Trecho de matéria do colunista de La Nacion Mariano Grondona!
1. Quando uma empresa lança um novo produto, pode ceder à tentação de elogiá-lo de maneira exagerada. Se a gente "compra" este exagero, também comprará, pelo menos ao começo, o produto que se anuncia. Isto acontece até ao momento em que a realidade substitua a ingenuidade dos compradores.
2. Na política ocorre outra coisa quando um candidato "sobrevende" com eficácia suas contraditórias afirmações. Por acaso Maquiavel não advertiu que em política as aparências substituem a realidade? Se a campanha lançada pelo Governo apenas dissimula, como temos visto, a lógica inexorável dos fatos, também é verdade que, se seu engano perdura o suficiente, isso pode assegurar-lhe o triunfo eleitoral, porque o mais importante não é necessariamente a verdade, mas uma aparência enganadora.
3. O mais importante numa democracia adolescente como a nossa é, em suma, a eficácia das comunicações. E, se o engano acaba por descobrir-se demasiado tarde, ainda assim os "marqueteiros" terão obtido o que mais lhe importa: o poder da vitória.
4. O exagero sobre o produto que se vende não precisa durar para sempre. Bastarão alguns meses. Ainda que continue sendo verdadeira a advertência de Abraham Lincoln, segundo a qual "pode-se enganar muita gente por muito tempo, mas não toda a gente por todo o tempo", será bastante aos "marqueteiros" do Governo que o breve tempo de engano dure até a próxima eleição. Depois, Deus o dirá.
5. Todos recordamos como uma hábil ação publicitária nos apresentou De la Rúa como o firme e decidido governante que na verdade não o era. As conseqüências vieram depois, mas elas não afetaram o prestígio profissional de seus "marqueteiros". Os assessores da dupla Kirchner terão de seduzir a tribuna apenas até 28 de outubro. Como somente depois fica descoberto o engano da "mudança na mudança", que agora proclamam, isso lhes bastará, porque seu real motivo não é o de anunciar um programa capaz de ser realizado no longo prazo, mas sim explorar a ilusão da gente no curto prazo. Apenas depois, entre 2007 e 2011, talvez a profecia de Lincoln se concretize por completo.
1. Quando uma empresa lança um novo produto, pode ceder à tentação de elogiá-lo de maneira exagerada. Se a gente "compra" este exagero, também comprará, pelo menos ao começo, o produto que se anuncia. Isto acontece até ao momento em que a realidade substitua a ingenuidade dos compradores.
2. Na política ocorre outra coisa quando um candidato "sobrevende" com eficácia suas contraditórias afirmações. Por acaso Maquiavel não advertiu que em política as aparências substituem a realidade? Se a campanha lançada pelo Governo apenas dissimula, como temos visto, a lógica inexorável dos fatos, também é verdade que, se seu engano perdura o suficiente, isso pode assegurar-lhe o triunfo eleitoral, porque o mais importante não é necessariamente a verdade, mas uma aparência enganadora.
3. O mais importante numa democracia adolescente como a nossa é, em suma, a eficácia das comunicações. E, se o engano acaba por descobrir-se demasiado tarde, ainda assim os "marqueteiros" terão obtido o que mais lhe importa: o poder da vitória.
4. O exagero sobre o produto que se vende não precisa durar para sempre. Bastarão alguns meses. Ainda que continue sendo verdadeira a advertência de Abraham Lincoln, segundo a qual "pode-se enganar muita gente por muito tempo, mas não toda a gente por todo o tempo", será bastante aos "marqueteiros" do Governo que o breve tempo de engano dure até a próxima eleição. Depois, Deus o dirá.
5. Todos recordamos como uma hábil ação publicitária nos apresentou De la Rúa como o firme e decidido governante que na verdade não o era. As conseqüências vieram depois, mas elas não afetaram o prestígio profissional de seus "marqueteiros". Os assessores da dupla Kirchner terão de seduzir a tribuna apenas até 28 de outubro. Como somente depois fica descoberto o engano da "mudança na mudança", que agora proclamam, isso lhes bastará, porque seu real motivo não é o de anunciar um programa capaz de ser realizado no longo prazo, mas sim explorar a ilusão da gente no curto prazo. Apenas depois, entre 2007 e 2011, talvez a profecia de Lincoln se concretize por completo.
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