“O Costureiro e O Coronel”. Parece título de romance de realismo fantástico da América Latina. Mas é só uma referência a Clodovil que, por conta de seus 493.951 votos, vai arrastar para a Câmara o notável deputado federal Coronel Paes de Lira, que obteve, vejam vocês, 6.673 votos, insuficientes para eleger um vereador em boa parte das cidades brasileiras. Os dois pertencem ao nanico PTC. Ao Estadão e à Globo, o costureiro, apresentador e polemista de assuntos irrelevantes avisa: vai chegar a Brasília “chiquérrimo”, naquele lugar “onde todo mundo veste terno de tergal”. E Brasília, claro, não será a mesma. Posso imaginar o Clô compondo comissões e estudando o Regimento Interno...
Ele já vai avisando que não quer se misturar com ninguém e diz não saber ainda o que vai propor. E desanda a falar mal de política. Bem, caros: é evidente que o sistema proporcional, hoje vigente, virou uma esculhambação. Vejam Maluf, Genoino, João Paulo... Tudo lá de volta. É preciso aprovar logo o voto distrital misto, que divide o país em regiões, em distritos, geograficamente limitadas, para as quais os partidos indicam um candidato ou candidata como se fosse uma votação majoritária. Além desses puxadores de votos, há uma lista de nomes, do mais importante até o menos importante segundo a definição do partido, que também integrará a Câmara a depender do desempenho do candidato principal.
Confesso que sou tentado a defender o distrital puro, já que a lista pode esconder surpresas. Mas há, por outro lado, deputados de opinião, que podem prestar relevantes serviços ao Congresso e que não são exatamente bons puxadores de votos — votação expressiva, como se nota nos casos de Maluf, Clodovil, Enéas e outros não significa necessariamente virtudes democráticas. De resto, poder-se-ia criar um dispositivo que obrigasse o partido a dar exposição máxima à lista.
Nenhum sistema é bom sem vergonha na cara, sei disso. Mas acho que o distrital misto pode barrar algumas aberrações políticas, que se aproveitam da popularidade conquistada em outros ramos de atividade para levar à pantomima à política. Como se isso fosse necessário... Esse sistema está moribundo. E não é só Clodovil que o demonstra, não. José Genoino também.
Ele já vai avisando que não quer se misturar com ninguém e diz não saber ainda o que vai propor. E desanda a falar mal de política. Bem, caros: é evidente que o sistema proporcional, hoje vigente, virou uma esculhambação. Vejam Maluf, Genoino, João Paulo... Tudo lá de volta. É preciso aprovar logo o voto distrital misto, que divide o país em regiões, em distritos, geograficamente limitadas, para as quais os partidos indicam um candidato ou candidata como se fosse uma votação majoritária. Além desses puxadores de votos, há uma lista de nomes, do mais importante até o menos importante segundo a definição do partido, que também integrará a Câmara a depender do desempenho do candidato principal.
Confesso que sou tentado a defender o distrital puro, já que a lista pode esconder surpresas. Mas há, por outro lado, deputados de opinião, que podem prestar relevantes serviços ao Congresso e que não são exatamente bons puxadores de votos — votação expressiva, como se nota nos casos de Maluf, Clodovil, Enéas e outros não significa necessariamente virtudes democráticas. De resto, poder-se-ia criar um dispositivo que obrigasse o partido a dar exposição máxima à lista.
Nenhum sistema é bom sem vergonha na cara, sei disso. Mas acho que o distrital misto pode barrar algumas aberrações políticas, que se aproveitam da popularidade conquistada em outros ramos de atividade para levar à pantomima à política. Como se isso fosse necessário... Esse sistema está moribundo. E não é só Clodovil que o demonstra, não. José Genoino também.
Nenhum comentário:
Postar um comentário