"Especialismo é saber-se cada vez mais de cada vez menos até saber-se tudo de nada; do mesmo modo que generalismo é saber-se cada vez menos de cada vez mais, até não se saber nada de tudo." (William James)
quinta-feira, outubro 21, 2010
quarta-feira, outubro 20, 2010
Petistas argumentando política!
VALORES SÃO CONSERVADORES E CANDIDATOS AINDA NÃO ENTENDERAM ISSO!

2. Nos valores cristãos, a vida/rejeição ao aborto é um dos pontos mais visíveis do discurso conservador. Aqui e alhures. Vide a temperatura dos debates a respeito, no mundo todo. Mas quando este ponto de forte impacto aflora, na verdade é indicação que os valores conservadores ganham destaque na conjuntura e mobilizam grande parte da população e, portanto, do eleitorado. E não só os valores cristãos.
3. Valores conservadores - em geral - são aqueles que minimizam - ou eliminam - a insegurança das pessoas, as incertezas, e sinalizam para um futuro previsível. As reformas liberais, atingindo a previdência, as funções do estado, a desmontagem dos ofícios (profissões que iam de pai para filho desde a idade média), os riscos de desemprego, o sistema de saúde, a insegurança pública..., potencializaram a sensação de um futuro de imprevisibilidades.

5. As equipes dos candidatos deveriam analisar a fundo o conjunto das preocupações dos eleitores, que se traduzem em valores conservadores. A França de hoje é um exemplo. Sarkozy é um líder conservador e com esses valores ascendeu e se afirma, especialmente em relação à lei e a ordem. Mas enfrenta uma greve geral de grandes proporções porque tocou em um dos pilares da segurança quanto ao futuro do trabalhador: seu sistema previdenciário. No caso, os valores conservadores estão representados pelos grevistas e não por Sarkozy.
6. Que questões são essas no Brasil que podem ser englobadas em valores conservadores com impacto eleitoral? O sistema previdenciário é claramente uma delas. Mas aí se pisa em ovos, em função da questão fiscal. Quem quebra os ovos? A violência, as drogas, a segurança pública, que esperam um discurso contundente dos candidatos. E nada se ouve. O sistema de emprego e não como seguro, mas como expansão garantida mesmo que por obras públicas. O sistema de bolsas criado e que agora surge como incerteza/certeza. A questão das funções do estado e das privatizações/terceirizações/organizações e os riscos que incorporam. A saúde pública como oferta de serviços de rotina e não agregações sofisticadas a nível pontual ou gerencial. E por aí vai.
7. Cabe às assessorias dos candidatos - listar e checar em pesquisa - e hierarquizar de forma a que a comunicação nesses dias finais possa dar destaque aos temas, incluir agendas e mobilizar o eleitor, dando ao mesmo, confiança, garantias e certezas de forma a que o discurso de valores conservadores ganhe abrangência e profundidade. Não tenham dúvida. Essa é a agenda vencedora. Que o governo tenta resgatar com o risco de mudanças em seus programas, mas que vai muito além disso. E - por isso mesmo - quem governa e não fez..., perdeu a vez. Se não há tempo para pesquisa, vale a intuição de políticos experimentados.
terça-feira, outubro 19, 2010
A VOLTA DA PERSONALIDADE POLÍTICA AUTORITÁRIA!

1. Para essa volta se precisa do desprestígio dos partidos políticos e seus líderes e do medo, da desesperança e do ressentimento, que são os desencadeantes da personalidade autoritária. O tratamento dado pelos meios de comunicação à política como espetáculo, acelera e difunde.
2. A psicologia politica tem em uma de suas linhas fundamentais o estudo da personalidade autoritária. As características do tipo psicológico autoritário são: o convencionalismo, agressividade, superstição, pessimismo sobre a natureza humana, curtoprazismo, simplismo nas soluções de problemas complexos, desconfiança com o pensamento não convencional (artistas...).
3. A personalidade autoritária surge com maior frequência através dos grupos sociais tomados pelo medo, a desesperança e a marginalidade.
4. Fazer política nessas situações, também é fazer trabalho emocional. E o critério principal do tratamento das emoções é tratar as pessoas onde estão emocionalmente e não onde -idealmente- deveriam estar. As pulsões autoritárias se tratam com mecanismos de compensação que canalizem estas emoções. As meras desqualificações as exacerbam.
O presidente, o Governador e o Povo!
Antes que Lula esboçasse qualquer reação, Cabral pergunta ao menino – em tom quase debochado, diga-se de passagem – por que a população não poderia entrar na piscina. Leandro, que não é governador, não tinha a resposta.
Nesse momento, há um corte no vídeo e Lula aparece falando com pessoas que, aparentemente, são responsáveis pelo complexo. O presidente, visivelmente preocupado com a imagem, avisa: “O dia que a imprensa vier aí e pegar um final de semana com essa p*%rra fechada, o prejuízo político será infinitamente maior que colocar dois ‘guarda’ aí. Coloca dois ‘guarda’ aí.
Coloca ‘o Bombeiro’ para tomar conta e abre isso.”. Cabral concorda.
No fim, Cabral chama o menino de “otário” e sugere: “Coloca essa inteligência toda para estudar, sacana.”. Foi o desfecho ideal para o jovem, além de dizer que vai sempre á escola, corrigir o governador e mostrar que tem nome: “Leandro”.
sexta-feira, outubro 15, 2010
Em Santa Catarina, Bornhausen "extirpou" o Lula, que até viagem cancelou.
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Sugerimos que a raça petista pergunte ao Dr. Jorge Bornhausen. Ele vai ter o máximo prazer em informar o motivo. Ainda mais agora que Dilma Rousseff se comparou com Anita Garibaldi. A diferença para Serra, que seria de 1 milhão de votos, será um pouco mais.
sábado, outubro 09, 2010
sexta-feira, outubro 08, 2010
O SEGUNDO TURNO É OUTRA ELEIÇÃO? TV MUDA!

2. Por isso, um candidato que tem muito tempo de TV no primeiro turno e vai para o segundo, deve tomar muito cuidado. Por exemplo. Se tem 10 minutos de TV, e seu adversário 7 minutos, no segundo turno os dois têm tempo igual de 10 minutos. Ou seja: seu adversário cresceu 50% na percepção do eleitor.
3. Antes, o eleitor via - por probabilidade - 50% mais inserções e programas em TV que seu adversário. Agora empata.
4. E mais. Os candidatos a governador que tiveram vitórias exuberantes e que, portanto, são fortes eleitores, já não aparecem mais no segundo turno. São os casos da Bahia, Pernambuco, Estado do Rio e Espírito Santo, por exemplo. Seus programas e inserções recebiam uma overdose de Lula. Isso desaparece.
5. Portanto, o mais provável - se a TV de Serra acertar no ponto - é que a diferença entre os dois caia de muito, com os primeiros dias de TV que recomeça hoje.
"CANDIDATOS, PESQUISAS E FEITICEIROS"!

Trechos do artigo (El País-20/09) de José Andrés Torres Mora (foto), professor de Sociología e deputado socialista.
1. Quando eu penso sobre a relação dos sociólogos eleitorais (analisando pesquisas), com os políticos, sempre me recordo de uma piada contada pelos antropólogos sobre uma aldeia de índios Hopi, perto de um observatório meteorológico. Depois de uma longa seca, os índios começaram a pressionar o novo feiticeiro da aldeia para que fizesse a dança da chuva. O bruxo tentou adiar a cerimônia para ver se chovia. A pressão da tribo culminou em ameaças sérias. Encurralado, o feiticeiro organizou a cerimônia e depois da tribo dançar até tarde da noite, disse aos índios que antes de dormir tirassem todos os seus potes para coletar água. Quase ao amanhecer, o feiticeiro fugiu da aldeia. Mas antes foi até o observatório meteorológico e ali viu um homem com um casaco branco, se aproximou dele e perguntou: "Você poderia me dizer se vai chover hoje?". O homem respondeu sem hesitar: "Sim". O feiticeiro perguntou ao cientista: "Como você pode ter tanta certeza?", ao que o cientista respondeu: "Porque os índios da aldeia lá embaixo colocaram seus potes para recolher a água da chuva."
2. Ao se escolher um candidato exclusivamente a partir das pesquisas se produz uma tautologia: o melhor candidato é aquele que segundo a pesquisa tem maior probabilidade de vencer. No entanto, é possível pensar que o melhor candidato, coincidindo ou não com a pesquisa, é aquele que tem mais competência na hora de resolver os problemas, aquele que demonstra maior coragem moral frente à injustiça, aquele que tem o melhor projeto ou qualquer outra qualidade que você acha ser importante para governar, e que sendo conhecida será também reconhecido pelos eleitores como algo valioso. As coisas mudam como resultado de nossas ações, e muitas vezes em um sentido diferente do que o esperado.
3. Em pesquisa, a uma pergunta impossível, uma resposta inútil. A política não pode ser reduzida a uma ciência, seja econômica, sociológica ou qualquer outra. A política tem de responder aos problemas que não tenham uma solução científica. A política tem a ver com as decisões cujas consequências são incalculáveis, para as quais não existe uma resposta verdadeira, mas um acordado razoável e apoiada por uma maioria. Alguns acreditam que é suficiente contratar as melhores agências de marketing eleitoral para ganhar uma eleição, que há um método científico para eleger os candidatos e fazer os programas.
4. Nada disso é verdade. Uma decisão política é mais parecida com a aposta de um empreendedor do que com um cálculo matemático. Nenhum sociólogo assumiria, por fazer a estimativa de um resultado eleitoral, a mesma responsabilidade que um arquiteto para a estabilidade de um edifício. Não haverá ninguém a quem reclamar se elegermos o candidato que diz a pesquisa e não o que temos vontade. Não há uma apólice de seguros ou uma empresa que seja responsável pelos danos, são os militantes que terão de arcar com as consequências.
5. Por isso, o melhor conselho que podemos dar a aqueles que vão escolher, é que votem naquele que conscientemente consideram o que melhor os representa e a sua causa, e não aquele apontado por um feiticeiro disfarçado com um jaleco branco de sociólogo. Algo tem as pesquisas que, em nosso país, o legislador proibiu publicá-las alguns dias antes da eleição. A pesquisa que se apresentava, mostrava um mapa da opinião antes da deliberação, mas a democracia não consiste somente em votar, mas sim fazê-lo depois de ter deliberado livremente.
terça-feira, outubro 05, 2010
sexta-feira, setembro 24, 2010
Hora do recreio!
Boas lembranças!
O gordo e o magro fizeram as delícias das matinês dos nossos tempos.Salvo engano, Oliver Hardy (o Gordo) e Stan Laurel (o Magro) já haviam morrido quando o famoso guitarrista Carlos Santana compôs a música "Como vá".
Alguém encaixou muito bem a música do Santana com a performance de Laurel & Hardy.