Não é a primeira vez que Lula se encolhe frente à adversidade. Em 2005 - durante o mensalão - ocultou-se, e saiu da toca em Paris numa entrevista amadora desastrada. Agora - da mesma maneira. Encolhe-se, se oculta, perde a iniciativa, cancela sua agenda no sul, e a muda para o nordeste. Esta mudança de agenda foi feita da mesma maneira em 2005.
Os políticos que se encolhem frente às adversidades não são casos raros. Alguns sistematicamente, numa espécie de ciclotimia, onde se deprimem a qualquer noticia e fato negativos. Há um elemento comum entre eles: colocar a culpa na imprensa. São vários os casos de políticos que na adversidade, param de ler os jornais e não ouvem ou assistem o noticiário. Não entendem o papel - em todo mundo - da imprensa na cobertura política onde faz o controle de qualidade (passam os produtos bons; ficam e são expostos os produtos ruins).
O jogo - política/imprensa - está mais do que estudado. Nas ditaduras a imprensa permitida faz o que o governo quer. Do outro lado, entre os políticos frágeis, os governos fazem o que a imprensa quer. Como sempre, no meio está a virtude.
Um político que se encolhe frente à adversidade - como Lula - reage quase sempre de uma mesma forma: corre em direção a seu nicho de opinião pública, e passa a tratar apenas deste. E justifica junto aos assessores que é isso que o país precisa. No caso de Lula, se ele permitisse um gravador a seu lado, o que diria seria algo como, "pensam que vim aqui para atender os ricos?"; “essa imprensa serve aos poderosos"; "vou tratar do meu povo e deixar esses pequeno-burgueses de lado".
A vaia e a tragédia, auto-atocaiaram Lula. Improvisou uma cirurgia numa vista alegando terçol e com isso se autojustificando pela ausência. Os desdobramentos de sua ciclotimia política podem ser apenas pessoais - meno male - para seu grupo interno. Mas podem ter efeito maior, reorientando suas prioridades ainda mais e muito mais para o assistencialismo desregrado, buscando foco, naqueles que não lêem jornais, e que com alguma bolsa no bolso, podem servir de claque para levantar a moral do chefe.
As idas de Lula ao nordeste em 2005, foram assim: com direito a claque e cenário, e ele suado no meio dos amigos contratados, voltando a ser o líder sindical. Essa regressão protetora de seu encolhimento na adversidade voltará nos próximos dias. E contará com a TV para registrar seu passado, teatralizado no presente - sem gravata, suado, sem plural...
Um político completo na chefia de governo - um estadista - não é o que temos. A adversidade o colocou na clandestinidade. E o despachou para os seus nichos, de AeroLula, num contraponto triste com a pequena burguesia que rejeita, por autodefesa.
Os políticos que se encolhem frente às adversidades não são casos raros. Alguns sistematicamente, numa espécie de ciclotimia, onde se deprimem a qualquer noticia e fato negativos. Há um elemento comum entre eles: colocar a culpa na imprensa. São vários os casos de políticos que na adversidade, param de ler os jornais e não ouvem ou assistem o noticiário. Não entendem o papel - em todo mundo - da imprensa na cobertura política onde faz o controle de qualidade (passam os produtos bons; ficam e são expostos os produtos ruins).
O jogo - política/imprensa - está mais do que estudado. Nas ditaduras a imprensa permitida faz o que o governo quer. Do outro lado, entre os políticos frágeis, os governos fazem o que a imprensa quer. Como sempre, no meio está a virtude.
Um político que se encolhe frente à adversidade - como Lula - reage quase sempre de uma mesma forma: corre em direção a seu nicho de opinião pública, e passa a tratar apenas deste. E justifica junto aos assessores que é isso que o país precisa. No caso de Lula, se ele permitisse um gravador a seu lado, o que diria seria algo como, "pensam que vim aqui para atender os ricos?"; “essa imprensa serve aos poderosos"; "vou tratar do meu povo e deixar esses pequeno-burgueses de lado".
A vaia e a tragédia, auto-atocaiaram Lula. Improvisou uma cirurgia numa vista alegando terçol e com isso se autojustificando pela ausência. Os desdobramentos de sua ciclotimia política podem ser apenas pessoais - meno male - para seu grupo interno. Mas podem ter efeito maior, reorientando suas prioridades ainda mais e muito mais para o assistencialismo desregrado, buscando foco, naqueles que não lêem jornais, e que com alguma bolsa no bolso, podem servir de claque para levantar a moral do chefe.
As idas de Lula ao nordeste em 2005, foram assim: com direito a claque e cenário, e ele suado no meio dos amigos contratados, voltando a ser o líder sindical. Essa regressão protetora de seu encolhimento na adversidade voltará nos próximos dias. E contará com a TV para registrar seu passado, teatralizado no presente - sem gravata, suado, sem plural...
Um político completo na chefia de governo - um estadista - não é o que temos. A adversidade o colocou na clandestinidade. E o despachou para os seus nichos, de AeroLula, num contraponto triste com a pequena burguesia que rejeita, por autodefesa.
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