No final do ano 1892 começou o movimento, mais tarde chamado de Revolta da Armada, quando treze oficiais-generais do Exército e Marinha assinaram um manifesto intimando Floriano Peixoto, que assumira a Presidência da República em virtude da renúncia de Deodoro da Fonseca, a convocar novas eleições. Entre os que exigiam eleições estava um tio-bisavô do Roberto Requião de Mello e Silva, que era o vice-almirante Custódio José de Mello, e que junto com Luiz Felipe Saldanha da Gama refletiam o descontentamento da Marinha Brasileira. Esse vice-almirante, parente do governador Requião, tinha um “irmão torto” que morava em Curitiba. Como parente do nosso governador já era adepto ao nepotismo, usando de seu prestígio na República, nomeou o irmão-torto cabo da Policia em nossa cidade. O irmão-torto (Diniz de Mello) do vice-almirante Mello, tio-bisavó do Requião, morava na rua Campos Gerais, hoje rua Vicente Machado, na região da Delegacia do Trabalho.
Quem também morava na rua Vicente Machado, naquela época, era a Maria Bueno, nascida em Morretes. Maria Bueno passou a infância em Campo Largo e já mocinha veio morar ali, próximo à casa do irmão-torto do vice-almirante Mello, o indivíduo chamado Diniz Mello, cabo da Polícia.
A Vicente Machado, entre as ruas Visconde de Nacar e Brigadeiro Franco, era, no final daquele século, uma zona do meretrício.
Embora tarde da noite, retorna para casa atravessando um matagal na rua Campos Gerais, a atual Vicente Machado. Lá se encontra Diniz, emboscado. Tenta violentá-la e, ao defender-se, Maria Bueno é degolada no dia 29/01/1893, aos 29 anos.
Segundo os devotos que idolatram a milagreira Maria Bueno, na madrugada da sua morte estava em uma festa, quando recebe um chamado da viúva para quem trabalhava em casa.
Mais tarde foi construído um túmulo (foto) para Maria Bueno no Cemitério Municipal de Curitiba, no bairro São Francisco, local de romaria de devotos até os dias atuais.
Nessas eleições, o governador Roberto Requião chegou um dia em Campo Mourão e lá estava o Rubens Bueno, hoje eleito deputado federal. Sem qualquer motivo aparente, o Rubens Bueno partiu para cima do Requião e teria dado dois tapas no governador.
No dia de ontem, fui cortar o cabelo no salão que fica no prédio do Hotel Del Rey, quando, na cadeira do lado, um senhor com uns 90 anos contava que a Maria Bueno era parente do Rubens Bueno. E que foi em função do assassinato da milagreira, em 1893, a revolta de Bueno em vingar a tia-bisavó em cima do bisneto do vice-almirante Mello - que tinha o irmão-torto, Diniz de Mello, que violentou e matou a santa.
Foi colocada uma cruz de madeira no local de sua morte, onde nasceu uma rosa vermelha. Segundo a lenda, Maria Bueno passou a atender às preces dos devotos que iam até o local na frente do Hospital São Vicente.
Fonte aqui.
Um comentário:
Se eu entendi direito, então quer dizer que o desequilíbrio mental do Requião tem raízes genéticas já manifestadas em seus antepassados no século XIX?
Quanto à merecer uns tapas (ou até mais), acredito que existam razões de sobra para isso, sendo desnecessárias quaisquer justificativas históricas.
Já o ilustre Sr. Rubens Bueno merece no mínimo uma salva de palmas.
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