
De volta ao Rio, Capital na época, os soldados foram assentados no Morro da Providência com promessas de casas, que, aliás, nunca vieram e ali ficaram, vivendo no morro. A impressão que Canudos lhes causou foi de tal ordem, que chamaram o morro de Favela, uma planta/pequeno arbusto que se espalhava no morro onde ficaram acampados em frente a Canudos.
Mais do que isso. Numa espécie de Síndrome de Canudos (analogicamente a de Estocolmo entre seqüestrado e seqüestrador) foram ocupando definitivamente o morro, desenhando esta ocupação da mesma forma do arraial que enfrentaram, de forma desordenada, com vielas, curvas desorientadoras. Ou seja: reproduziram o desenho urbano do arraial.
Favela passou a ser o nome do morro e seu desenho urbano irregular passou a ser conhecido como Favela. Tanto o nome como o desenho passaram a ser o modo de ocupação e a nominação de todas as favelas, daí para frente, passando a ser uma marca dentro e fora do país, cuja significância é automática ao ser citada.
Hoje o Exército retorna ao morro da Favela. E retorna pelas mãos de um MÍSTICO DE AUDITÓRIO (Sen. Crivela). Alguns militares incorporam as piores práticas existentes no morro e se mimetizam com o tráfico de drogas e a violência. E o que é pior: reproduzem, 110 anos depois, o mesmo desgaste de finalidade e de imagem que o Exército Brasileiro sofreu em Canudos.
Foto acima: A rendição de Canudos.
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