Um novo “Estado” que figura entre os maiores do país: 13˚ em população, o 6˚ PIB , o 2˚ PIB-per-capita, e a 1a. renda-per-capita do Brasil.
Interna anualmente divisas do exterior da ordem de mais de 7 Bilhões de dólares.
Na palavra do Presidente Lula, “ trata-se de um investimento silencioso, invisível, que ajuda o Brasil de muitas maneiras”.
Se depender do projeto “Estado dos Emigrantes” esse investimento não será mais tão silencioso e invisível daqui pra frente: dia 17 de Junho no plenário da Câmara Federal, e a convite do Presidente Arlindo Chinaglia haverá uma Sessão Solene em homenagem ao Emigrante Brasileiro, com o lançamento de uma semente do que pretende transformar os milhões de Brasileiros que vivem no exterior em habitantes deste “Estado” virtual. (VEJA OS INFOGRAPHICS)
O que começou com uma analogia bem humorada, acabou num projeto de proporções gigantescas. Ao prefaciar o livro “ O Estado dos Emigrantes” do Professor José Carlos Sebe Meihy da USP, em parceria com o empresário Ricardo Bellino, o articulista e economista de Harvard , Stephen Kanitz, comparou o “deal maker” Bellino a Pedro Álvares Cabral, por ter descoberto o mais novo “Estado “ Brasileiro.
Brincadeiras à parte, a observação de Ricardo Bellino sobre o potencial econômico da população de Brasileiros que reside no exterior tem ares de um verdadeiro “descobrimento”, uma vez que até hoje, ninguém havia percebido e, consequentemente, explorado esse “novo território”. Apesar dos dados públicos, poucos enxergaram os Emigrantes Brasileiros como um Mercado, e deram a ele a sua devida importância.
A despeito da falta de estatísticas oficiais, os números apontam para uma dimensão impressionante. Em torno de 5 milhões de Brasileiros residem hoje fora do país, e eles remetem todos os anos para seus familiares e dependentes, mais de 7 Bilhões de dólares , segundo dados do Banco Interamericano de Desenvolvimento.
De olho nesse grande Mercado, e habituado a trazer para o Brasil negócios e empresários internacionais como John Casablancas e Donald Trump, Bellino resolveu trilhar o caminho inverso dando início a um projeto que levará empresas brasileiras para atuar no exterior.
Convidou seus amigos e parceiros o empresário Samuel Goldstein e o empresário e publicitário Wellington Amaral para juntos desenvolverem esse projeto , que resultou na fundação das Casas Brasileiras, uma empresa que tem por objetivo dar ao Emigrante Brasileiro o acesso a produtos e serviços no Brasil, que ele possa comprar ou contratar diretamente do país onde vive.
Com esse objetivo, foi montado um consórcio de empresas voltadas para os segmentos onde há maior procura, como habitação, educação, saúde e bens de consumo. Sob o “guarda-chuva” Casas Brasileiras, uniram-se a Construtora Tenda, a maior do Brasil voltada para as camadas de menor renda, a Microlins, hoje a maior rede de ensino do país com mais de 750 escolas espalhadas por todo o território Brasileiro, e o Ponto Frio, do grupo Globex (leia-se Lilly Safra) que entrou para o grupo após acirrada disputa com as Casas Bahia. "É, sem dúvida, uma grande oportunidade e pretendemos faturar US$ 100 milhões com esse negócio", Afirma Manoel Amorim, Presidente do Ponto Frio.
Negociações estão ainda em andamento com várias operadoras na área de saúde onde pretende-se criar produtos específicos direcionados ao Emigrante.
Uma outra necessidade de vital importância para os Emigrantes Brasileiros, é o crédito, ao qual a grande maioria não tem acesso. Visando oferecer essa condição a esse público, dois grandes bancos estão concluindo suas propostas para assumir o posto de gerenciamento dessa carteira de clientes das Casas Brasileiras, ao mesmo tempo oferecendo produtos como poupança, capitalização e compra programada entre outros.
O plano inicial era iniciar a operação em um Mercado teste nos Estados Unidos, mais precisamente na Florida para futuramente buscar uma expansão ainda naquele país em seguida para Europa, Asia e Africa.
Várias pesquisas de campo foram realizadas , no intuito de conhecer melhor esse novo público. Foi durante essas pesquisas, que o presidente e CEO das Casas Brasileiras, Wellington Amaral, deu-se conta de um dado que tornou o negócio ainda mais apetitoso: O Emigrante Brasileiro ganha em media US$ 36.482,00 anuais, e manda para o Brasil, 4.151,00 ou seja, menos que 11.5% do que ganha; se o total das remessas é de 7.075 bilhões de dólares, e isso representa menos que 11.5% do que gera , o montante total do que produzem os Emigrantes é de mais de 60 Bilhões de dólares!!! “Os dados são públicos, eu apenas fiz umas contas de traz pra frente…. meras regrinhas de três” afirma Wellington Amaral. Essa nova perspectiva atraiu a atenção de vários empresários, que buscaram a oportunidade de entrar no negócio, o que acabou culminando numa recente e importante adesão que é a da Rede Record de Televisão que acaba de adquirir uma participação de 50 % da empresa.
Com forte e crescente penetração no Brasil, e importante presença em todos os mercados que interessam ao Grupo, a entrada da Rede Record acabou viabilizando o lançamento mundial das Casas Brasileiras, encurtando-se assim drásticamente o processo de expansão.
“Com a assinatura deste acordo, a Rede Record de Televisão, coloca os seus canais internacionais da TV Record, Record News e My Channel (programação em inglês), além de 3 emissoras da Rádio Record (Lisboa, Madri e Londres) e mais 3 edições da Revista da TV Record distribuída na Europa, para fazer uma campanha institucional educativa e formatar uma nova concepção de mercado, voltada em proteger o interesse desses milhões de Brasileiros que se tornam clientes em potencial desta nova idéia” , afirma Aroldo Martins, Presidente da Record Internacional.
A Rede Record também disponibizará seus recursos no Brasil, através dos quais pretende-se atingir também os familiares, dependentes e amigos daqueles que se foram do país.
"As Casas Brasileiras devem começar suas operações ainda em 2008", garante Samuel Goldstein, Chief Financial Officer do Grupo o business acabou adquirindo uma dimensão muito expressiva, e passa a ser ainda mais importante a participação de um forte agente financeiro com capilaridade e credibilidade junto ao nosso público. Estamos em fase final de negociação com dois grandes Bancos, e ganhará aquele que oferecer melhores produtos condições para o nosso futuro cliente” conclui.
Durante suas pesquisas para escrever o livro “Estado dos Emigrantes”, Bellino deparou-se com a dura realidade enfrentada pelos nossos patrícios la fora. Segundo o empresário, que assume uma posição de caráter mais institucional dentro da Empresa, “o perfil do Emigrante Brasileiro é caracterizado pelo empenho com que tenta construir uma vida melhor longe de casa e na preocupação com os familiares que ficaram no Brasil. Enviar dinheiro para os que deles dependem é uma prioridade. E é um dinheiro ganho com imensas dificuldades, e enviado sem que haja a certeza de que será bem empregado.”
"Os Emigrantes podem passar aperto, mas o dinheiro da família é sagrado", diz José Carlos Meihy, professor de história da USP e autor de váarios livros e artigos sobre a diáspora Brasileira.
Cabe aqui dizer que, nos Estados Unidos, dois terços dos Emigrantes Brasileiros estão em situação ilegal, e portanto banidos do sistema bancário, sem acesso a cartões de crédito e outras formas de gerenciamento de seu dinheiro. “Não são raros casos em que planos de saúde foram cancelados, imóveis foram tomados, veículos ficaram sem seguro, nomes foram manchados no Serasa e cartórios, por falta de pagamento de um carnê, de uma prestação”, garante Wellington Amaral.
Mas essas são apenas algumas das imensas dificuldades enfrentadas por esse grande contingente de Emigrantes que não possuem documentos válidos no país em que vive, e acaba deixando que os documentos Brasileiros percam validade.
Sensibilizado com essa situação, Ricardo Bellino decidiu ir além de simplesmente oferecer soluções para o gerenciamento do dinheiro, do fruto do trabalho desse povo sofrido. Decidiu que seria importante que o Grupo assumisse sua responsabilidade no campo social , buscando soluções e alternativas que possam melhorar a condição e qualidade de vida desses Brasileiros.
Com esse objetivo, foi fundada a entidade não governamental, sem fins lucrativos “Organização Estado dos Emigrantes” que advogará a favor dos milhões de Brasileiros residentes no exterior, assim como dos seus dependentes e familiares no Brasil.
A recém criada Organização já está bastante ativa. No próximo dia 17 de Junho, em Sessão Solene na Câmara dos Deputados, requerida pelo Deputado George Hilton (PP-MG) e conduzida pelo Presidente Arlindo Chinaglia em homenagem ao Emigante Brasileiro, será lançada a semente dessa iniciativa, que é a criação desse “Estado Virtual”, o Estado dos Emigrantes, que já nasce com direito a Bandeira, Brasão e Hino, que será apresentado pelo Coral do Senado. A intenção é chamar a atenção para a importância desse “Estado”, que se estivesse em território nacional, figuraria entre os maiores do país: 13˚ em população, 6˚ em PIB, 2˚ em PIB per capita, e 1˚ em renda per capita.
A Organização Estado dos Emigrantes tem listadas várias metas, como buscar representatividade efetiva do Emigrante no Congresso, buscar a obtenção de incentivos fiscais para que o Emigrante faça seus investimentos imobiliarios no Brasil, negociar condições especiais de preços e condições de pagamentos na aquisição de bens e serviços, e muitas outras que podem ser verificadas no site www.estadodosemigrantes.org.
“Estamos diante do nascimento de um novo território, virtual ainda que seja, mas que vem para acolher e proteger seres humanos de verdade, com problemas reais, sonhos legítimos e muita capacidade e vontade de trabalhar e produzir" afirma Wellington Amaral.
Por causa desse business, acabei me envolvendo emocionalmente com os Emigrantes, suas histórias, aspirações, sonhos e necessidades. Creio que já era hora de todos conhecermos por dentro, esse Brasil lá de fora” encerra o “Descobridor” Ricardo Bellino.
Maiores informações:
Ricardo Bellino
bellino@estadodosemigrantes.org
Wellington Amaral
Samuel Goldstein
samuel@estadodosemigrantes.org
Prof. José Carlos Meihy
5 comentários:
Será que ninguém pensou ainda na hipótese de que talvez esse "Estado" preze pela sua independência do resto da União?
SÓ POR CURIOSIDADE, SENDO ESSE 28 ESTADO BRASILEIRO, UM ESTADO VIRTUAL, NÒS QUE ESTAMOS FORA DO BRASIL, NÃO TEREMOS SERVIÇOS TAMBEM MERAMENTE VIRTUAIS? É QUE INFELIZMENTE, MUITOS BRASILEIROS QUE MORAM NO EXTERIOR, ESTÃO CANSADOS DE SERVIÇOS OFERECIDOS E NÃO CUMPRIMOS, SEM A MINIMA SEGURANÇA. VEREMOS NO QUE ISSO VAI DAR.
q o imigrante faz a diferença isso sim!!!
mas um estado virtual???e pura baboseira
Somos mesmo muitos descrentes dos politicos brasileiro,das inovacoes do sistema brasileiro e de como gira a politica no Brasil,ainda mais nós que conhecemos outros mundos,outros métodos,outros "sistema". É dificultoso aceitar que estao finalmente pensando em uma maneira de nos ajudar de alguma forma... Nao nos resta nada mais que esperar e torcer para que esta "ideia" nao seja mais um fraude, mais um conto do Vigario.Eu,como uma boa brasileira que sou,faco a minha parte,deposito meu voto de,mais do que,confianca,esperanca, de que tudo seja feito para o bem de "nós emigrantes",saudosos de nossa terra e nossa familia......
visite no Orkut,a comunidade que criei,na espectativa de informacao e divulgacao
http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=54375650
Só espero que esse "Estado" realmente venha a facilitar a vida dos brasileiros que vivem no exterior e não apenas cobiçar seus rendimentos em moeda forte, como é o que dá para perceber até agora!
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