segunda-feira, abril 23, 2007

ENTRE A ANARQUIA E A REPRESSÃO!

Trechos selecionados, da coluna dominical de Mariano Grondona no La Nacion. Vale para lá. Vale para cá!

1. Os romanos tinham três palavras para descrever o equilíbrio de uma república ordenada. A primeira era POTESTAS. Potestas aludia a faculdade de emitir ordens que tinham os magistrados quando atuavam no marco da lei. A segunda palavra era AUCTORITAS, e hoje traduziríamos por autoridade moral, a qual irradiavam os magistrados e os cidadãos de conduta exemplar. A terceira era IMPÉRIO ou o mando militar. O significado original de Imperator foi simplesmente - general -, e por isso quando a República Romana passou a ser Império Romano, a fins do século I - ac -, esta mudança de denominação sinalizou que Roma havia deixado de ser uma autêntica República para converter-se num regime militar.

2. No século I - ac -, a ordem republicana começou a desintegrar-se. Foi neste processo que começaram a difundir-se outras palavras. Uma delas LICENTIA - licença ou libertinagem -, aludia à proliferação dos atos de corrupção impulsionados pelo amor ao dinheiro. Outra palavra, SEDITIO, ou seja sedição, se referia à atuação dos caudilhos que em vez de guerrear contra os inimigos externos, guerreavam entre eles. A palavra ANARCHIA - anarquia -, descrevia o caos das guerras e conflitos civis, que terminaram de vez com a República Romana.

3. Se havia perdido o equilíbrio entre "potestas, auctoritas e imperium", que havia convertido a Repúblicana Romana em exemplo para os que crêem na democracia. Quando se rompe este equilíbrio entre potestade, autoridade e império, as repúblicas oscilam entre o desvio ou o excesso de poder.

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