
1. As pesquisas de opinião indicam que uma terça parte dos norte-americanos acredita que a China "em breve dominará o mundo" e que quase a metade crê que a ascensão da China é "uma ameaça à paz mundial". Por sua vez, muitos chineses têm medo que os Estados Unidos não aceitem sua "ascensão pacífica". Tanto norte-americanos, quanto chineses devem evitar certos temores tão exagerados. A existência de boas relações entre os dois países será um fator chave para a estabilidade mundial neste século.
2. Taiwan pode ser o catalisador de um conflito entre as potências do século XXI. Os chineses suspeitam que os Estados Unidos utilizem Taiwan como porta-aviões. As duas correntes se enfrentarão nas eleições presidenciais de Taiwan em 22 de março. As últimas sondagens indicam que o Prefeito de Taipei, Ma Ying-jeou, do Kuomintang (KMT), está à frente de Frank Hsieh, do Partido Progressista Democrático (PPD), hoje no Governo. Mas alguns observadores temem que o presidente em final de mandato, Chen Shui-bian, do PPD, busque um pretexto para impedir a derrota da corrente favorável à soberania. “Chen propôs um referendo para decidir se Taiwan deve entrar na ONU, um passo que a China considera provocador”. Mas ele responde que é a China "a que está atuando de forma provocadora".
3. Os Estados Unidos estão claramente preocupados. Há pouco, a Secretaria de Estado, Condoleezza Rice, disse numa entrevista coletiva à imprensa que "acreditamos que o referendo para decidir se solicita a entrada na ONU com o nome de 'Taiwan' é uma medida provocadora. Desperta tensões desnecessárias no Estreito de Taiwan e não traz vantagens reais à população tailwanesa no âmbito mundial". Do mesmo modo, Rice repetiu que seu Governo mantém uma política de oposição à "ameaça unilateral de alterar o status quo por parte de qualquer dos dois grupos.
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