Os paradestinatários, a vez dos outsiders, a política velada pela mídia, a informação vem na forma de entretenimento...
Resumo da entrevista a La Nacion -27-01-07.
1- A vídeodemocracia em que vivemos prioriza os formatos audiovisuais em detrimento dos textuais. Como diz Umberto Eco: a TV é veneno, mas também é o antídoto. Os políticos chegam pela forma, mas depois devem encontrar a maneira de transmitir o conteúdo.
2- Este cenário é inevitável e muda a forma de fazer política. Por isso digo que os políticos devem aprender a viver nessa plataforma. A erupção da mídia e especialmente da audiovisual modificou também a lógica da territorialidade da política. Se está posicionado em um imaginário que nem é ideológico, nem distrital. Não é um referente de esquerda, nem de centro, nem de direita.
3- Se consome informação na forma de entretenimento. Tudo entra por aí: futebol, política, crime. Hoje a tonalidade do discurso se despolitiza. A lógica da política é complexa, pois nada se explica por um só fato. A lógica do entretenimento é a simplificação. Quando chocam as formas se impõe a simplificação. E é assim hoje no discurso político.
4- Identifico uma forte neutralidade discursiva que iguala direita e esquerda. E é a mídia que faz com que a mensagem seja neutra. Através da mídia os políticos não falam nem aos seus nem a seus adversários, mas aos que Eliseu Verón chamava "os paradestinatários", que são os que nem te amam, nem te odeiam. E estes que são a maioria não querem ouvir mensagens políticas.
5- Eu diria que a mídia velou a política. A ideologia vinha mal de antes. Em todo o caso a mídia desideologizou o discurso e permitiu uma plataforma massiva que desembocou num culto à personalidade. As pessoas se identificam mais com os dirigentes que com os partidos.
6- A sociedade está buscando política fora da política. É lógico que um não político ganhe um processo político e o conduza? Não. Não é natural que os emergentes conduzam um processo político.
7- O pior que pode passar a um mau candidato é ter uma campanha brilhante que exagere suas virtudes e propostas e oculte exageradamente as deficiências, porque um mau produto quando chega ao mercado termina causando insatisfação. Por isso o marketing político é um marketing "chanta". O papel do outsider está desenhando dentro da mídia.
Resumo da entrevista a La Nacion -27-01-07.
1- A vídeodemocracia em que vivemos prioriza os formatos audiovisuais em detrimento dos textuais. Como diz Umberto Eco: a TV é veneno, mas também é o antídoto. Os políticos chegam pela forma, mas depois devem encontrar a maneira de transmitir o conteúdo.
2- Este cenário é inevitável e muda a forma de fazer política. Por isso digo que os políticos devem aprender a viver nessa plataforma. A erupção da mídia e especialmente da audiovisual modificou também a lógica da territorialidade da política. Se está posicionado em um imaginário que nem é ideológico, nem distrital. Não é um referente de esquerda, nem de centro, nem de direita.
3- Se consome informação na forma de entretenimento. Tudo entra por aí: futebol, política, crime. Hoje a tonalidade do discurso se despolitiza. A lógica da política é complexa, pois nada se explica por um só fato. A lógica do entretenimento é a simplificação. Quando chocam as formas se impõe a simplificação. E é assim hoje no discurso político.
4- Identifico uma forte neutralidade discursiva que iguala direita e esquerda. E é a mídia que faz com que a mensagem seja neutra. Através da mídia os políticos não falam nem aos seus nem a seus adversários, mas aos que Eliseu Verón chamava "os paradestinatários", que são os que nem te amam, nem te odeiam. E estes que são a maioria não querem ouvir mensagens políticas.
5- Eu diria que a mídia velou a política. A ideologia vinha mal de antes. Em todo o caso a mídia desideologizou o discurso e permitiu uma plataforma massiva que desembocou num culto à personalidade. As pessoas se identificam mais com os dirigentes que com os partidos.
6- A sociedade está buscando política fora da política. É lógico que um não político ganhe um processo político e o conduza? Não. Não é natural que os emergentes conduzam um processo político.
7- O pior que pode passar a um mau candidato é ter uma campanha brilhante que exagere suas virtudes e propostas e oculte exageradamente as deficiências, porque um mau produto quando chega ao mercado termina causando insatisfação. Por isso o marketing político é um marketing "chanta". O papel do outsider está desenhando dentro da mídia.
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