segunda-feira, agosto 17, 2009

Preciosidade - Voo de Helicoptero em 1967 no Rio c/ Roberto Carlos


O helicóptero pertencia à antiga Companhia VOTEC (Voos Técnicos e Executivos), facilmente identificada pela logo-marca. Foi a primeira empresa contratada para efectuar voos para as plataformas marítimas da PETROBRAS.
Trata-se de um clip gravado durante a produção do filme "Roberto Carlos em ritmo de aventura", elaborado em plena época da Jovem Guarda.
Na travessia do Túnel do Pasmado, o trânsito foi interrompido e pode-se ver alguns veículos aguardando o término da ação.
Ainda não existiam a Torre do Rio Sul ou o Condomínio Morada do Sol. A Avenida Atlântica possuía, apenas, uma pista de rolamento, as ondas da praia ainda estouravam longe da margem.
Ao passar pela Cinelândia (Avenidas 13 de Maio e Rio Branco) pode ser visto o antigo Senado Federal (conhecido como Palácio Monroe) demolido durante as obras do Metrô Rio.
O pouso foi feito no prédio do antigo Banco do Estado da Guanabara, hoje, BancoItaú S.A., na Avenida Nilo Peçanha, provavelmente, o único heliporto existente, então, no centro da cidade.
Naquela época que deixou muitas saudades, o Rio de Janeiro era chamado de Estado da Guanabara.
O piloto que realizou este voo já faleceu e pelas normas actuais de segurança seria impossível realizar um procedimento semelhante.
Até hoje se elogia a habilidade do piloto em passar pelo túnel, em uma única passagem, sem um treinamento mais específico.

segunda-feira, agosto 03, 2009

quinta-feira, julho 30, 2009

Lula, o psicopata!

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quarta-feira, junho 24, 2009

Fala presidente!!!

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"NADA MUDOU EM 23 ANOS"

REVISTA VEJA, 14 MAIO DE 1986
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quarta-feira, maio 13, 2009

Somália - a verdade sobre os "piratas"

Quem imaginaria que em 2009, os governos do mundo declarariam uma nova Guerra aos Piratas? No instante em que você lê esse artigo, a Marinha Real Inglesa – e navios de mais 12 nações, dos EUA à China – navega rumo aos mares da Somália, para capturar homens que ainda vemos como vilãos de pantomima, com papagaio no ombro. Mais algumas horas e estarão bombardeando navios e, em seguida, perseguirão os piratas em terra, na terra de um dos países mais miseráveis do planeta. Por trás dessa estranha história de fantasia, há um escândalo muito real e jamais contado. Os miseráveis que os governos ‘ocidentais’ estão rotulando como "uma das maiores ameaças de nosso tempo" têm uma história extraordinária a contar – e, se não têm toda a razão, têm pelo menos muita razão.
Os piratas jamais foram exatamente o que pensamos que fossem. Na "era de ouro dos piratas" – de 1650 a 1730 – o governo britânico criou, como recurso de propaganda, a imagem do pirata selvagem, sem propósito, o Barba Azul que ainda sobrevive. Muita gente sempre soube disso e muitos sempre suspeitaram da farsa: afinal, os piratas foram muitas vezes salvos das galés, nos braços de multidões que os defendiam e apoiavam. Por quê? O que os pobres sabiam, que nunca soubemos? O que viam, que nós não vemos? Em seu livro Villains Of All Nations, o historiador Marcus Rediker começa a revelar segredos muito interessantes.
Se você fosse mercador ou marinheiro empregado nos navios mercantes naqueles dias – se vivesse nas docas do East End de Londres, se fosse jovem e vivesse faminto –, você fatalmente acabaria embarcado num inferno flutuante, de grandes velas. Teria de trabalhar sem descanso, sempre faminto e sem dormir. E, se se rebelasse, lá estavam o todo-poderoso comandante e seu chicote [ing. the Cat O’ Nine Tails, lit. "o Gato de nove rabos"]. Se você insistisse, era a prancha e os tubarões. E ao final de meses ou anos dessa vida, seu salário quase sempre lhe era roubado.
Os piratas foram os primeiros que se rebelaram contra esse mundo. Amotinavam-se nos navios e acabaram por criar um modo diferente de trabalhar nos mares do mundo. Com os motins, conseguiam apropriar-se dos navios; depois, os piratas elegiam seus capitães e comandantes, e todas as decisões eram tomadas coletivamente; e aboliram a tortura. Os butins eram partilhados entre todos, solução que, nas palavras de Rediker, foi "um dos planos mais igualitários para distribuição de recursos que havia em todo o mundo, no século 18 ".
Acolhiam a bordo, como iguais, muitos escravos africanos foragidos. Os piratas mostraram "muito claramente – e muito subversivamente – que os navios não precisavam ser comandados com opressão e brutalidade, como fazia a Marinha Real Inglesa." Por isso eram vistos como heróis românticos, embora sempre fossem ladrões improdutivos.
As palavras de um pirata cuja voz perde-se no tempo, um jovem inglês chamado William Scott, volta a ecoar hoje, nessa pirataria new age que está em todas as televisões e jornais do planeta. Pouco antes de ser enforcado em Charleston, Carolina do Sul, Scott disse: "O que fiz, fiz para não morrer. Não encontrei outra saída, além da pirataria, para sobreviver".
O governo da Somália entrou em colapso em 1991. Nove milhões de somalianos passam fome desde então. E todos e tudo o que há de pior no mundo ocidental rapidamente viu, nessa desgraça, a oportunidade para assaltar o país e roubar de lá o que houvesse. Ao mesmo tempo, viram nos mares da Somália o local ideal onde jogar todo o lixo nuclear do planeta.
Exatamente isso: lixo atômico. Nem bem o governo desfez-se (e os ricos partiram), começaram a aparecer misteriosos navios europeus no litoral da Somália, que jogavam ao mar contêineres e barris enormes. A população litorânea começou a adoecer. No começo, erupções de pele, náuseas e bebês malformados. Então, com o tsunami de 2005, centenas de barris enferrujados e com vazamentos apareceram em diferentes pontos do litoral. Muita gente apresentou sintomas de contaminação por radiação e houve 300 mortes.
Quem conta é Ahmedou Ould-Abdallah, enviado da ONU à Somália: "Alguém está jogando lixo atômica no litoral da Somália. E chumbo e metais pesados, cádmio, mercúrio, encontram-se praticamente todos." Parte do que se pode rastrear leva diretamente a hospitais e indústrias européias que, ao que tudo indica, entrega os resíduos tóxicos à Máfia, que se encarrega de "descarregá-los" e cobra barato. Quando perguntei a Ould-Abdallah o que os governos europeus estariam fazendo para combater esse ‘negócio’, ele suspirou: "Nada. Não há nem descontaminação, nem compensação, nem prevenção."
Ao mesmo tempo, outros navios europeus vivem de pilhar os mares da Somália, atacando uma de suas principais riquezas: pescado. A Europa já destruiu seus estoques naturais de pescado pela superexploração – e, agora, está superexplorando os mares da Somália. A cada ano, saem de lá mais de 300 milhões de atum, camarão e lagosta; são roubados anualmente, por pesqueiros ilegais. Os pescadores locais tradicionais passam fome.
Mohammed Hussein, pescador que vive em Marka, cidade a 100 quilômetros ao sul de Mogadishu, declarou à Agência Reuters: "Se nada for feito, acabarão com todo o pescado de todo o litoral da Somália."
Esse é o contexto do qual nasceram os "piratas" somalianos. São pescadores somalianos, que capturam barcos, como tentativa de assustar e dissuadir os grandes pesqueiros; ou, pelo menos, como meio de extrair deles alguma espécie de compensação.
Os somalianos chamam-se "Guarda Costeira Voluntária da Somália". A maioria dos somalianos os conhecem sob essa designação. [Matéria importante sobre isso, em http://wardheernews.com/Articles_09/April/13_armada_not_solution_muuse.html : "The Armada is not a solution".] Pesquisa divulgada pelo site somaliano independente WardheerNews informa que 70% dos somalianos "aprovam firmemente a pirataria como forma de defesa nacional".
Claro que nada justifica a prática de fazer reféns. Claro, também, que há gângsteres misturados nessa luta – por exemplo, os que assaltaram os carregamentos de comida do World Food Programme. Mas em entrevista por telefone, um dos líderes dos piratas, Sugule Ali disse: "Não somos bandidos do mar. Bandidos do mar são os pesqueiros clandestinos que saqueiam nosso peixe." William Scott entenderia perfeitamente.
Por que os europeus supõem que os somalianos deveriam deixar-se matar de fome passivamente pelas praias, afogados no lixo tóxico europeu, e assistir passivamente os pesqueiros europeus (dentre outros) que pescam o peixe que, depois, os europeus comem elegantemente nos restaurantes de Londres, Paris ou Roma? A Europa nada fez, por muito tempo. Mas quando alguns pescadores reagiram e intrometeram-se no caminho pelo qual passa 20% do petróleo do mundo… imediatamente a Europa despachou para lá os seus navios de guerra.
A história da guerra contra a pirataria em 2009 está muito mais claramente narrada por outro pirata, que viveu e morreu no século 4º AC. Foi preso e levado à presença de Alexandre, o Grande, que lhe perguntou "o que pretendia, fazendo-se de senhor dos mares." O pirata riu e respondeu: "O mesmo que você, fazendo-se de senhor das terras; mas, porque meu navio é pequeno, sou chamado de ladrão; e você, que comanda uma grande frota, é chamado de imperador." Hoje, outra vez, a grande frota europeia lança-se ao mar, rumo à Somália – mas… quem é o ladrão?

Fonte aqui, UK, 5/1/2009 (autoria de Johann Hari)

Tradução de Caia Fittipaldi

Lideranca e solidariedade na hora H!

Pra refletir um pouco sobre o nosso papel e nossas escolhas na vida...

Olhem o grande espírito de solidariedade.

Líder não manda, encaminha, orienta e fica atento a todo momento; ele não é estrela. Surge quando necessário. Faz o essencial.

Ele vive o sucesso do liderado.

A menina, 13 anos, ganhou um prêmio e foi cantar o Star Spangled Banner, o hino dos EUA, no jogo da NBA. Vinte mil pessoas no estádio, ela afinadinha.

Aí o braço tremeu, ela engasgou, esqueceu a letra...

DEU BRANCO!!! Treze anos. Sozinha, ali no meio...

O PÚBLICO ESTUPEFATO ameaça uma VAIA.

De repente, Mo Cheeks, técnico dos Portland Trail Blazers, aparece ao seu lado e começa a cantar, incentivando-a, e trazendo o público junto.

Bonita CENA e - o que é mais incrível - ... só o técnico tomou a iniciativa de ir até lá para ajudar, enquanto os demais à volta dela só observavam estupefatos...

Mostra como uma atitude de *LIDERANÇA e SOLIDARIEDADE NA HORA CERTA* pode fazer uma grande diferença, para ajudarmos um ser humano e mudar a história do JOGO da vida.

Será que isso já não aconteceu em nossas vidas?

E a nossa atitude foi a do técnico Mo Cheeks ou a de todos que estavam ao redor, comum e de descaso?

TEM GENTE QUE ESTÁ NO MUNDO PARA AJUDAR... OUTROS PARA VAIAR.

PENSE NISSO. AGORA, VEJA O FILME...

Se tivermos pessoas com essa atitude, não estaremos só.

Uma mão amiga, na hora certa, é tudo.

Líder é líder!

quinta-feira, abril 30, 2009

Explicação

Meu verso é minha consolação.
Meu verso é minha cachaça. Todo mundo tem a sua cachaça.
Para beber, copo de cristal, canequinha de folha-de-flandres,
folha de taioba, tudo serve.
Para louvar a Deus como para aliviar o peito,
queixar o desprezo da morena, cantar minha vida e trabalhos
é que faço meu verso.
E meu verso me agrada.
Meu verso me agrada sempre...
Ele às vezes tem o ar sem-vergonha de quem vai dar uma cambalhota,
mas não é para o público, é para mim mesmo esta cambalhota!
(Carlos Drummond de Andrade).


Amigos, o vício é uma coisa séria. O vício é coisa difícil de largar. Na última quinta-feira, despedi-me de vocês, resolvido a nunca mais escrever colunas sobre futebol. Pedi a conta na Furacao.com e passei e-mail aos amigos comunicando a minha decisão.

Recebi dezenas de respostas pedindo pra ficar ou, ao menos, não deixar de escrever, nem que fosse para o “Fala, Atleticano”, a coluna do leitor do site. Firme em minha decisão, li cada um dos pedidos, respondi e firmei posição de não voltar de jeito nenhum.

Pelas minhas contas, foram 250 colunas em cinco anos, contabilizadas as colunas como leitor no “Fala, Atleticano” e depois como Colunista do RubroNegro.Net e da Furacao.com. Escrever mais o quê? Nada mais a declarar, encerrei a noite de quinta-feira decidido a não escrever mais sobre futebol. E a noite se abriu em sonhos.

Sexta-feira de manhã, algo me incomodava. Tomei café, fumei e nada de o incômodo passar. Liguei o computador e iniciei um parágrafo “O Geninho precisa parar com essa mania de botar os garotos no final da partida, pois isso não resolve nada”. Atônito, olhei para o micro e apaguei o período: colunas de futebol? Jamais.

Na tela, arrisquei um poema “Só a tua ausência me deu a real dimensão do quanto sinto a tua falta!” – mas o que é que me faltava? Tinha estado com a Edith na noite anterior, tinha estado com os amigos havia poucos dias, tudo que eu poderia querer estava comigo, mas na tela o poema era um neon na minha cara “Só a tua ausência me deu a real dimensão do quanto sinto a tua falta!”.

Resignado, dobrei-me diante da verdadeira verdade: faltava-me a coluna, este vício maldito. Vício é coisa séria, difícil de largar. E junto com essa inafastável verdade vieram-me os versos de Drummond, os quais cito no início deste texto, mas me vieram convertidos em paródia que também pode se chamar “Explicação”:

Minha coluna é minha consolação.

Minha coluna é minha cachaça. Todo mundo tem a sua cachaça.
Para escrever, site pequeno, coluna do leitor, site grande, Orkut, e-mail, blog, tudo serve.
Para louvar o Atlético como para aliviar os nervos, queixar o desprezo, cantar minha vida e trabalhos é que faço minha coluna. E minha coluna me agrada.
Minha coluna me agrada sempre...
Ela às vezes tem o ar sem-vergonha de quem vai dar uma cambalhota, mas não é para o público, é para mim mesmo esta cambalhota!
Definitivamente, era preciso voltar a escrever as colunas. Mas onde? Tinha pedido para sair do site. E agora, Rafael? Em plena Sexta-Feira da Paixão, eu estava sem esperanças de voltar a escrever. Triste, fui à área de serviço, acendi um cigarro e por uma fresta da janela assoprava a fumaça para longe, como se criasse uma outra forma de me comunicar com Deus.

Não demorou muito e minha mãe veio me perguntar o que é que estava havendo. Contei-lhe sobre a perda da coluna e ela disse que a Páscoa é tempo de renascimento. Irônico, perguntei-lhe “Até colunas renascem na Páscoa?” e ela apenas repetiu “Páscoa é tempo de renascimento!”. Lembro-me só de ter dito “Amém!”.

Não me perguntem como, não queiram saber quem por mim intercedeu, mas eis que no Domingo de Páscoa me (re) apareceu um velho Amigo, Dr. Waldemar,
a me oferecer espaço neste blog para veicular minha coluninha, meu vício, minha cachaça, minha consolação.

Agradecido e cheio de felicidade, aceitei o convite do bom Amigo e neste espaço publicarei minhas colunas, a começar por hoje. E como o blog é rico noutros tantos assuntos - política, arte e literatura - é bem capaz de eu me animar a fugir um pouco do Atlético e publicar uns poemas, ou tentativas de poemas, coisa que até então não tinha podido fazer.
Para escrever, site pequeno, coluna do leitor, site grande, Orkut, e-mail, blog, tudo serve.
Para louvar o Atlético como para aliviar os nervos, queixar o desprezo, cantar minha vida e trabalhos é que faço minha coluna. E minha coluna me agrada.
Minha coluna me agrada sempre...
Espero, humildemente, que ela também agrade vocês, queridos leitores, prezados amigos, companheiros sem os quais a vida perde muito de sua graça e de sua beleza!
Abração do Rafael Lemos, agora sob as ordens do preclaro Chefe, Waldemar Pluschkatt Neto, meu velho e bom Amigo, convertido agora em Anjo da Guarda!

E-mail para contato:
rflemos75@hotmail.com

PROTESTO!