
2. Além de negar esse risco, o Governo brasileiro descartou a necessidade de um acordo com a Bolívia para poder construir as duas usinas, porque ambas estão em território nacional e não terão nenhuma influência na área boliviana. A Bolívia contesta esta última alegação, argumentando, ademais, que cerca de 80% das águas do rio Madeira provém de seu território.
3. Evo Morales já sinalizou a Lula que tais problemas poderiam ser obviados se o Governo brasileiro concordar em pagar uma indenização por danos futuros - seriam “compensações econômicas” para as famílias bolivianas que vivem às margens do rio Madeira. Sustenta que, com as duas represas, não haverá mais variações sazonais no nível das águas e causará aos bolivianos a perda de suas terras de cultivo, porque ficarão inundadas permanentemente.
4. Para a Bolívia, as duas represas e sua linha de transmissão deveriam ser, na realidade, parte de um projeto maior, que incluiria outras duas represas binacionais: uma em águas compartilhadas entre Brasil e Bolívia e outra em território boliviano. Segundo o projeto, as duas outras represas seriam financiadas pelos dois países e forçariam grandes mudanças no sistema de rios da região, porque estes teriam de ser transformados em canais.
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