Resumo feito por aluno na palestra realizada pelo professor Jairo Nicolau (foto) - IUPERJ - mês passado no Rio.
1. O professor critica dois mitos: a influência da política nacional na local e a repercussão da eleição local na nacional. Desde 1992 que as tentativas de nacionalização das eleições municipais tem sido desastrosas para quem o fez. A lógica local faz prevalecer as alianças a esse nível, e não orientações nacionais. A influência das eleições municipais de um ano, nas eleições presidenciais e mesmo de governadores, dois anos depois, é quase nula, o que se demonstra numa tabela de correlações partido a partido. Existe uma correlação significativa entre as eleições de vereadores em um ano e as de deputados dois anos depois. E essa correlação tende a aumentar com a proibição de troca de legenda.
2. Comportamento do eleitor. Não há no Brasil pesquisas suficientes - no tempo e em intensidade - que permita fazer um estudo profundo. Os tradicionais fatores de longo prazo (redes sociais, fatores psicossociais, filiação partidária...) existentes décadas atrás nos países democráticos, não existem mais, nem lá. Os condicionantes no Brasil de lista aberta, base territorial do voto, clientelismo, identidade, legenda,...levam ao curto prazo. São eles: avaliação dos candidatos, temas de campanha, performance do governo (no caso de reeleição), voto retrospectivo e prospectivo ... Prevalece o curto prazo ou seja campanhas tratadas e pensadas uma a uma.
3. Segredo das Campanhas: temas, atributos pessoais, avaliação do executivo (reeleição|),... O que decide é a campanha em si. Eleição em final de mandato, é basicamente prospectiva, aponta para frente e o efeito de julgamento do governo que termina, é pequeno. A campanha de 2008 para prefeito no Rio tende a ser semelhante com a de 1992, com um teto de uns 20% para todos os candidatos.
4. Quadro Partidário Brasileiro. Estatização da vida partidária: fundo partidário, verticalização, fidelidades, regras rígidas dos tribunais... O Brasil tem tido desde 1994 uma bipolarização das eleições presidenciais (PT/PSDB). Partidos Congressuais estaduais, como DEM, PMDB e PSB. E partidos meramente congressuais como PP, PR, PTB, PPS, PDT, PCdoB e PV. Congresso brasileiro é fragmentado: nenhum partido chega a 20% dos votos. A distância ideológica é cada vez mais reduzida. Os atores partidários relevantes são estáveis. O mais recente é o PSDB que já tem 20 anos. Os partidos perderam militância no mundo todo e se tornam cada vez mais profissionais. PT já um partido de funcionários, estando profissionalizados no partido, ou nos gabinetes.
1. O professor critica dois mitos: a influência da política nacional na local e a repercussão da eleição local na nacional. Desde 1992 que as tentativas de nacionalização das eleições municipais tem sido desastrosas para quem o fez. A lógica local faz prevalecer as alianças a esse nível, e não orientações nacionais. A influência das eleições municipais de um ano, nas eleições presidenciais e mesmo de governadores, dois anos depois, é quase nula, o que se demonstra numa tabela de correlações partido a partido. Existe uma correlação significativa entre as eleições de vereadores em um ano e as de deputados dois anos depois. E essa correlação tende a aumentar com a proibição de troca de legenda.
2. Comportamento do eleitor. Não há no Brasil pesquisas suficientes - no tempo e em intensidade - que permita fazer um estudo profundo. Os tradicionais fatores de longo prazo (redes sociais, fatores psicossociais, filiação partidária...) existentes décadas atrás nos países democráticos, não existem mais, nem lá. Os condicionantes no Brasil de lista aberta, base territorial do voto, clientelismo, identidade, legenda,...levam ao curto prazo. São eles: avaliação dos candidatos, temas de campanha, performance do governo (no caso de reeleição), voto retrospectivo e prospectivo ... Prevalece o curto prazo ou seja campanhas tratadas e pensadas uma a uma.
3. Segredo das Campanhas: temas, atributos pessoais, avaliação do executivo (reeleição|),... O que decide é a campanha em si. Eleição em final de mandato, é basicamente prospectiva, aponta para frente e o efeito de julgamento do governo que termina, é pequeno. A campanha de 2008 para prefeito no Rio tende a ser semelhante com a de 1992, com um teto de uns 20% para todos os candidatos.
4. Quadro Partidário Brasileiro. Estatização da vida partidária: fundo partidário, verticalização, fidelidades, regras rígidas dos tribunais... O Brasil tem tido desde 1994 uma bipolarização das eleições presidenciais (PT/PSDB). Partidos Congressuais estaduais, como DEM, PMDB e PSB. E partidos meramente congressuais como PP, PR, PTB, PPS, PDT, PCdoB e PV. Congresso brasileiro é fragmentado: nenhum partido chega a 20% dos votos. A distância ideológica é cada vez mais reduzida. Os atores partidários relevantes são estáveis. O mais recente é o PSDB que já tem 20 anos. Os partidos perderam militância no mundo todo e se tornam cada vez mais profissionais. PT já um partido de funcionários, estando profissionalizados no partido, ou nos gabinetes.
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