Eleito em 2002 com uma campanha de uma nota só (“Pedágio, ou baixa ou acaba”), quatro anos depois o governador Roberto Requião (PMDB) nem acabou com o pedágio nas rodovias paranaenses, nem reduziu seu preço. Agora, a poucos dias do segundo turno, a campanha de Requião planeja usar a Justiça do Paraná para uma jogada eleitoral maquiavélica: segundo revelou uma fonte do comitê do PMDB que decidiu votar no adversário, Osmar Dias (PDT), o governo Requião decidiu ir à Justiça para obter uma liminar reduzindo o valor dos pedágios em 25%, sob a alegação de que a Ecovias, concessionária das rodovias, já lucrou muito. A liminar deve ser cassada após as eleições, mas a medida já terá produzido os efeitos eleitorais pretendidos. No comitê de Dias, a armação já vem sendo chamada de "novo caso Ferreirinha". Para derrotar o adversário José Carlos Martinez ao governo do Paraná, em 1990, Requião divulgou em sua campanha na tevê a suposta entrevista de um pistoleiro chamado Ferreirinha que dizia ter sido contratado por Martinez para matar pessoas. Descobriu-se depois que era tudo falso: "Ferreirinha", a entrevista, os supostos crimes, tudo. Mas já era tarde.
"Especialismo é saber-se cada vez mais de cada vez menos até saber-se tudo de nada; do mesmo modo que generalismo é saber-se cada vez menos de cada vez mais, até não se saber nada de tudo." (William James)
segunda-feira, outubro 23, 2006
PR: pedágio vira tema de jogada eleitoral
Eleito em 2002 com uma campanha de uma nota só (“Pedágio, ou baixa ou acaba”), quatro anos depois o governador Roberto Requião (PMDB) nem acabou com o pedágio nas rodovias paranaenses, nem reduziu seu preço. Agora, a poucos dias do segundo turno, a campanha de Requião planeja usar a Justiça do Paraná para uma jogada eleitoral maquiavélica: segundo revelou uma fonte do comitê do PMDB que decidiu votar no adversário, Osmar Dias (PDT), o governo Requião decidiu ir à Justiça para obter uma liminar reduzindo o valor dos pedágios em 25%, sob a alegação de que a Ecovias, concessionária das rodovias, já lucrou muito. A liminar deve ser cassada após as eleições, mas a medida já terá produzido os efeitos eleitorais pretendidos. No comitê de Dias, a armação já vem sendo chamada de "novo caso Ferreirinha". Para derrotar o adversário José Carlos Martinez ao governo do Paraná, em 1990, Requião divulgou em sua campanha na tevê a suposta entrevista de um pistoleiro chamado Ferreirinha que dizia ter sido contratado por Martinez para matar pessoas. Descobriu-se depois que era tudo falso: "Ferreirinha", a entrevista, os supostos crimes, tudo. Mas já era tarde.
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