Trechos do artigo (Clarin de Buenos Aires), do historiador da Universidade de Yale - PAUL KENNEDY (foto) - “Não há motivo para alegrar-se com o futuro da Rússia".
1. É assombroso o desmoronamento demográfico da sociedade russa. Poucos são os observadores externos que parecem compreender esse fato: a Rússia está encolhendo a cada mês, a cada ano. Há cerca de 30 anos atrás, o grande demógrafo da URSS, Murray Feshbach, da Universidade de Georgetown, chamou a atenção para os três sinais dessa enfermidade, e para dizer a verdade, não tomamos uma consciência plena do problema.
2. No mês passado, Nicholas Eberstadt, do Instituto Americano de Empresas e Hans Groth, diretor- executivo da Pfizer - Switzerland, trataram de recuperar a mensagem num artigo opinativo no Wall Street Journal, intitulado "A Rússia agonizante". Em minha limitada experiência de leitura nesse campo, os demógrafos são estudiosos cautelosos, porque se torna muito difícil analisar minuciosamente o que muda as taxas de fertilidade e natalidade – e esses são os motores do futuro demográfico de um país.
3. Todavia, a linguagem empregada por Eberstadt e Groth põe os cabelos em pé: "Uma porção verdadeiramente aterradora de enfermidade e morte", um aumento evidente de mortalidade por lesões e problemas cardiovasculares. As taxas de mortalidade dos homens em idade de trabalho são atualmente de 100%(!) mais altas do que em 1965. Resumindo, os russos estão desaparecendo num ritmo constante: agora há muitos milhões a menos do que no momento da queda da velha União Soviética.
1. É assombroso o desmoronamento demográfico da sociedade russa. Poucos são os observadores externos que parecem compreender esse fato: a Rússia está encolhendo a cada mês, a cada ano. Há cerca de 30 anos atrás, o grande demógrafo da URSS, Murray Feshbach, da Universidade de Georgetown, chamou a atenção para os três sinais dessa enfermidade, e para dizer a verdade, não tomamos uma consciência plena do problema.
2. No mês passado, Nicholas Eberstadt, do Instituto Americano de Empresas e Hans Groth, diretor- executivo da Pfizer - Switzerland, trataram de recuperar a mensagem num artigo opinativo no Wall Street Journal, intitulado "A Rússia agonizante". Em minha limitada experiência de leitura nesse campo, os demógrafos são estudiosos cautelosos, porque se torna muito difícil analisar minuciosamente o que muda as taxas de fertilidade e natalidade – e esses são os motores do futuro demográfico de um país.
3. Todavia, a linguagem empregada por Eberstadt e Groth põe os cabelos em pé: "Uma porção verdadeiramente aterradora de enfermidade e morte", um aumento evidente de mortalidade por lesões e problemas cardiovasculares. As taxas de mortalidade dos homens em idade de trabalho são atualmente de 100%(!) mais altas do que em 1965. Resumindo, os russos estão desaparecendo num ritmo constante: agora há muitos milhões a menos do que no momento da queda da velha União Soviética.
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