Trecho extraído da coluna de Mariano Grondona de domingo no La Nación! Vale lá! Vale aqui!1. O estado de corrupção entrou como um tema dominante em nossa vida política com os governos de Menem -1989-99. Começou com um rumor crescente, ainda que impreciso, até que o escândalo da Swift e depois do IBM-Banco de La Nacion, colocaram nas manchetes. O temor do cidadão diante das situações de corrupção explode, quando o rumor -até então difuso- se encarna em um caso particular inexplicável pelo escandaloso que é.
2. Desde que o país tomou consciência de que sobre ele pairava a ameaça de um estado de corrupção, a vida política se alinhou rigorosamente atrás dos críticos morais do governo Menem. Assim foi que surgiu a Frepaso de Chacho Álvarez, que obteve 5 milhões de votos nas eleições presidenciais de 1995.
3. E assim foi como triunfou a Aliança entre Fepraso e a UCR em apoio a candidatura de De La Rua em 1999, tendo a frente as consignas de moralização.
4. Mas o problema daqueles que ascendem ao poder empurrados por uma consigna de moralização é que a cidadania, não bem os descobre em uma falha moral, é ainda mais severa com eles, que com seus antecessores.
5. Menem - nunca pretendeu encabeçar uma cruzada contra a corrupção. Porém um candidato que tenha feito da pureza sua bandeira, e tropeça moralmente, a cidadania não o perdoa porque já não o considera nem um cínico, mas um hipócrita.
6. Os envelopes do senado (pagamentos no tempo de De La Rua para os senadores votarem uma lei trabalhista) acabaram por isso mesmo, em um só dia com a principal bandeira da Aliança, preparando seu dramático final.
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