A era Lula afrontou a nação brasileira com uma multiplicidade rara de fatos inomináveis. O acervo da gestão petista está abarrotado de episódios intoleráveis e ocorrências delituosas.
Um governo no qual o critério partidário norteou o preenchimento de todos os cargos federais, até mesmo aqueles de natureza técnica – sem poupar inclusive as agências reguladoras –, não poderia apresentar um espetáculo tão diferente do que vem sendo exibido em grande gala.
Os seus principais protagonistas foram deixando a cena – em intervalos alternados – ao serem flagrados em enredos e papéis nada republicanos.
Devemos reconhecer no entanto a capacidade magistral dos autores e roteiristas do Partido dos Trabalhadores em adaptar o script numa velocidade que o palco e a iminência do 2° ato teatral exigem. A destreza em mobilizar recursos cênicos não se traduziu na qualidade das falas e dos textos mal ensaiados dos atores envolvidos.
Somos testemunhas de um festival de contradições, versões que não se sustentam, desmentidos em série, cortinas de fumaça, boatos, tudo isso engendrado numa azeitada central de factóides.
O presidente da República, por sua vez, contribui em grande medida para turvar ainda mais o “mar da tergiversação” em que ele e sua equipe navegam. Ele ora declara que não perguntou nem perguntaria aos integrantes de seu partido sobre a origem da dinheirama, para em seguida afirmar que perguntou ao Ricardo Berzoini sobre a responsabilidade dos petistas envolvidos na compra do dossiê, fato que também já havia negado.
A propósito, a esta altura creio ser generosidade excessiva indagar de onde veio o dinheiro. Não faço mais essa indagação. A responsabilidade pelo dinheiro sujo é do Presidente Lula. Nós, como candidatos, somos responsáveis por aquilo que ocorre durante a nossa campanha eleitoral. A conta corrente na agência bancária, por exemplo, é aberta em nosso nome. Da mesma forma, mesmo após as eleições, se alguma dívida restar, nós seremos os devedores, não o Partido e muito menos a coligação. No caso de protesto de eventual credor ou de multa em razão de propaganda indevida se aplica o mesmo mecanismo. Portanto, o candidato é responsável por toda movimentação financeira de sua campanha.
Numa sabatina promovida pelo jornal Folha de S. Paulo, o presidente disse de forma categórica que duvida que o dinheiro apreendido pela Polícia Federal tenha saído do caixa de sua campanha, desconsiderando portanto a possibilidade de “caixa dois”, prática rotineira nas eleições brasileiras – segundo diagnóstico feito em Paris pelo próprio presidente Lula – e denominada pelo ex-tesoureiro como “recursos não contabilizados”.
Não importa a nomenclatura e os verbetes que venham a ser confeccionados para ampliar o glossário do PT. O vocábulo aplicado nesse caso é “crime”, devidamente tipificado na legislação vigente.
O que vinha se delineando ganha traços definitivos numa moldura em que toda e qualquer ação de Estado foi e vem sendo concebida para atender exclusivamente um projeto de poder de longo prazo, cuja formulação original atrelou o “fim” para justificar os meios.
O apego desmedido ao cargo e às engrenagens palacianas pode explicar a postura messiânica dos integrantes do atual governo. Ao responder a uma pergunta formulada pelo leitor na mencionada sabatina da Folha, o presidente negou que tivesse tratado “docemente” os ministros José Dirceu e Antonio Palloci quando eles saíram do governo, sem deixar de registrar que “alguém perder o posto de ministro não é coisa fácil”.
O que não é nada “fácil” é a afronta a que o País foi submetido pela corrupção e o descaminho ético. Na escalada de sandices verbais o presidente imputou ao candidato Geraldo Alckimin a pecha de governar voltado para uma importante avenida da cidade de São Paulo. Podemos dizer que o presidente Lula, este sim governa o País voltado para uma avenida que ele mesmo inaugurou e cujo nome é inominável.
Um governo no qual o critério partidário norteou o preenchimento de todos os cargos federais, até mesmo aqueles de natureza técnica – sem poupar inclusive as agências reguladoras –, não poderia apresentar um espetáculo tão diferente do que vem sendo exibido em grande gala.
Os seus principais protagonistas foram deixando a cena – em intervalos alternados – ao serem flagrados em enredos e papéis nada republicanos.
Devemos reconhecer no entanto a capacidade magistral dos autores e roteiristas do Partido dos Trabalhadores em adaptar o script numa velocidade que o palco e a iminência do 2° ato teatral exigem. A destreza em mobilizar recursos cênicos não se traduziu na qualidade das falas e dos textos mal ensaiados dos atores envolvidos.
Somos testemunhas de um festival de contradições, versões que não se sustentam, desmentidos em série, cortinas de fumaça, boatos, tudo isso engendrado numa azeitada central de factóides.
O presidente da República, por sua vez, contribui em grande medida para turvar ainda mais o “mar da tergiversação” em que ele e sua equipe navegam. Ele ora declara que não perguntou nem perguntaria aos integrantes de seu partido sobre a origem da dinheirama, para em seguida afirmar que perguntou ao Ricardo Berzoini sobre a responsabilidade dos petistas envolvidos na compra do dossiê, fato que também já havia negado.
A propósito, a esta altura creio ser generosidade excessiva indagar de onde veio o dinheiro. Não faço mais essa indagação. A responsabilidade pelo dinheiro sujo é do Presidente Lula. Nós, como candidatos, somos responsáveis por aquilo que ocorre durante a nossa campanha eleitoral. A conta corrente na agência bancária, por exemplo, é aberta em nosso nome. Da mesma forma, mesmo após as eleições, se alguma dívida restar, nós seremos os devedores, não o Partido e muito menos a coligação. No caso de protesto de eventual credor ou de multa em razão de propaganda indevida se aplica o mesmo mecanismo. Portanto, o candidato é responsável por toda movimentação financeira de sua campanha.
Numa sabatina promovida pelo jornal Folha de S. Paulo, o presidente disse de forma categórica que duvida que o dinheiro apreendido pela Polícia Federal tenha saído do caixa de sua campanha, desconsiderando portanto a possibilidade de “caixa dois”, prática rotineira nas eleições brasileiras – segundo diagnóstico feito em Paris pelo próprio presidente Lula – e denominada pelo ex-tesoureiro como “recursos não contabilizados”.
Não importa a nomenclatura e os verbetes que venham a ser confeccionados para ampliar o glossário do PT. O vocábulo aplicado nesse caso é “crime”, devidamente tipificado na legislação vigente.
O que vinha se delineando ganha traços definitivos numa moldura em que toda e qualquer ação de Estado foi e vem sendo concebida para atender exclusivamente um projeto de poder de longo prazo, cuja formulação original atrelou o “fim” para justificar os meios.
O apego desmedido ao cargo e às engrenagens palacianas pode explicar a postura messiânica dos integrantes do atual governo. Ao responder a uma pergunta formulada pelo leitor na mencionada sabatina da Folha, o presidente negou que tivesse tratado “docemente” os ministros José Dirceu e Antonio Palloci quando eles saíram do governo, sem deixar de registrar que “alguém perder o posto de ministro não é coisa fácil”.
O que não é nada “fácil” é a afronta a que o País foi submetido pela corrupção e o descaminho ético. Na escalada de sandices verbais o presidente imputou ao candidato Geraldo Alckimin a pecha de governar voltado para uma importante avenida da cidade de São Paulo. Podemos dizer que o presidente Lula, este sim governa o País voltado para uma avenida que ele mesmo inaugurou e cujo nome é inominável.
Senador Alvaro Dias, líder da Oposição e vice-presidente nacional do PSDB
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