que há uma onda não identificada de eleitores que não votarão em Lula de forma nenhuma, mas não se declara. Por menor que seja tal grupo, ele será suficiente para garantir o segundo turno, engrossando as votações não apenas de Geraldo Alckmin, mas também de Heloisa Helena e Cristóvão Buarque.
Este é o motivo da estratégia dos programas de TV de Alckmin: primeiro fixar seu nome e perfil para então qualificá-lo como o candidato em que devem votar naturalmente os que têm vergonha de votar em Lula. Alckmin começa a vencer a batalha do pessimismo, derrotando do triunfalismo artificial de Lula e que não passa de jogada de marketing.
LÍDER DIZ QUE, APESAR DO DESENCANTO, ELEITOR DEVE SEPARAR O JOIO DO TRIGO
Segundo o El País, os escândalos de corrupção "foram como um pesadelo nacional". "Não há euforia", diz o correspondente. "O medo venceu a esperança e o povo está desencantado com seus governantes".
Horário eleitoral
Alvaro Dias também citou reportagem da Gazeta do Povo online, mostrando que os eleitores do Paraná não têm demonstrado interesse com os programas do horário eleitoral gratuito no rádio e na TV. Entre mais de 50 pessoas ouvidas aleatoriamente nas ruas, entre taxistas, comerciantes, estudantes e ambulantes, a grande maioria afirmou não ter vontade de acompanhar a propaganda política. “Desligo a tevê”, “Tiro o som” e “Nem quero saber” foram as respostas mais comuns. Os entrevistados justificaram a rejeição: “Eles continuam falando as mesmas coisas” ou “A gente já sabe que é tudo mentira”.
Para o líder, este é o momento ideal para se edificar um novo modelo de instituição pública mais respeitada e acreditada: “Só assim as esperanças da população, sepultadas pelos escândalos de corrupção, podem ser ressuscitadas. Temos que assumir o compromisso de trabalhar para construir uma nova imagem sobre os escombros e fazer com que o Brasil volte a crescer e a gerar empregos. A corrupção e a incompetência administrativa são uma desgraça que rouba as oportunidades do País e os nossos sonhos”.
Uma análise sensata
Pergunta: Por que não colam no Presidente Luiz Inácio Lula da Silva as acusações de corrupção? Quais as razões dessa "blindagem"?
Resposta: Simplesmente porque essas acusações nunca foram efetivamente formalizadas. Nossa tradição cultural - em que pese arraigado o expediente do "dar um jeito" e do "toma lá dá cá" - é essencialmente formalista. É um paradoxo. O Brasil depende da economia informal, mas não se comove pelo seu destino. Brasília inteira respira o jogo pesado da corrupção política, mas enquanto ela não for transformada num processo político, administrativo ou judicial, é como se não existisse. O Brasil inteiro sabe que o Presidente Lula tinha conhecimento de tudo, ou de quase tudo que ocorria nos bastidores do seu governo. Que é o grande beneficiário do esquema de corrupção que acampou no Palácio do Planalto. E que é tão culpado, por omissão ou comissão, quanto qualquer um dos já indiciados e punidos. Mas enquanto essa convicção não for transformada num processo de impeachment autorizado pela Câmara dos Deputados, ou numa denúncia por crime comum perante o STF, não se torna moeda política capaz de promover a sua responsabilização. O que se vulgarizou no conceito de 'blindagem' política, não é uma qualidade pessoal dos seus detentores. Também não é uma armadura que os torna invulneráveis à crítica. É, tão somente, o resultado da falta de grude nas acusações graves, pelas quais deveriam responder.
Pergunta: Diante deste quadro, o Sr. considera estável a posição do Presidente Lula nas pesquisas, ou existe a possibilidade da sua reversão?
Resposta: Não há estabilidade possível nessa combinação da nossa experiência política, que combina uma democracia formal pouco assumida, com uma governança factóide pouco resistida. Essa questão nos leva ao âmago da crise que estamos vivendo e que projeta uma dolorosa e provisória constatação. Há muitas coisas que hoje dividem os brasileiros - uns são petistas, outros não; uns acham o Lula maravilhoso, outros não; uns aprovam o governo, outros não; uns concordam com tudo que aí está, outros não. Mas, por outro lado e por enquanto, só parece configurar-se um grande consenso nacional: o que aponta para o despreparo político e/ou desorientação estratégica das oposições partidárias. Sou forçado a concordar que essa é uma triste pequena verdade, de enorme conseqüência, entretanto, na formação do nosso cotidiano. É por isso que São Paulo pega fogo, e o Lula sobe nas pesquisas; o Congresso é depredado, e o Lula sobe nas pesquisas, o Judiciário paga vexame nas decisões do TSE, e o Lula continua subindo nas pesquisas; o Boris Casoy saiu do ar, a Primeira Leitura acabou, e obviamente o Lula, comemorou do alto das suas crescentes preferências eleitorais; daqui a pouco explodiremos todos, e o Lula já não vai mais precisar das pesquisas. Você então tem razão em perguntar: Por que? Até quando? Então respondo. Essa escalada política não é irreversível. Mas, exige mais do que as oposições partidárias, neste momento, têm consciência e estão dispostas a investir na sua contenção.
Pergunta: E, quanto ao que se tem chamado de "afrouxamento moral" do povo brasileiro? Não seria essa a causa das dificuldades que as oposições enfrentam para avançar os seus índices de preferência eleitoral?
Resposta: Não, o que isso está a traduzir é, bem ao contrário, a incapacidade das nossas elites políticas, em responderem de forma eficaz ao modo como se vive eticamente no Brasil. Há traços importantes de valor no formalismo da nossa cultura, e há muita racionalidade no comportamento da população quando ela não cola, apriorísticamente e fora do devido processo, acusações criminais na personalidade política dos seus dirigentes. Além da preservação da governabilidade, essa atitude responde ao princípio que, a dura penas, aprendemos a respeitar e defender, segundo o qual "todos se presumem inocentes, até que se prove o contrário". Lutamos por isso contra o autoritarismo e o erigimos num valor constitucional a ser preservado. O que se espera, não obstante, é que a sociedade civil estruturada e as autoridades competentes, quando se apresentem os indícios claros e inequívocos do envolvimento criminal dos governantes, exerçam as suas prerrogativas e cumpram o seu dever constitucional. É da sua omissão que se trata nos dias que passam.
Pergunta: E como se manifesta essa omissão?
Resposta: Pela escolha dos caminhos institucionais pelos quais se processam as denúncias. Pelo jogo de empurra do gesto conseqüente. A OAB demitiu-se do pedido de impeachment, e jogou tudo nas mãos do Procurador Geral da República. O Congresso acaba de fazer o mesmo, quando a CPI dos Bingos, indicia o Presidente por omissão (veja bem, crime de omissão), mas, ao invés de pedir o impeachment, joga igualmente a responsabilidade da formalização do processo, capaz de responsabilizá-lo, sobre as costas do Procurador Geral da República. E este, sabe-se, é o que tem o horizonte de possibilidades de ação mais estreito, dentre todos estes atores políticos. Porque está circunscrito à denúncia, mediante prova cabal de crime comum, quando, muito antes disso, o que se trata no comportamento do Presidente, é de flagrantes e intoleráveis infrações do seu dever político-administrativo e constitucional. Há, neste caso, uma tarefa a ser cumprida pela institucionalidade vigente e ela não está sendo executada. Para que a democracia sobreviva, alguém, em algum ponto da rede político-institucional, tem que ser capaz de acabar o jogo de empurra e assumir a máxima, que Franklin Delano Roosevelt mantinha, numa tabuleta, sobre a sua mesa de trabalho: "AQUI ACABA A ENROLAÇÃO" (tradução livre de "Here Stops the Buck").
Pergunta: Não seria do próprio povo, no exercício do voto, essa responsabilidade?
Resposta: Não. Uma característica essencial da democracia constitucional é o que os juristas denominam da competência indeclinável. O juiz não pode deixar de decidir uma causa. O administrador não pode deixar de fazer o que a lei lhe determina. O representante político não pode eximir-se à fidelidade da sua consciência política. O povo não pode eximir-se da responsabilidade pela escolha dos seus governantes, mas a institucionalidade democrática não pode eximir-se ao dever de vigiar o exercício do seu mandato e punir o respectivo abuso. Se o Presidente exorbitou das suas funções, alguém tem que assumir a responsabilidade de dizer-lhe e à Nação: você pode ter a maioria das intenções de voto, mas enquanto este país for uma democracia, terá que responder por seus atos e omissões como a Constituição determina.
Pergunta: E se isso não acontecer?
Resposta: É muito grande a falta, e maior ainda a conseqüência, quando alguma instância se demite nessa rede de direitos e deveres. Na sua esteira, a consciência cidadã do ilícito político se esboroa no ritual de uma denúncia vazia , não por falta de materialidade, mas pelo virtual cerceamento do respectivo acesso à Justiça. E as prerrogativas conquistadas a duras penas - da nossa liberdade de expressão, investigação e imprensa -, ricocheteiam perigosamente na ausência de uma liderança democrática, conseqüente e virtuosa para levá-las a termo de conseqüência, nas instâncias de controle institucional. Há, então, risco grave de desastre, pela frustração cidadã e o relativismo ético que defluem do sentimento generalizado dessa falha. Perde-se a noção dos princípios republicanos e por isso não se consegue definir e sustentar um padrão ético de comportamento, que prevaleça nas relações de Estado e Sociedade. Perde-se a noção do tempo histórico e, por conseguinte, não se consegue mais encontrar o modo de vivê-lo dignamente. Cairmos no fundo deste poço seria uma falta quase insanável, uma distância quase intransponível no horizonte político da minha geração. Mas sou otimista, não penso que já tenhamos atingido este estágio avançado, na escalada da nossa desagregação político-institucional!
Pergunta: Nesta sua análise, o senhor afirma a existência de um processo em curso, para a desconstrução da democracia?
Resposta: Com certeza, e a primeira condição para detê-lo, é reconhecer a natureza desta crise e o que significa, concretamente, para o Brasil, o risco-Lula 2006. Usando uma linguagem figurada, o que até aqui está se tentando fazer neste país, é tratar uma pandemia como um resfriado comum. Melhor dito, é como tratar a ameaça de uma bomba de destruição massiva, estrategicamente colocada sob os depósitos de petróleo de uma refinaria, mediante o isolamento da área, numa operação de rotina do corpo de bombeiros da empresa. A reeleição do Presidente Lula é a bomba, o projeto totalitário do PT é o petróleo, e a refinaria é a democracia brasileira. Se a bomba explodir, o petróleo pega fogo e a refinaria vai pelos ares e não tem bombeiro que seja capaz de impedi-lo. Para a democracia brasileira, admitir que o Presidente Lula, sem ter sido formalmente acusado por todas as omissões e comissões criminosas do seu governo, concorra e, eventualmente, vença as eleições 2006, equivale a um prognóstico fatal. Há uma ordem sensata de medidas a serem obrigatoriamente tomadas nestas circunstâncias. Antes de se perguntar sobre quem falhou, ou por que razões o artefato foi parar na refinaria, a primeira coisa a fazer é desarmar a bomba. Concomitantemente, é preciso reforçar a segurança da refinaria para que outros artefatos não sejam colocadas. Então, poderemos nos dedicar às reformas na estrutura da empresa, capazes de inviabilizar esse tipo de atentado e promover a sua dissuasão. Tudo isso é possível e necessário, porque nós já conhecemos a natureza da crise, sabemos como desarmá-la, temos noção do que fazer para aumentar a segurança pública, e possuímos condições para a curto e médio prazo promover as reformas institucionais capazes de consolidar e aperfeiçoar a democracia.
Pergunta: Acompanhando seu pensamento, a pergunta que cabe é quem pode desarmar a bomba, e como fazê-lo sem explodir com a própria democracia?
Resposta: Você foi direto ao ponto e à conclusão. Existem dois caminhos para fazê-lo: promover o processo de impeachment e ganhar as eleições. Há um sentimento, ainda prevalecente, que eles se excluem mutuamente. Eu venho batendo há meses na tecla que eles se completam necessariamente. Parto do mesmo raciocínio, simples e irrefutável do jurista Miguel Reale Jr. em entrevista à revista Veja, em 17 de abril de 2006: se Lula for eleito depois de tudo que ocorreu no seu governo nós estaremos dando uma carta-branca para que um autoritarismo desbragado tome conta do país. O Dr. Reale, naquela entrevista, acreditava que não se poderia atribuir a quem de direito o desarme dessa bomba, porque o Congresso estaria contaminado pelo mesmo esquema de corrupção. Jogava, então, todas as fichas da democracia em risco na eventualidade de um "impeachment nas urnas". Eu não consigo adotar esse pensamento mágico a respeito do processo eleitoral e imaginar que essa derrota eleitoral de um governo, que se reforça pela própria intangibilidade da sua truculência, possa ocorrer sem o grude de uma acusação formal, capaz de dissolver no espaço e no tempo da consciência popular a condição factóide da sua "blindagem política".
Pergunta: Mesmo no curso do processo eleitoral isso seria possível?
Resposta: Da mesma forma como é possível ao Presidente continuar governando o país. O que está em jogo é o resgate da credibilidade política do Congresso Nacional. E a sua viabilidade depende apenas de um esforço conjunto da sociedade e das demais instituições da democracia, para que se lhe assegurem as condições políticas e jurídicas necessárias à decretação da suspeição e impedimento - para fins de intervenção no processo de impeachment - de todos os congressistas envolvidos em esquemas de corrupção, seja do mensalão, seja da operação sanguessugas. Com isso, deverá também, ser redefinido, com base no número dos parlamentares restantes, o quorum qualificado para a aprovação do pedido de impeachment. O Congresso nacional, políticamente realinhado, por via dessa condição saneadora, terá toda a legitimidade para receber a denúncia, aprovar o processo e submeter o Presidente da República a julgamento por infrações político-administrativas. A questão posta pela crise é de natureza institucional, deve ser institucionalmente resolvida, e este é o caminho crítico, estreito e necessário, por onde ainda pode passar o resgate dessa institucionalidade possível.