quarta-feira, agosto 29, 2007

OLHO NO RISCO

SEM IDEOLOGIA
Já que o Brasil tomou decisões corretas no aspecto macroeconômico, os ventos fortes que varreram as bolsas do mundo todo não provocaram grandes estragos na economia brasileira até agora. Uma prova de que aplicando a técnica e a lógica, e evitando teses ideológicas, os bons resultados aparecem.
CÂMBIO FLUTUANTE
Um dos ingredientes importantes que este governo manteve, não o único, mas ainda assim essencial é o câmbio flutuante. Francamente, ainda não entendi a razão para tanta hesitação que FHC mostrou para adotar a necessária medida, quando, por falta dela o Brasil acabou sofrendo um rombo de mais de US$ 40 bilhões das reservas, em pouco mais de uma semana.
OLHO O RISCO-PAÍS
Entretanto, se a condução da nossa macroeconomia vai relativamente bem, isto não significa que os investidores vivem uma situação tranqüila. Na verdade, eles não tiram os olhos dos indicadores que medem o risco dos países em que investem. Quando o risco dispara, e ultrapassa um limite fixado pelos seus analistas, não é hora de fazer mais perguntas. Simplesmente é hora de cair fora.
500 PONTOS-BASE
Portanto, a ordem agora é dar atenção máxima ao indicador que mede o nosso risco-país. O governo do Uruguai, por exemplo, criou um Ministério para monitorar de perto o assunto. A atenção lá é intensa e constante para tentar impedir a disparada do índice. O Brasil precisa fazer o mesmo, pois a informação que se tem é que o limite dado pelos investidores ao Brasil é 500 pontos-base. Se o risco-Brasil subir muito aí a coisa fica preta mesmo.

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