Artigo recente do professor Damián Fernández Pedemonte - professor e decano - de Análise do Discurso da Universidade Austral : O DISCURSO PÚBLICO E AS MULHERES! Trechos selecionados por este . Professor procura entender no artigo, as razões da ascensão política a chefe de governo, das mulheres em diferentes países.
1. Entre alguns cortes diferenciadores do modo de comunicação feminino, a especialista norte-americana Deborah Tannen assinala que as mulheres tendem a manifestar os problemas para compartilhar experiências. Quando dizem - eu sinto, ou concordo - na maioria das vezes, com estas expressões estão mantendo o vínculo, que, segundo "elas" , qualquer conversação estabelece. Tannen afirma, que estas e outras peculiaridades discursivas se entendem segundo a hipótese de que revelam a maneira, a diferença dos homens, que tem as mulheres de perceber a vida social.
2. No âmbito público, o homem se entende como um sujeito que se enfrenta a uma ordem social hierarquizada, e tem como ideal a independência e estabelece relações assimétricas guiadas pela concorrência e pelo conflito. A mulher - ao contrário - se entende como um sujeito em meio a uma rede de conexões: aspira o fortalecimento das relações que geralmente percebe como simétricas, entre semelhantes.
3. Levada ao âmbito público, a metáfora do coro vocal, permitiria uma compreensão do debate, muito diferente da mais freqüente metáfora (masculina) da contenda. No discurso (comunicação política) do homem, estão presentes as interrupções, caracterizadas pelo fato de que com elas se aceita uma hipótese ou se muda abruptamente de tema. Por outro lado há a superposição cooperativa das mulheres. Assim é: as mulheres não costumam interromper, mas justapor-se ao que o outro diz, de forma solidária, para apoiar seu ponto de vista ou para mostrar empatia. Ou seja: não para exercer um poder como os homens, mas para estabelecer uma relação, guiada pelo seu grande compromisso com a palavra de outrem.
4. Estar continuamente alerta a tudo o que se relaciona com o espaço de poder, é para os homens uma conseqüência lógica de entender a organização social desde um marco de interpretação agonístico, no qual a vida consiste em uma série de contendas nas quais se põe a prova a fortaleza de cada um contra os que querem impor-lhe a sua vontade. Os homens vivem num mundo em que o poder provém da ação individual de uns contra os outros. Para as mulheres, ao contrario, a comunidade é a fonte de poder. Uma comunidade que se constrói com a comunicação como o revela a raiz comum das palavras que usam.
1. Entre alguns cortes diferenciadores do modo de comunicação feminino, a especialista norte-americana Deborah Tannen assinala que as mulheres tendem a manifestar os problemas para compartilhar experiências. Quando dizem - eu sinto, ou concordo - na maioria das vezes, com estas expressões estão mantendo o vínculo, que, segundo "elas" , qualquer conversação estabelece. Tannen afirma, que estas e outras peculiaridades discursivas se entendem segundo a hipótese de que revelam a maneira, a diferença dos homens, que tem as mulheres de perceber a vida social.
2. No âmbito público, o homem se entende como um sujeito que se enfrenta a uma ordem social hierarquizada, e tem como ideal a independência e estabelece relações assimétricas guiadas pela concorrência e pelo conflito. A mulher - ao contrário - se entende como um sujeito em meio a uma rede de conexões: aspira o fortalecimento das relações que geralmente percebe como simétricas, entre semelhantes.
3. Levada ao âmbito público, a metáfora do coro vocal, permitiria uma compreensão do debate, muito diferente da mais freqüente metáfora (masculina) da contenda. No discurso (comunicação política) do homem, estão presentes as interrupções, caracterizadas pelo fato de que com elas se aceita uma hipótese ou se muda abruptamente de tema. Por outro lado há a superposição cooperativa das mulheres. Assim é: as mulheres não costumam interromper, mas justapor-se ao que o outro diz, de forma solidária, para apoiar seu ponto de vista ou para mostrar empatia. Ou seja: não para exercer um poder como os homens, mas para estabelecer uma relação, guiada pelo seu grande compromisso com a palavra de outrem.
4. Estar continuamente alerta a tudo o que se relaciona com o espaço de poder, é para os homens uma conseqüência lógica de entender a organização social desde um marco de interpretação agonístico, no qual a vida consiste em uma série de contendas nas quais se põe a prova a fortaleza de cada um contra os que querem impor-lhe a sua vontade. Os homens vivem num mundo em que o poder provém da ação individual de uns contra os outros. Para as mulheres, ao contrario, a comunidade é a fonte de poder. Uma comunidade que se constrói com a comunicação como o revela a raiz comum das palavras que usam.
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