O cenário político brasileiro exibe, a exemplo de outros momentos e contextos da vida nacional, uma profusão de siglas partidárias. Muitas delas, no entanto, representam partidos políticos que, ao invés de aglutinarem homens em torno de programas e idéias, constituem-se apenas para abrigar interesses pessoais e de ocasião.
O PSDB foi concebido por lideranças políticas, intelectuais, militantes e ativistas de movimentos sociais, que tinham a exata noção da fragilidade do quadro partidário no Brasil. Sua origem está calcada na essência do pensamento social democrata, alçando o desenvolvimento a objetivo central da sua razão de ser, sem perder o foco do aprofundamento da democracia no Estado democrático, ampliando essa democratização nos níveis econômicos e sociais.
Devemos reconhecer que, nos últimos anos, o PSDB afastou-se de sua origem histórica, perdeu o foco da sua essência verdadeiramente social democrata, culminando por não ''captar'' as aspirações das ruas.
Na visão de parcelas da população, ao contemplar a realidade brasileira a partir de uma visão elitista, o PSDB divorciou-se das camadas populares, marcou-se como um núcleo defensor de uma elite privilegiada. Desconhecer essa realidade é reproduzir o comportamento do avestruz diante dos obstáculos.
Na atual crise de identidade o partido vacila até mesmo em assumir a sua verdadeira identidade política, ideológica e programática, após ter aceitado pacificamente ser lançado à direita como suposto representante do neoliberalismo. No confronto ideológico com o Partido dos Trabalhadores está assinalada uma das fragorosas derrotas da legenda.
Não basta ter quadros competentes e éticos, comprometidos com o ideário político milenar da busca do bem comum. É preciso formular projetos e propostas sintonizadas com as classes trabalhadoras.
Com o coração tranqüilo - e lembro aqui de um provérbio chinês: ''Um coração tranqüilo é capaz de acomodar-se a muitas mudanças'' - afirmo que é necessário retomar a identidade histórica de partido de centro-esquerda.
A pregação popular e desenvolvimentista deve ser o caminho que recolocará o PSDB sintonizado com parcelas majoritárias da sociedade nacional. Por meio dos diretórios ''nacional, estaduais e municipais'' apoiados pelo Instituto Teotônio Vilela, o debate deverá ser disseminado por todo o território nacional.
Retomar e relançar com vigor a idéia do desenvolvimento é a missão suprema do PSDB. O Brasil vem há duas décadas e meia patinando em um ambiente de estagnação econômica. Fato notório e que não admite discussão bizantina.
O PSDB não pode continuar aceitando as regras estabelecidas pela ortodoxia econômica convencional. Questionar o modelo econômico vigente é um dever patriótico.
A armadilha em que se meteu o Brasil é refletida em indicadores atestados pelo Banco Central e pelo Ministério do Planejamento: entre janeiro e novembro de 2.006, o País gastou 13 vezes mais com juros do que com investimentos. A isso se acrescente o desestímulo profissional que invade a classe média: estudos vêm demonstrando que 140 mil jovens que estão iniciando a vida produtiva, por falta de oportunidades (mesmo com boa formação educacional), emigram buscando no exterior aquilo que aqui lhes falta: o emprego.
O Banco Central constatou que em 2.005 a movimentação financeira de brasileiros no exterior, pessoas físicas e jurídicas, atingiu o montante de 111 bilhões e 741 milhões de dólares. Pasmem: os investimentos produtivos de empresas brasileiras representaram 79 bilhões e 259 milhões de dólares.
Diante desse quadro o PSDB deve assumir com empenho e vigor a grande bandeira abandonada no debate nacional: o desenvolvimento com justiça social.
Um escritor uruguaio disse certa feita que ''Somos o que fazemos, mas somos principalmente, o que fazemos pra mudar o que somos''. Não tenho dúvida: retomar a nitidez do projeto do PSDB, princípios e convicções que estão fincadas no nascedouro do partido é um itinerário irrecusável.
O PSDB foi concebido por lideranças políticas, intelectuais, militantes e ativistas de movimentos sociais, que tinham a exata noção da fragilidade do quadro partidário no Brasil. Sua origem está calcada na essência do pensamento social democrata, alçando o desenvolvimento a objetivo central da sua razão de ser, sem perder o foco do aprofundamento da democracia no Estado democrático, ampliando essa democratização nos níveis econômicos e sociais.
Devemos reconhecer que, nos últimos anos, o PSDB afastou-se de sua origem histórica, perdeu o foco da sua essência verdadeiramente social democrata, culminando por não ''captar'' as aspirações das ruas.
Na visão de parcelas da população, ao contemplar a realidade brasileira a partir de uma visão elitista, o PSDB divorciou-se das camadas populares, marcou-se como um núcleo defensor de uma elite privilegiada. Desconhecer essa realidade é reproduzir o comportamento do avestruz diante dos obstáculos.
Na atual crise de identidade o partido vacila até mesmo em assumir a sua verdadeira identidade política, ideológica e programática, após ter aceitado pacificamente ser lançado à direita como suposto representante do neoliberalismo. No confronto ideológico com o Partido dos Trabalhadores está assinalada uma das fragorosas derrotas da legenda.
Não basta ter quadros competentes e éticos, comprometidos com o ideário político milenar da busca do bem comum. É preciso formular projetos e propostas sintonizadas com as classes trabalhadoras.
Com o coração tranqüilo - e lembro aqui de um provérbio chinês: ''Um coração tranqüilo é capaz de acomodar-se a muitas mudanças'' - afirmo que é necessário retomar a identidade histórica de partido de centro-esquerda.
A pregação popular e desenvolvimentista deve ser o caminho que recolocará o PSDB sintonizado com parcelas majoritárias da sociedade nacional. Por meio dos diretórios ''nacional, estaduais e municipais'' apoiados pelo Instituto Teotônio Vilela, o debate deverá ser disseminado por todo o território nacional.
Retomar e relançar com vigor a idéia do desenvolvimento é a missão suprema do PSDB. O Brasil vem há duas décadas e meia patinando em um ambiente de estagnação econômica. Fato notório e que não admite discussão bizantina.
O PSDB não pode continuar aceitando as regras estabelecidas pela ortodoxia econômica convencional. Questionar o modelo econômico vigente é um dever patriótico.
A armadilha em que se meteu o Brasil é refletida em indicadores atestados pelo Banco Central e pelo Ministério do Planejamento: entre janeiro e novembro de 2.006, o País gastou 13 vezes mais com juros do que com investimentos. A isso se acrescente o desestímulo profissional que invade a classe média: estudos vêm demonstrando que 140 mil jovens que estão iniciando a vida produtiva, por falta de oportunidades (mesmo com boa formação educacional), emigram buscando no exterior aquilo que aqui lhes falta: o emprego.
O Banco Central constatou que em 2.005 a movimentação financeira de brasileiros no exterior, pessoas físicas e jurídicas, atingiu o montante de 111 bilhões e 741 milhões de dólares. Pasmem: os investimentos produtivos de empresas brasileiras representaram 79 bilhões e 259 milhões de dólares.
Diante desse quadro o PSDB deve assumir com empenho e vigor a grande bandeira abandonada no debate nacional: o desenvolvimento com justiça social.
Um escritor uruguaio disse certa feita que ''Somos o que fazemos, mas somos principalmente, o que fazemos pra mudar o que somos''. Não tenho dúvida: retomar a nitidez do projeto do PSDB, princípios e convicções que estão fincadas no nascedouro do partido é um itinerário irrecusável.
Senador Alvaro Dias - vice-presidente do Senado Federal
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