quarta-feira, maio 07, 2008

ELEIÇÃO É DEMANDA E NÃO OFERTA!

Este Blog fez uma análise nesse sentido, uns dias atrás. Um erro os partidos escolherem candidatos pensando só na oferta. E mais ainda agora quando o impacto da TV em campanha é muitíssimo menor. Importante é o tempo para informar, mas não para formar. O excelente blog do Duda Mendonça - www.blogdoduda.com - faz uma análise similar que deve ser lida. Leia trechos abaixo do que ele chama de Pirâmide Invertida.
Na minha opinião, à medida em que os formadores de opinião já não influenciam quase nada no voto do povão, o argumento,(abaixo), passa a ter uma importância fundamental. Veja porque. Como já disse no post “Pirâmide invertida”, eleição se ganha na rua, no local de trabalho, no ônibus, no metrô, ou seja, no bate-papo de pessoas da mesma classe social. E nessa conversa o eleitor com mais informações, com mais conhecimento e com mais e melhores argumentos sobre o seu candidato, é muito mais convincente que um eleitor de outro candidato menos informado e, naturalmente, com menos argumentos."

AMÉRICA LATINA: PARADOXO OU CONTRAMÃO?

1. Enquanto na América Latina a resposta à conjuntura tem sido a vitória eleitoral do populismo, na Europa a resposta tem sido a vitória conservadora.
Mesmo na Espanha, a vitória do PSOE foi acompanhada de uma marcha batida para o centro e centro-direita. Depois da vitoria de Sarkozy, recentemente veio a de Berlusconi na Itália e de seu partido em Roma - que há anos era governada pelos mais destacados líderes da centro- esquerda. No dia 1 de maio, se apontou uma vitoria do partido conservador, inclusive em Londres contra o prefeito Ken, líder da esquerda inglesa.

2. A tendência na América Latina - uma vez empossados os governos vitoriosos com promessas populistas- não tem sido um caminho à esquerda, mas uma curiosa multiplicação de uma espécie de priismo - lembrando o PRI mexicano. Ou seja, sistema de partido único - de fato - com discursos fortemente nacionalistas.

3. Essa não é uma receita democrática e aponta para um futuro de impasses, incertezas e insegurança - econômica - por razões políticas. E depois... políticas por razões econômicas.

EUA: GRANDES JORNAIS CONTINUAM PERDENDO CIRCULAÇÃO!

Agência Efe, em Washington
A publicação especializada no setor impresso "Editor and Publisher" afirma que quando a Agência de Auditoria de Circulação publicar todos os dados correspondentes ao trimestre que acabou no dia 31 de março, a queda será de 3,5% para as edições diárias e de 4,5% para as dominicais. Segundo os números publicados nesta segunda, a circulação diária do "New York Times" caiu 3,8%, para 1.077.256 exemplares. A edição dominical perdeu mais de 150 mil cópias, o equivalente a 9,2%, para 1.476.400 exemplares. O mesmo ocorreu com o "Washington Post", cuja tiragem diária diminuiu 3,5%, para 673.180 exemplares. A queda do domingo foi de 4,3%. Entre os jornais que também perderam leitores estão o "Los Angeles Times", o "San Francisco Chronicle", "The Boston Globe" e "The Miami Herald", entre outros. Entre os poucos que conseguiram aumentar sua tiragem está a publicação financeira "The Wall Street Journal", com um crescimento de 0,3% de sua circulação, para 2.069.463 cópias. As vendas do "USA Today" aumentaram 0,27%, para 2.284.219 exemplares. A circulação dos jornais tem caído desde a década de 80, embora a tendência tenha se acelerado nos últimos anos devido à transferência de leitores para as edições digitais.

terça-feira, maio 06, 2008

A síntese entre liberalismo e democracia

Trechos do artigo de Darío Roldan - doutor em estudos históricos da escola de altos estudos em ciências sociais da França e professor da Universidad Di Tella de Buenos Aires, no Clarin.

1. Tocqueville é o grande pensador da tradição liberal e democrática. Num tempo em que ambas as tradições eram antagônicas, sua obra constituiu um lúcido esforço para sintetizá-las, assim como uma meditação filosófica-política sobre a sociedade democrática e o fenômeno democrático. A sociedade democrática consagra uma sociedade de indivíduos iguais. Nessa sociedade, o laço social só pode ser político; apenas a liberdade pode conduzir os homens a realizar essa obra comum.

2. Mas essa sociedade, fundamentada na igualdade, também produz formas de desigualdade econômica que impulsionam, ao mesmo tempo, a paixão pela igualdade. O que caracteriza a sociedade democrática, então, não é a igualdade econômica, nem sequer a igualdade jurídica, é o imaginário igualitário que significa a ruptura para com a idéia de que as diferenças entre os homens são insuperáveis e pré-estabelecidas hierarquicamente.

3. O desafio é que o homem democrático está dominado pela paixão irrefreável pela igualdade e sente um gosto muitas vezes moderado pela liberdade. Aí se abriga o problema da democracia.

4. Por isso, eu prefiro insistir em que a síntese liberal-democrática é um tesouro adquirido por um elevado preço e que é preciso cuidá-la. Nossa tradição liberal é muito débil e isso tem sido um inconveniente para a democracia. Assim, me parece preocupante o reaparecimento de uma crítica que opõe o liberalismo e a democracia. Não acredito que estejamos diante de um déficit republicano, como se assinala às vezes a propósito das instituições políticas. Ao contrário, estamos diante do risco de enfraquecimento da síntese liberal-democrática.

segunda-feira, maio 05, 2008

Trechos de Editoriais do New York Times!

1. Dia 23/04/2008. “A campanha da Pensilvânia foi mais maldosa, mais inócua, mais desesperada e mais cheia de retórica vazia que as que a precederam. Eleitores estão cansados de tudo isso: é degradante para o processo político e não funciona. Já é mais que a hora da senadora Hilary Rodham Clinton, reconhecer que ataques, pelos quais é a principal responsável, não fazem nada além de ferir a si mesma, seu opositor, seu partido e a própria eleição de 2008. "

2. Dia 24/04/2008. “O presidente Hugo Chávez enfrenta problemas políticos.
Ele claramente espera que esta onda de desapropriações animará seus seguidores, pelo menos a ponto de impedir que seus aliados sofram grandes derrotas nas eleições regionais de novembro.
Recentemente ele ordenou a estatização de indústrias de cimento estrangeiras e da maior siderúrgica do país. Ele estatizou também um dos maiores produtores de leite da Venezuela, seu maior frigorífico e suas empresas de distribuição, assim como várias plantações de açúcar. ...O preço internacional de alimentos e os gastos do governo sem controle, já empurraram a inflação anual para bem mais de 20% e o controle dos preços resultou em escassez de produtos básicos. "

EFEITO DISNEY: UM INDICADOR PERIGOSO!

1. A MCM - consultores - mostra em estudo recente, que a combinação da valorização do real com a deterioração dos termos de troca, coincidiu com a profundidade das repercussões da crise externa de 1997/98 sobre a economia brasileira.

2. No domingo o Estado de SP publicou matéria informando que gastos de viagem cresceram 50% nos últimos 12 meses.

3. Entre o ultimo trimestre de 1997 e o ano de 1998 o dólar flutuou entre 1,10 reais e 1,20 reais. A conta de Turismo teve o pior resultado na historia econômica brasileira: um déficit que oscilou entre 4,3 bilhões de dólares e 4 bilhões de dólares ao ano em médias móveis de 12 meses.

4. Em fevereiro de 2008 com o dólar chegando a 1,68 reais, o déficit na conta de Turismo nos 12 meses anteriores, alcançou 3,78 bilhões de dólares.

5. O real valorizado ajuda a segurar a inflação, especialmente neste momento com o IPA anualizado aproximando-se de 13%. Ajuda a aumentar o salário real e dar - principalmente - á classe média uma sensação de conforto. Ajuda a popularidade do presidente. Mas - se a onda sub-prime chegar por aqui na forma de desajustes financeiros, ou de queda acentuada do crescimento, os felizes consumidores e empregados do Parque da Disney, vão sair do Castelo Encantado e vão entrar no Túnel do Terror.

URUGUAI COMO REFERÊNCIA!

O politólogo e historiador argentino - Natálio Botana - analisa a vitória de Lugo no Paraguai de forma positiva em seu artigo A Democracia Liberal! Trechos. La Nacion.

1. O vento da democracia eleitoral continua soprando forte na América do Sul. A vitória de Fernando Lugo, no Paraguai, no último domingo, ilustra de maneira eloqüente as virtudes do sufrágio para destituir um regime hegemônico do exercício do poder. A destituição envolve um sério desafio. Em nossos países, a democracia eleitoral é um ponto de partida para alcançar benefícios de uma democracia institucional capaz de reconstituir o Estado de direito e lançar as bases de uma democracia de cidadãos com melhores níveis de equidade.

2. É necessário aplicar-se ao difícil aprendizado da arte das coligações políticas. Em grande medida, esta foi a estratégia de Fernando Lugo. Em torno de sua liderança, se construiu um amplo arco, que abarca desde os partidos tradicionais de oposição de centro-direita até um conjunto de movimentos sociais que podem enquadrar-se na esquerda. O caráter heterogêneo desta coligação significa uma vantagem eleitoral e, ao mesmo tempo, pode chegar a ser um sinal de debilidade de não colocar em prática alguns requisitos quanto à sua capacidade de governo.

3. Dada a urgência do que se deve fazer, a inteligência e a vontade do Presidente eleito serão decisivas para manter a coesão em suas fileiras. Deste ponto se infere que o propósito maior, que deveria inspirar o novo governo paraguaio, é o de ir armando, mediante reformas sucessivas, o perfil da democracia institucional.

4. Por isso, fez bem o presidente eleito ao voltar seu olhar para o Uruguai. Os governos e a oposição dos pequenos países guardam um depósito de sabedoria que deveria servir de exemplo para superar a instabilidade e a arrogância de alguns países grandes. No caso do Uruguai, a experiência reformista, que, como altos e baixos, procura levar avante o governo de Tabaré Vázquez, permaneceu alheia aos cantos de sereia do chavismo.

5. Não há, então, um só itinerário digno de ser seguido, mas sim dois caminhos possíveis. São razões suficientes para que a Argentina e o Brasil afrontem, com inteligência regional, as demandas que virão desde Assunção em
matéria energética.

sábado, maio 03, 2008

DEPUTADO GAGO... SENSACIONAL!!!!!

Parece ser extenso, mas quando você ve o programa do Jô, ....vale a pena. É de um deputado que é gago, em SP.

Singing in the rain - Um presente aos meus leitores!

Senador Alvaro Dias recebe vice-presidente do Paraguai e discute transparência nas contas de Itaipu

O vice-presidente eleito do Paraguai, Federico Franco, que está no Brasil, foi recebido, nesta terça-feira (29/04), pelo senador Alvaro Dias (PSDB/PR), no gabinete da presidência do Senado. Segundo o senador, o encontro foi produtivo porque os dois países concordam que deve haver transparência nas contas de Itaipu. "Eu disse ao vice-presidente que em relação à transparência estamos juntos. A binacional Itaipu não presta contas a ninguém, nem ao Tribunal de Contas da União. É uma caixa preta que precisa ser auditada", disse o senador que é autor de um projeto prevendo transparência nas contas de Itaipu.
Tarifa de energia justa
No encontro com o vice-presidente, também prestigiado por outros parlamentares paranaenses, não foi discutida a revisão do Tratado de Itaipu, proposta pelo novo presidente paraguaio Fernando Lugo. "Essa é uma discussão do Poder Executivo. E nós (paraguaios e brasileiros) não estamos juntos em relação à mudança de tarifa, pois concordamos com o governo brasileiro que o preço é justo", disse Alvaro Dias.
Brasiguaios com títulos de propriedade serão respeitados
O senador disse ao vice Federico Franco que a mudança de expressão na política do Paraguai tem provocado insegurança nos proprietários rurais brasileiros que vivem no país vizinho e que, na opinião dele, a segurança tem que ser um requisito fundamental na relação entre os dois países. Para o vice, não há motivo para preocupação. "A relação entre Brasil e Paraguai é muito boa e continuaremos nos tratando como sócios e aliados", disse Federico.
Alvaro Dias também disse ao novo vice-presidente que mais de 500 mil brasiguaios vivem no Paraguai e ouviu uma boa notícia: "Federico Franco nos disse que foi criada uma comissão para discutir a situação dos proprietários rurais e nos garantiu que aqueles que têm documentos de propriedade serão respeitados".

sexta-feira, maio 02, 2008

EX-TERRORISTA VESTE UNIFORME DO EXÉRCITO!!!

Hoje envergando a nossa sagrada farda!!!
Como o nosso país está mudado, hein???
Como pode uma ex-guerrilheira usar o uniforme do Exército???
Olha só a pose da Dilma com o uniforme do Comando Militar da Amazônia (CMA).
DILMA ROUSSEF, terrorista, guerilheira, assaltante de bancos, seqüestradora
e homicida.

A Mudança nos Padrões de Beleza do Cinema Mundial!

Hegemonia e Rebeliões Sociais - Vale aqui também!

Trechos ao artigo do politólogo e historiador argentino, Natalio Botana (foto) no La Nacion de 3/04

1. Pode-se observar a persistente forma de fazer política que, por sua própria gravitação, conduz a uma angustiante sucessão de crises. Nessa realidade de contrastes está contida a lógica de um regime hegemônico instável, animado pela confrontação e condicionado por contestações sociais. Estas ações são como escavadoras de um pântano político e institucional do qual não conseguimos sair.

2. Durante o governo de Néstor Kirchner, se acentuou a reprodução hegemônica do regime de governo de nossa democracia. Hegemonia não tanto pela duração do regime (um quinquênio, logo depois do colapso de 2001-2002), mas, sobretudo pela concentração das decisões no Poder Executivo Nacional. A silhueta de um principado sobressai, portanto, na paisagem de uma democracia eleitoral demasiado ativa.

3. Esta fusão de poder de mandar e de poder de legislar se acopla a um estilo de confrontação que converte os adversários em inimigos e submete a diversidade plural do presente às diretivas de uma ideologia regressiva ancorada no passado. O regime hegemônico é, antes de tudo, institucional, no sentido de que subordina os poderes nacionais e provinciais às diretivas da Presidência da Nação. Hegemonia e federalismo estão de bruços um para o outro. Não são conciliáveis porque uma das pedras de toque deste modo de governar consiste em legislar por decreto ou por resolução do Poder Executivo Nacional. Governar sem lei é igual a intentar a submissão ou provocar a rebelião dos afetados. As conseqüências estendem-se e ramificam-se.

4. Na Argentina, o federalismo está ficando sem base econômica e, portanto, sem autonomia. É um federalismo de governadores e de prefeitos mendicantes; não é um federalismo com capacidade própria de governo. Estes atores sociais são os que mais sofreram o rigor do regime: uma política incapaz no momento de estabelecer projetos compartilhados no longo prazo, cujo principal meio para colocar-se em execução, diante da ausência da proteção da lei, é o de fazer o uso constante da surpresa no processo decisório.

5. A hegemonia é uma administradora das imprevisibilidades. Convenhamos que não faltam nessas ações o ingrediente dialético da resposta, sobretudo se observamos o desenvolvimento de um fator limitante, anárquico e participativo, que está mostrando seus dentes há uma longa década. Trata-se – é óbvio constatá-la – da política de protesto e de rebelião social.

6. A vertigem que conduz diversos setores sociais à apropriação do espaço público é correlativo ao exercício da hegemonia. Ambos se alimentam mutuamente como si estivéssemos, frente a frente, os argentinos num espaço aberto, sem mediadores e sem instituições, que moderam o conflito. As modificações necessárias deveriam correr junto com uma abertura a um diálogo social, que não consiste numa mera ratificação do realizado pelo Poder Executivo, mas sim um retorno às melhores tradições parlamentares.

7. O país está sedento de leis gerais relacionadas com o federalismo e as políticas públicas, e fartou-se diante da fome de um impulso de decisão de apetite insaciável. Prosseguindo o regime com sua lógica centralizante, poderíamos, por fim, correr o risco de estremecer-nos, como disse Leandro N. Alem em 1880, com “a apoplexia na cabeça e a paralisia nas extremidades”.

Este é para os que reclamam do transporte coletivo de Curitiba-PR

Reparem no cuidado dos "auxiliares" de embarque. Usam luvas brancas!