"Especialismo é saber-se cada vez mais de cada vez menos até saber-se tudo de nada; do mesmo modo que generalismo é saber-se cada vez menos de cada vez mais, até não se saber nada de tudo." (William James)
quinta-feira, março 08, 2007
quarta-feira, março 07, 2007
O aggiornamento tucano e a "refundação" do PT: mais ou menos a mesma coisa

PT e PSDB são irmãos siameses?
O que muda em cada um desses partidos hermanos é apenas o estilo. Enquanto FHC freqüentava o luxuoso Circuito Elizabeth Arden, vestindo becas às pencas em universidades européias, Lula prefere percorrer a Trilha Ho Chi Minh do populismo terceiro-mundista. FHC descascava charutos com Bill Clinton, obviamente, nos intervalos entre uma e outra "descascada" de charuto feita por Mônica Levinsky. Lula descasca charutos com Fidel Castro. FHC e Dona Ruth freqüentam bibliotecas. Lula e Dona Marisa só freqüentam palanques eleitorais, Lula não consegue ler um livro sequer, o máximo que faz é folhear algumas páginas dos livros que recebe de presente, como ele próprio já declarou. FHC formou-se na USP. Lula, no Senai. FHC financiava o MST, via Incra, deu um Paraná inteiro aos revolucionários comunistas do Sr. João Pedro Stédile. Lula continua financiando o MST via Incra, sorri para os fotógrafos vestindo o boné do cangaço moderno, com apoio total do ministro das Invasões, Sr. Miguel Rossetto. FHC indenizou terroristas e familiares, a exemplo de Lamarca e Marighela. Lula continua indenizando terroristas e familiares, e simpatizantes, como o escritor Carlos Heitor Cony, que recebeu, de uma tacada só, R$ 1,5 milhão, além de uma mesada mensal equivalente ao salário de ministro do STF, o maior permitido no serviço público. FHC passava seus feriados na Ilha de Marambaia. Lula também começou a passar suas férias na Marambaia, depois que começou a campanha para a reeleição, para dar sorte. As denúncias contra o governo FHC envolviam pivetes. As denúncias contra o governo petista comprovaram a existência de uma verdadeira máfia, atuante nas estatais e fundos de pensão, beneficiando muitas famiglias, a começar por Lulinha e os R$ 15 milhões recebidos da Telemar. FHC citava Max Weber. Lula cita sua mãe, aquela que 'nasceu analfabeta'. FHC gosta de tomar champanha e whisky on the rocks. Lula prefere engolir uma cachaça ou um mojito cubano junto com um churrasco fumegante.
FELIPE GONZÁLEZ -UM TANTO DESESPERANÇADO COM A AMÉRICA LATINA, NUM ARTIGO DIA 2 DE MARÇO DE 2007: "UTOPIAS REGRESSIVAS E DEBATES AGRESSIVOS!" trechos.

02. O debate se dá como uma confrontação falsamente ideológica. Seria do maior interesse uma reflexão sobre os projetos transformadores da realidade para lutar contra a desigualdade, não apenas como um problema ético, mas como lastro para o desenvolvimento. Ou sobre a deficiência que se suporta no campo das novas tecnologias com carências básicas na formação do capital humano. Ou sobre a energia como elemento de integração regional e de desenvolvimento a médio e longo prazos.
03. Com poucas exceções, há que se colocar como prioridade a melhoria do funcionamento das administrações publicas como um fator decisivo para a modernidade.
04. Um processo decisório previsível, transparente e eficiente, nos prazos e trâmites, se converteria em um grande estímulo para gerar confiança cidadã, e confiança dos atores econômicos internos e externos. Aumentar a credibilidade de nossos sistemas democráticos depende, em grande medida, da transformação do que se chama discricionalidade do poder, que em muitos casos é arbitrariedade, em um sistema com regras fáceis de se identificar, aliviando a vida dos cidadãos em quaisquer das suas relações com as administrações públicas. Trata-se de melhorar a qualidade da democracia.
A FARSA DO TÉRMINO DAS FILAS DO INSS!

"Tentei durante todo o mês de dezembro realizar um agendamento telefônico no INSS. Não consegui contato. Em janeiro consegui. Marcaram para Maio. Ou seja 5 meses depois. Assim fica fácil acabar com as filas... Não atendem mais ninguém... Antes esperávamos umas 5 horas, mas éramos atendidos no mesmo dia. Agora temos que esperar 5 meses para resolver um problema de aposentadoria."
CHINA: NÚMEROS AMBIENTAIS! EL PAÍS - Espanha - DE HOJE!

IRÃ: APRODUNDA-SE A INSTABILIDADE INTERNA!

Essa declaração acaba de ser feita por um dos 14 Aiatolás mais respeitados no Irã, Youssef Saanei, numa crítica sem precedentes ao Presidente Mahmoud Ahmadinejad. Fala ainda de “demagogia”, de “incapacidade” e de “promessas econômicas não cumpridas", ironizando ainda o aumento no preço da gasolina no Irã. Fala também de “direitos do homem e da mulher", que progrediam antes do novo Governo. Por fim e sobretudo, ele se refere ao “dossiê nuclear”. Este antigo companheiro do Aiatolá Khomeiny, investe contra “os slogans, que estão aqui, como nos EUA, para uso interno”, que “concorrem para a má imagem externa do Irã” e que “são capazes de comprometer nossa posição”, pois “não temos nada a ganhar com o isolamento internacional”. Foi a mais dura crítica jamais desferida contra o poderoso Chefe de Estado do Irã. Pode provocar o começo de sua queda e, assim, uma solução para evitar uma nova guerra no Oriente Médio.
DISCURSO DO EMBAIXADOR GUAICAÍPURO CUATEMOC

Um discurso feito pelo embaixador Guaicaípuro Cuatemoc (foto), de ascendência indígena, defendendo o pagamento da dívida externa do seu país, o México, embasbacou os principais chefes de Estado da Comunidade Européia. A conferência dos chefes de Estado da União Européia, Mercosul e Caribe, em maio de 2002 em Madri, viveu um momento revelador e surpreendente: os chefes de Estado europeus ouviram perplexos e calados um discurso irônico, cáustico e de exatidão histórica que lhes fez Guaicaípuro Cuatemoc.
Eis o discurso:
"Aqui estou eu, descendente dos que povoaram a América há 40 mil anos, para encontrar os que a "descobriram" só há 500 anos. O irmão europeu da aduana me pediu um papel escrito, um visto, para poder descobrir os que me descobriram. O irmão financista europeu me pede o pagamento - ao meu país ,com juros, de uma dívida contraída por Judas, a quem nunca autorizei que me vendesse. Outro irmão europeu me explica que toda dívida se paga com juros, mesmo que para isso sejam vendidos seres humanos e países inteiros sem pedir-lhes consentimento. Eu também posso reclamar pagamento e juros.
Consta no "Arquivo da Cia. das Índias Ocidentais" que, somente entre os anos 1503 e 1660, chegaram a São Lucas de Barrameda 185 mil quilos de ouro e 16 milhões de quilos de prata provenientes da América.
Teria sido isso um saque? Não acredito, porque seria pensar que os irmãos cristãos faltaram ao sétimo mandamento! Teria sido espoliação?
Guarda-me Tanatzin de me convencer que os europeus, como Caim, matam e negam o sangue do irmão.
Teria sido genocídio? Isso seria dar crédito aos caluniadores, como Bartolomeu de Las Casas ou Arturo Uslar Pietri, que afirmam que a arrancada do capitalismo e a atual civilização européia se devem à inundação de metais preciosos tirados das Américas.
Não, esses 185 mil quilos de ouro e 16 milhões de quilos de prata foram o primeiro de tantos empréstimos amigáveis da América destinados ao desenvolvimento da Europa. O contrário disso seria presumir a existência de crimes de guerra, o que daria direito a exigir não apenas a devolução, mas indenização por perdas e danos.
Prefiro pensar na hipótese menos ofensiva.
Tão fabulosa exportação de capitais não foi mais do que o início de um plano "MARSHALL MONTEZUMA", para garantir a reconstrução da Europa arruinada por suas deploráveis guerras contra os muçulmanos, criadores da álgebra, da poligamia, e de outras conquistas da civilização.
Para celebrar o quinto centenário desse empréstimo, podemos perguntar :
Os irmãos europeus fizeram uso racional responsável ou pelo menos produtivo desses fundos?
Não. No aspecto estratégico, dilapidaram nas batalhas de Lepanto, em navios invencíveis, em terceiros reichs e várias formas de extermínio mútuo.
No aspecto financeiro, foram incapazes, depois de uma moratória de 500 anos, tanto de amortizar o capital e seus juros quanto independerem das rendas líquidas, das matérias-primas e da energia barata que lhes exporta e provê todo o Terceiro Mundo.
Este quadro corrobora a afirmação de Milton Friedman, segundo a qual uma economia subsidiada jamais pode funcionar e nos obriga a reclamar-lhes, para seu próprio bem, o pagamento do capital e dos juros que, tão generosamente, temos demorado todos estes séculos
Nos limitaremos a exigir a devolução dos metais preciosos, acrescida de um módico juro de 10%, acumulado apenas durante os últimos 300 anos, com 200 anos de graça. Sobre esta base e aplicando a fórmula européia de juros compostos, informamos aos descobridores que eles nos devem 185 mil quilos de ouro e 16 milhões de quilos de prata, ambas as cifras elevadas à potência de 300, isso quer dizer um número para cuja expressão total será necessário expandir o planeta Terra.
Muito peso em ouro e prata... quanto pesariam se calculados em sangue?
Admitir que a Europa, em meio milênio, não conseguiu gerar riquezas suficientes para esses módicos juros , seria como admitir seu absoluto fracasso financeiro e a demência e irracionalidade dos conceitos capitalistas.
Tais questões metafísicas, desde já, não inquietam a nós, índios da América. Porém, exigimos assinatura de uma carta de intenções que enquadre os povos devedores do Velho Continente e que os obriguem a cumpri-la, sob pena de uma privatização ou conversão da Europa, de forma que lhes permitam entregar suas terras, como primeira prestação de dívida histórica..."
Quando terminou seu discurso diante dos chefes de Estado da Comunidade Européia, o Cacique Guaicaípuro Guatemoc não sabia que estava expondo uma tese de Direito Internacional para determinar a Verdadeira Dívida Externa.
Agora resta que algum Governo Latino-Americano tenha a dignidade e coragem suficiente para impor seus direitos perante os Tribunais Internacionais.
Os europeus teriam que pagar por toda a espoliação que aplicaram aos povos que aqui habitavam, com juros civilizados.
Publicado no Jornal do Comércio - Recife/PE.
terça-feira, março 06, 2007
As águas turvas da Nestlé

Para fabricar a PureLife, a Nestlé, sem estudos sérios de riscos à saúde, desmineraliza a água e acrescenta sais minerais de sua patente.
A desmineralizaçã o de água é proibida pela Constituição.
Cientistas europeus afirmam que nesse processo a Nestlé desestabiliza a água e acrescenta sais minerais para fechar a reação.
Em outras palavras, a PureLife é uma água química.
A Nestlé está faturando em cima de um bem comum, a água, além de o estar esgotando por não obedecer às normas de restrição de impacto ambiental,expondo a saúde da população a riscos desconhecidos. O ritmo de bombeamento da Nestlé está acima do permitido.
Troca de dutos na presença de fiscais é rotina. O terreno do Parque das Águas de São Lourenço está afundando devido ao comprometimento dos lençóis subterrâneos. A extração em níveis além do aceito está comprometendo os poços minerais, cujas águas têm um lento processo de formação.
Dois poços já secaram. Toda a região do sul de Minas está sendo afetada,inclusive estâncias minerais de outras localidades.
Durante anos a Nestlé vinha operando, sem licença estadual. E finalmente obteve essa licença no início de 2004.
Um dos brasileiros atuantes no movimento de defesa das águas de São Lourenço, Franklin Frederick, após anos de tentativas frustradas junto ao governo e imprensa para combater o problema, conseguiu apoio, na Suíça, para interpelar a empresa criminosa. A Igreja Reformista, a Igreja Católica, Grupos Socialistas e a ong verde ATTAC uniram esforços contra a Nestlé, que já havia tentado a mesma prática na Suíça.
Em janeiro deste ano, graças ao apoio desses grupos, Franklin conseguiu interpelar pessoalmente, e em público, o presidente mundial do Grupo Nestlé. Este, irritado, respondeu que mandaria fechar imediatamente a fábrica da Nestlé em São Lourenço.
No dia seguinte, o governo de Minas (PSDB), baixou portaria que regulamentava a atividade da Nestlé. Ao invés de multas, uma autorização, mesmo ferindo a legislação federal. Sem aproveitar o apoio internacional para o caso, apoiou uma corporação privada de histórico duvidoso. Se a grande imprensa brasileira, misteriosa e sistematicamente vem ignorando o caso, o mesmo não ocorre na Europa, onde o assunto foi publicado em jornais de vários países, além de duas matérias de meia hora na televisão.
Em uma dessas matérias, o vereador Cássio Mendes, do PT de São Lourenço, envolvido na batalha contra a criminosa Nestlé, reclama que sofreu pressões do Governo Federal (PT), para calar a boca.
Teria sido avisado de que o pessoal da Nestlé apóia o Programa Fome Zero e não está gostando do barulho em São Lourenço.
Diga-se também que a relação espúria da Nestlé com o Fome Zero é outro caso sinistro.
A empresa, como estratégia de marketing, incentiva os consumidores a comprar seus produtos, alegando que reverte lucros para o Fome Zero.
E qual é a real participação da Nestlé no programa? A contratação de agentes e, parece, também fornecendo o treinamento.
Sim, a famosa Nestlé, que tem sido há décadas alvo internacional de denúncias de propaganda mentirosa, enganando mães pobres e educadores para a substituição de leite materno por produtos Nestlé, em um dos maiores crimes contra a humanidade.
A vendedora de leites e papinhas "substitutos" estaria envolvida com o treinamento dos agentes brasileiros do Fome Zero, recolhendo informações e gerando lucros e publicidade nas duas pontas do programa: compradores desejosos de colaborar e famintos carentes de comida e informação. Mais preocupante: o Governo Federal anuncia que irá alterar a legislação, permitindo a desmineralizaçã o "parcial" das águas. O que é isso? Como será regulamentado?
Se a Nestlé vinha bombeando água além do permitido e a fiscalização nada fez, como irão fiscalizar a tal desmineralizaçã o "parcial"? Além do que,"parcial" ou "integral", a desmineralizaçã o é combatida por cientistas e pesquisadores de todo o mundo.
E por que alterar a legislação em um item que apenas interessa à Nestlé?
O que nós cidadãos ganhamos com isso?
Sabemos que outras empresas, como a Coca-Cola, estão no mesmo caminho da Nestlé, adquirindo terrenos em importantes áreas de fontes de água. É para essas empresas que o governo governa?
PS: Mais informações sobre o caso Nestlé, clique aqui.
segunda-feira, março 05, 2007
SEMPRE NA CONTRA MÃO

O Brasil, ao longo de todos os seus governos, desde a instalação do Governo Geral, em 1549, se caracterizou por um comportamento incrivelmente retrógrado: sempre deixou de tomar atitudes corretas que viessem a propiciar um contínuo crescimento e desenvolvimento. E, quando ainda faz algo é só para impedir qualquer avanço importante.
PERSISTINDO NA BURRICE
O curioso, para não dizer absurdo, é que governos de vários países bem sucedidos já adotaram sistemas inteligentes e adequados, nas áreas fiscal e tributária, e nem assim nos dignamos a copiar os feitos. Continuamos, lamentavelmente, persistindo com a burrice exemplar de quem adora viver no terceiro mundo.
NO DESTINO
Exemplo: Para não onerar a indústria com tributos sobre o consumo, a lógica, já praticada em vários países, determina que impostos desta ordem devem ser cobrados no destino. Ou seja, a incidência ocorre onde qualquer produto ou serviço é consumido. Além de facilitar a fiscalização arrecadadora de impostos, estimula quem se dedica a fabricar produtos.
UMA QUESTÃO DE LÓGICA
Agindo desta forma, os estados passariam a se esforçar muito mais para atrair empresas que têm como finalidade um maior aumento de empregos e da renda dos seus colaboradores. Com isto, os governos estaduais estariam propondo um aumento do consumo, que por sua vez significam mais impostos para os caixas dos tesouros estaduais.
ÚNICA PREOCUPAÇÃO
Esta lógica, infelizmente, está totalmente fora da cabeça dos nossos governantes. O que eles querem mesmo é continuar disputando novas empresas, visando com isto mais impostos e não postos de trabalho. Tudo porque vivem com uma única preocupação: pagar a folha de seus funcionários.
REPRESENTANTE DAS CORPORAÇÕES
Os governantes, por vicio, jamais demonstram preocupação com a folha de pagamento da significativa maioria da sociedade de seus estados. Governante, aqui no Brasil, é, em última análise, um forte representante das corporações de servidores.
FORA DA AGENDA
Como estamos às vésperas de mais uma reunião do presidente Lula com os governadores, uma coisa já é sabida: qualquer discussão, ou proposta, que possa fazer do Brasil um país mais alinhado com um mundo moderno, os governadores não admitem que se fale. Estamos ferrados.
quinta-feira, março 01, 2007
QUEM ESTÁ EM CRISE?

Bastou a queda do índice da Bolsa de Xangai, e a revelação do baixo crescimento do PIB no último trimestre americano, e os aprendizes de feiticeiros já saíram propagando notícias sobre crises em curso na China e nos EUA. A mídia mais sensacionalista, por questão de coerência, também não perdeu tempo. Detonou.
CHINA EM CRISE?
Antes que todos comecem a repetir estas besteiras é bom lembrar que, embora nenhum país esteja livre de passar por dificuldades, decididamente não é o caso da China e dos EUA neste momento. A China tem como problema bem conhecido o excesso de crescimento e não o contrário. As tão faladas medidas, que estão sendo ainda discutidas por lá, são para tentar diminuir o ritmo do crescimento e não para enterrar a economia do país. Isto não é crise.
EUA EM CRISE?
Os EUA, também para buscar maior equilíbrio do crescimento do PIB aumentou a taxa de juros básica. E, naturalmente, os efeitos já deram os primeiros frutos no último trimestre. Ou seja, os instrumentos usados para conter a euforia americana já começam a mostrar resultados. Isto também não é crise.
O BRASIL ESTÁ EM CRISE!
Vamos passar para a nossa situação, a qual deveria merecer todas as manchetes: o nosso PIB não cresceu coisa alguma. Numericamente aumentou 2,7% na renda das pessoas e 2,9% na arrecadação de impostos. O que prova que o aumento da arrecadação de tributos foi maior do que o pequeno aumento de renda do povo. Isto é crise. Pesada.
FREIO PUXADO
Vamos mais adiante: o governo brasileiro não toma qualquer medida para conter euforia dos impostos e das despesas públicas. Prefere, como se vê, conter o crescimento do PIB, como vem fazendo nos últimos vinte anos. Ano após ano a sociedade é sempre engambelada com falsas promessas de crescimento. E o governo só puxa o freio com impostos e altas despesas, impedindo assim o tal crescimento prometido.
MÁS COMPANHIAS
Além disto continuamos embriagados ideologicamente pelos princípios comunistas de Cuba, Venezuela e Bolívia. Países estes que empobrecem seus povos na mesma velocidade com que cerceiam a liberdade dos seus cidadãos. Más companhias, lamentavelmente, reconfirmadas pelo ex-embaixador Roberto Abdenur, o que atesta, com clareza, todos os comentários dos críticos deste governo. Isto é crise. Das grossas.
ESTAMO EM CRISE
Além das más companhias ideológicas temos a companhia dos derrotados países cujo desempenho do PIB foram pífios: Haiti e São Salvador. Estes conseguiram ser piores do que o Brasil, o que está deixando muito contrariados os seus habitantes. Eles demonstram que podem admitir tudo nos seus governos menos perder para nós. Isto é mais do que crise. É o fim da picada. SOMOS NÓS QUE ESTAMOS EM CRISE! SÓ PORQUE QUEREMOS! VIVA A CRISE!
quarta-feira, fevereiro 28, 2007
MORTES VIOLENTAS NO BRASIL!

Para se ter uma idéia, a cidade do Rio de Janeiro, que freqüenta o noticiário pelas mortes violentas aqui ocorridas, é a 70a - isso mesmo, septuagésima do Brasil. E quando se trata de mortes violentas de jovens é a 107a - isso mesmo centésima sétima do Brasil.
Clique sobre a figura para ver melhor.
terça-feira, fevereiro 27, 2007
GLOBALIZAÇÃO E ESTRATÉGIA!

02. Muitos usam Estratégia com o sentido de longo prazo. Assim quando se fala em Planejamento Estratégico pensam se tratar de planejamento em longo prazo. Não é assim. Planejamento em Longo Prazo é algo que você começa hoje para terminar algum tempo, digamos, quatro anos depois, num cenário sem mudanças que alterem sua decisão. Uma obra, um curso, um programa, etc...
03. Drucker repetia sempre que "estratégico é o que há de futuro no presente". Estratégico é um futuro incerto e que os elementos e indicações do presente permitem que se especule, se desenhe cenários, se faça previsões... em relação ao futuro e se atue em função disso, operacionalmente naquela direção. E no caminho se mantenha, corrija, ou se ajuste o cenário projetado. O estratégico é o incerto, sobre o qual se quer antecipar. Hilferding (final do século 19 e primeiro autor que tratou adequadamente do capital financeiro) introduziu uma expressão no vocabulário econômico: "lucro de fundador". Lucro de fundador é o sobre-lucro que se ganha sempre que se chegue na frente, num produto, processo ou atividade.
04. Num mundo como o de hoje, onde a inovação se dá a qualquer momento e em qualquer campo e onde o obsoletismo não tem prazo, chegar na frente é ser mais competitivo que os demais. É ser vanguarda. Nesse sentido - e mais do que nunca - pensar estrategicamente é o que diferencia a vanguarda econômica, política, social, cultural ou científica dos demais. Planejamento Estratégico é pensar um futuro incerto, definir objetivos em base a cenários desenhados, projetados e investir nessa direção (ajustando ou não no percurso).
05. Globalização NÃO É internacionalização. Essa está aí há centenas e centenas

06. Exagerando um pouco - mas nem tanto - poder-se-ia dizer que o núcleo da administração, da gestão é o processo de tomada de decisões. O demais são técnicas para as quais podem-se treinar rapidamente pessoas com conhecimento geral. Decidir exige experiência, informação, capacidade de comando, de trabalho em equipe, de interação, coragem, humildade, ousadia... Um CEO é um "decisor", basicamente. O demais delega a técnicos.
07. O processo de tomada de decisões até poucos anos atrás operava sob as restrições nacionais e de tempo e distância... Mas a revolução eletrônica mudou tudo isso. As fronteiras se tornaram inúteis para os bens imateriais como direitos e isso inclui moedas, títulos, comodities... que são ou se acoplam aos bens, serviços da nova economia. Com isso, o processo de tomada de decisões passou a poder usar progressivamente mais e mais recursos de todos os tipos - RTT - (materiais, humanos, financeiros, informacionais, tecnológicos, etc... etc...) independente de tempo e distância. São identificáveis em tempo real e acessáveis em tempo real.
08. Globalização é o processo de tomada de decisões, onde quem decide leva em conta quaisquer recursos - RTT - disponíveis, identificáveis e acessáveis em tempo real. Pode-se estar dentro da globalização no quinto andar e fora no segundo de um mesmo edifício. Pode-se estar na globalização num setor de uma empresa e não estar em outro setor. Portanto a globalização não divide o mundo em países, nem em regiões, nem em cidades, nem empresas a priori. Claro que quanto mais "decisores" estiverem globalizados num certo espaço (em casa, empresa, cidade, região, país), aumentará a probabilidade para que mais e mais "decisores" também venham a estar.
09. Insisto: pensar estrategicamente e em globalização vale para qualquer tipo de atividade. A política, certamente é uma delas. O pragmatismo na Política está transformando-a em uma loteria de personagens. O Brasil nesse sentido só tem regredido.
10. Qual o cenário para 2010? Projetando o estilo do primeiro governo e os elementos do início do segundo (que só acentuam os do primeiro governo) desenha um lastimável final de governo. Essa é minha visão estratégica. E as decisões tomadas em função disso o são levando em conta os RTT, especialmente a prática política nos demais paises, que são acessados e utilizados em tempo real, todos os dias, de forma a ir confirmando ou ajustando a visão estratégica a respeito. De novembro para cá - quatro meses - ou 8,3% de um período de governo- só se fez confirmar o cenário projetado.
A QUEDA DE XANGAI!

A grande notícia que afetou o mundo econômico aconteceu durante a noite: a Bolsa de Shangai despencou quase 9%. Fruto de especulações sobre medidas do governo chinês para conter investimentos, como aumento de juro e de impostos. Em outras palavras: o vertiginoso crescimento chinês não pode continuar. E para ser contido não tem como agradar os agentes econômicos do mundo todo.
RISCO
Como se vê, aí não há aviso prévio. Os mercados podem, a qualquer hora, serem atingidos com quedas fortes e impiedosas. Basta uma simples notícia de decisão, ou pretensão, governamental em países de forte presença mundial. Pronto: todos viram vendedores. E no afã de tentar sair dos ativos, muita gente, no entrevero, além de perder dinheiro ainda corre risco de perder a vida no pisoteio. Espero que com isto entendam melhor a política conservadora do nosso BC.
O BRASIL, O URUGUAI E O MERCOSUL

O Uruguai é, infelizmente, um país cujo território tem dimensões muito reduzidas. Não fosse o tamanho, o que limita o número de habitantes, seria a melhor opção para que muita gente se mudasse imediatamente para Montevidéu ou Punta Del Este, principalmente.
ACERTOS IMPORTANTES
Em 2006 escrevi sobre as reformas que foram aprovadas no Uruguai e mais sobre aquelas que deverão ser aprovadas neste ano. Na realidade transcrevi as informações fornecidas pelo ministro das Finanças do Uruguai, cujo PIB cresceu mais de 7% no ano passado. Uma prova clara dos primeiros e importantes acertos do governo Tabaré Vásquez.
ATRAÇÃO DE INVESTIMENTOS
Volto a repetir o que já escrevi: os cuidados por lá são e continuam grandes e consistentes. Em 2007, pelo que se imagina, o crescimento deve ser muito parecido com o ano anterior, pela forte atração de investimentos que a reforma fiscal e tributária vem oportunizando. Ou seja, tudo aquilo que nós vamos protelando.
FÓRA MERCOSUL!
Os uruguaios não reclama dos EUA. Nem da China ou Índia. Estão fazendo, conforme revelação do ministro, a lição de casa para não mais perder as oportunidades. E como o Mercosul vem demonstrando muito claramente ser uma instituição com puros interesses ideológicos, ao invés de comerciais, nem um socialista como Vásquez quer saber do Bloco.
DE MALA E CUIA
A visita de Lula ao Uruguai, ontem, foi uma boa oportunidade para conhecer os novos objetivos do nosso vizinho. E na medida em que as informações forem passadas aos brasileiros tenho certeza que muita gente gostaria de ir definitivamente para lá. É perto e a língua ajuda. O problema, porém, muito sério, é que o Uruguai, pelo seu reduzido tamanho, não suporta um ingresso de 500 mil pessoas.