quinta-feira, novembro 30, 2006

HORRORISMO!

Recentemente, o escritor inglês Martin Amis (foto) escreveu longo texto para o jornal The Observer, intitulado “A Era do Horrorismo”, aonde fez profunda, lúcida e desapaixonada análise do terrorismo islâmico, que, segundo ele, inaugura uma “Era da Normalidade Desaparecida”.
Conforme avançava na leitura do texto, envolvido que estava nas nossas questões políticas, partidárias e eleitorais, não pude deixar de encontrar inúmeras conexões e similitudes com a nossa realidade. A seguir, alternarei trechos selecionados do texto de Amis com paráfrases minhas pertinentes à nossa realidade local.
AMIS: “Até recentemente, dizia-se que havia uma ´guerra civil´ no interior do Islã. Bem, a guerra civil parece ter acabado. E o islamismo a venceu. O perdedor, o Islã moderado, está sempre ilusoriamente bem representado nas páginas de opinião dos jornais e no debate público; fora disso, ele é ocioso e inaudível. Não estamos ouvindo o Islã moderado, ao passo que o islamismo, como ator e modelador dos acontecimentos mundiais, é praticamente tudo que conta”.
Aqui também parecia estarmos vivendo uma “guerra civil”. Bem, ela acabou. E o lulismo a venceu. Os perdedores, PSDB e aliados, continuam bem representados nas páginas de opinião dos jornais; fora disso, parecem ociosos, inaudíveis e facilmente cooptáveis. Não estamos ouvindo as oposições, ao passo que o lulismo, como ator e modelador dos acontecimentos nacionais, é praticamente tudo que conta.
AMIS: “Respeitamos o Islã – produtor de benefícios incontáveis à humanidade, e possuidor de uma história eletrizante. Mas islamismo? Não, dificilmente poderiam nos pedir que respeitássemos uma onda religiosa que prega nossa própria eliminação. Claro que respeitamos o Islã. Mas não respeitamos o islamismo, assim como respeitamos Maomé e não respeitamos Muhammad Atta”.
Houve um tempo em que até respeitávamos o PT – possuidor de uma história eletrizante. Mas lulismo? Não, dificilmente poderiam nos pedir que respeitássemos uma onda autoritária que prega a eliminação da própria democracia. Respeitávamos Suplicy, Heloisa Helena, Cristovam Buarque, Paulo Delgado, mas já não podemos respeitar Lula, José Dirceu, Genoíno, Berzoini, Mercadante, Okamoto, Palloci, Gushiken.
AMIS: “O assassino em massa e suicida colocou para o Ocidente uma crise filosófica. A ingenuidade racionalista era mais fácil que a assimilação da alternativa: a existência de um culto patológico. E se nos dispusermos a ouvir a retórica de desilusão e auto-hipnose, poderíamos ouvi-la também de um laureado por Estocolmo – o romancista português José Saramago, que enfoca seu olhar sublime no fenômeno do assassínio em massa por agente suicida: ´Ah, sim, os horrendos massacres de civis causados pelos chamados terroristas suicidas... Horrendos, sim, sem dúvida; condenáveis, sim, sem dúvida, mas Israel ainda tem muito a aprender se não é capaz de compreender as razões que podem levar um ser humano a se transformar numa bomba´”.
A busca desenfreada pelo poder colocou para o PT uma crise filosófica. A militância preferiu a ingenuidade racionalista, mais fácil que a assimilação da alternativa: a existência de um culto patológico pelo poder. Se quisermos ouvir a retórica lulista de auto-hipnose, podemos escolher à vontade na elite petista cheia de pedigree – de Marilena Chauí a Paulo Betti, de Emir Sader a Tarso Genro – todos lançando seus olhares sublimes sobre o fenômeno do apodrecimento da política: ´Ah, sim, os horrendos mensalões, dossiês, quebras de sigilo, cartilhas superfaturadas ou inexistentes, produzidos pelos chamados aloprados petistas... Horrendos, sim, sem dúvida; condenáveis, sim, sem dúvida, mas os burgueses ainda têm muito a aprender se não são capazes de compreender as razões que podem levar um militante leal a se transformar num corrupto pela causa´.
AMIS: “É doloroso parar de acreditar na pureza e na sanidade mental, do injustiçado social. É doloroso começar a acreditar num culto da morte, e num inimigo que deseja que esta guerra dure para sempre”.
É doloroso, mas imperioso, parar de acreditar na pureza de quem, por frio cálculo eleitoral, jogou, conscientemente, todas as suas bandeiras e esperanças na lata de lixo da História.
Um horror!

ULYSSES GUIMARÃES

“O poder não é perigoso. Perigoso é seu exercício por homens imperfeitos, egoístas, vítimas de apoteose mental ou do culto à personalidade”.
“Não se precavendo, submete-se ao regime da permissividade, em que ao Príncipe tudo é possível e à vida e às necessidades dos cidadãos só resta a angustiosa e inerte espera de outorgas paternalistas e munificentes”.
“Judge Black captou a substância dos duzentos anos de vigência da Democracia nos Estados Unidos, sem golpe nem ditadores: ´É esse direito, o direito de errar, que nos mantém fortes como Nação´”.
“A força da democracia é a institucionalização de sua fraqueza humana, a humildade com que confessa a fatalidade do erro e inventa dispositivos para evitá-los, diminuí-los, denunciá-los e corrigi-los”.
“Há homens que vivem contentes, mesmo que vivam sem decoro. Há outros que sofrem como em agonia quando vêem que há homens que a seu redor vivem sem decoro. Quando há muitos homens sem decoro, há sempre outros que têm em si o decoro de muitos homens”.*

* Trechos de uma palestra proferida em Florianópolis, pelo ilustre Deputado, no dia 18 de junho de 1976, encerrando o primeiro simpósio organizado pelo Instituto Pedroso Horta, cujo tema era “O homem e a liberdade”.

- Portanto, caro leitor, não se impressione com as árvores, fixe-se na floresta, como sempre fez. Dentro da democracia, tudo se resolve, ao contrário da ditadura, onde pululam e ficam impunes os Calígulas sanguinários, os Torquemadas da Inquisição e da intolerância, os enxudiosos Faruks da corrupção.

Os mortos da ditadura: mito e realidade

Certos raciocínios são mesmo inaceitáveis. Perguntam-me, em vocabulário impublicável, de onde tirei os números sobre os mortos da ditadura no Brasil. Pois não. Do livro Dos Filhos Deste Solo, escrito pelo ex-ministro Nilmário Miranda, petista, e pelo jornalista Carlos Tibúrcio. Aliás, é uma co-edição da Boitempo Editorial (aquela do caso Emir Sader) e da Fundação Perseu Abramo, ligada ao PT. Logo, senhores esquerdistas, a fonte é a melhor possível para vocês. Reitero o que já havia escrito: não deveria ter morrido uma só pessoa sob a guarda do Estado. Mas é uma estupidez e uma fraude querer comparar o que se deu no Brasil com o que aconteceu na Argentina ou na Cuba de Fidel Castro — por que não?
Para ser preciso, o livro lista, com enorme boa vontade nos critérios, 424 casos de pessoas que teriam morrido ou que ainda são dadas como desaparecidas em razão do regime militar — ainda que numa razão nem sempre direta. Estão contados aí pessoas vítimas de acidentes, suicídios, gente que morreu no exterior e até os justiçamentos: esquerdistas assassinados por esquerdistas porque supostos traidores. Sim, meus caros: a esquerda nunca viu mal nenhum em aplicar a pena de morte. Sem tribunal ou direito de defesa.
Desses 424, assassinados mesmo, comprovadamente, foram 293 pessoas. Mas atenção: isso inclui as que morreram na guerrilha do Araguaia: gente que estava armada, para matar ou morrer. Dá para saber até a distribuição dos mortos segundo as tendências:

ALN-Molipo – 72 mortes (inclui quatro justiçamentos)
PC do B – 68 (58 no Araguaia)
PCB – 38
VPR – 37
VAR-Palmares – 17
PCBR – 16
MR-8 – 15
MNR – 10
AP – 10
POLOP – 7
Port - 3

É muito? Digo com a maior tranqüilidade que a morte de qualquer homem me diminui, segundo frase famosa que já é um chavão. Mas 424 casos não são 30 mil — ou 150 mil, se fôssemos ficar nos padrões argentinos. Isso indica o óbvio: a tortura e a morte de presos políticos no Brasil eram exceções, embora execráveis, e não a regra. Regra ela foi no Chile, na Argentina, em Cuba (ainda é), na China (ainda é), no Caboja, na Coréia do Norte, na União Soviética, nas ditaduras comunistas africanas, européias... Só a ALN-Molipo deu cabo de quatro de seus militantes. Em nome do novo humanismo...
A lei de reparação que está em curso no Brasil é das mais generosas, tanto é que alcança até alguns vagabundos que fizeram dela uma profissão, um meio de vida, arrancando dos pobres e dos desdentados indenizações milionárias e pensões nababescas. Até aí, vai uma sem-vergonhice que não ameaça criar tensões desnecessárias.
Querer, no entanto, rever a Lei da Anistia como se o drama dos mortos e desaparecidos fosse um trauma na sociedade brasileira como ainda é na argentina ou na chilena é um completo despropósito. Pode, quando muito, responder ao espírito de vingança de alguns e gerar intranqüilidade para o resto da sociedade, a esmagadora maioria.
De resto, tão triste — ou até mais — do que a tortura com pedigree, aquela exercida contra militantes de esquerda no passado, é a que existe ainda hoje nos presídios brasileiros. Imaginem se cada preso comum acionar o Estado por conta de maus-tratos ilegais sofridos cotidianamente nas cadeias. Ocorre que essa gente não conta com a disposição militante para fazer proselitismo. Não existe uma comissão especial para cuidar do assunto. A esquerda, como sempre, só dá pelota para o "seu povo", não para "o" povo.
Em tempo
Censuro a ação que hoje colhe o coronel Brilhante Ustra porque me parece que ela comete justamente o erro de trazer o passado a valor presente, forçando a história a recuar no tempo, especialmente quando temos uma Lei da Anistia. Foi incômodo o tal jantar de solidariedade dos militares da reserva a Ustra? Foi, sim. Não teria ocorrido se alguns aloprados não estivessem segurando gasolina em uma das mãos e um fósforo aceso na outra.
Os militares não são imbecis. Se esse caso prospera, é claro que será apenas o primeiro de uma série. Não sei prever o futuro. Sei operar com categorias lógicas. Se há alguém acreditando que a história pode, quase 30 anos depois, regredir para submeter apenas um dos lados ao chicote, está fazendo uma aposta errada. Errada e perigosa. Ustra só quer que o esqueçam. Os que, hoje em dia, preferem ser lembrados são alguns ex-terroristas que pegaram em armas e agora disputam eleições.
O Brasil é melhor sob a vigência plena da Lei da Anistia. Garanto.

O FEUDALISMO BRASILEIRO

SISTEMA FEUDAL
A cultura feudal e imperial trazida por D. João VI ao Brasil continua viva e fortemente enraizada na vida dos brasileiros. A proclamação da República disfarçou o sistema, mas o feudalismo continua evidente. Sim, os feudos, gente, continuam até hoje absolutamente intocáveis. Foram, ao longo do tempo, bem preservados, a sete chaves, em todas as formas de Constituição escritas e aprovadas desde a Declaração da Independência e da Proclamação da República.
CLASSE NOBRE
A antiga nobreza, representada pela Côrte de Portugal, foi meramente substituída pelas atuais corporações de funcionários públicos. Desde então quem trabalha no serviço público e nas estatais passou a ser a Classe Nobre, bem diferente dos demais. Diferente do povo, dos plebeus. Com um acréscimo: Cada Poder virou uma Côrte. Independente, mas sempre privilegiada pelas vantagens mantidas e adquiridas.
CÔRTE MAIS ABASTADA
Vejam que o matrimônio, depois da Proclamação da Independência, chegou a ser permitido entre pessoas de classes diferentes, mas nem tanto. Até pouco tempo atrás as mães ainda preferiam entregar suas filhas aos funcionários do Banco do Brasil, da Caixa Federal ou da Petrobrás. Hoje, a preferência maior já recai para funcionários do Tribunal de Contas, do Judiciário ou do Ministério Público. A Côrte mais abastada.
DIREITOS ADQUIRIDOS
Os privilégios concedidos exclusivamente aos nobres do Reino ficaram intocáveis quando transferidos à casta de funcionários de governos. Que, se comparados com os quase inexistentes direitos que a plebe conquistou, são fantásticos: vida mais longa, estabilidade no emprego, saúde mais bem cuidada, aposentadoria mais cedo e muito incentivada, salários superiores aos da iniciativa privada (alguns acima do teto), licenças-prêmio, faltas remuneradas, greves idem, etc, etc... Tudo direito adquirido. E quando alguém diz ou mostra isto acaba ganhando forte antipatia, como se alguma mentira estivesse dentro do contexto.
DECEPÇÃO DO ANO
Como se não bastasse tanto privilégio, a presidente do STF, Ellen Grace, que foi muito festejada, por ser mulher, ao assumir o mais alto cargo do Poder Judiciário, decepcionou. Já é a grande decepção de 2006. Ela entende que os juízes ganham mal. Exige um teto de R$ 30 mil mensais. As mulheres do povo, da plebe, estão revoltadas e os homens, bobos da Côrte, decepcionados. Viva!

Cacilda de Jesus Ferreira, 36 anos, agricultora, exemplo moral

Alguns preferem, sei lá, Marilena Chaui. Eu prefiro a agricultora Cacilda de Jesus Ferreira, 36 anos. Sozinha, ela testa os limites da filosofia e da onipotência científica, que se pretende também uma ética. Fiquem com um trecho de sua história, narrada por Brás Henrique no Estadão de ontem: “Marcela de Jesus Ferreira completou ontem oito dias de vida. Desde o seu nascimento (2,5 quilos e 47 centímetros) está num dos quartos da Santa Casa de Patrocínio Paulista, cidade de cerca de 15 mil habitantes na região de Ribeirão Preto. Ao seu lado, a mãe, Cacilda, de 36 anos, reza pela sobrevida da pequena. Os oito dias de vida de Marcela já contrariam vários prognósticos da Medicina. Ela tem apenas uma pequena parte do encéfalo (cérebro), o que adia a sua provável morte. Desde o diagnóstico do quadro de anencefalia (ausência de cérebro), no quarto mês de gestação, Cacilda jamais cogitou a hipótese de interrupção da gravidez (os especialistas evitam a palavra aborto). ‘Sofrer, a gente sofre, mas ela não pertence a mim, mas a Deus, e eu cuido dela aqui’, diz a mãe, católica. ‘Enquanto isso, cada segundo da vida dela é precioso pra mim.’”
Interessante, a mulher que não abortou mesmo sabendo que o bebê era anencéfalo. Eu a chamo de exemplo moral. É claro que não está dito, nem sugerido, que mulheres que, em situação semelhante, optaram pelo aborto são imorais. Eu sempre sou muito duro no trato das questões políticas, mas tomo extremo cuidado para tratar das dores alheias. Faz parte do zelo que tenho pelo indivíduo. A dor de cada um, meus caros, é sempre indivisível.
O que elogiei em Cacilda, o que me comoveu mesmo, é a defesa incondicional que ele faz da vida — mesmo uma vida que insiste em desafiar, vamos ver até quando, tudo o que nos parece razoável e aceitável, como é o caso da de sua filha, Marcela. Quando Cacilda diz: “Sofrer, a gente sofre, mas ela não pertence a mim, mas a Deus, e eu cuido dela aqui. Enquanto isso, cada segundo da vida dela é precioso pra mim”, canta um hino à generosidade, à prudência, ao amor incondicional.
Exalto o princípio dessa mulher, que nos põe para pensar. Acatou o sofrimento certo quando foi advertida da anencefalia no quarto mês de gravidez. Sofrimento que não lhe era imposto por ninguém. Foi um ato de consciência. Não era escrava da vontade de terceiros. E se negou a sê-lo mesmo da palavra que se quer sempre última: a da ciência — insistirei o quanto for necessário: o discurso científico não é uma ética. Mais do que isso: Cacilda, sem dominar certamente os códigos dos discursos morais, nos diz que atenta contra a humanidade estabelecer quais são as precondições que fazem uma vida ser, afinal de contas, uma vida.
Não tarda, e logo aparecerá alguém para, “em nome da razão”, determinar quem merece ou não continuar vivo. É a tentação subjacente quando se debatem temas como eutanásia e ortotanásia. Eu os considero tentações malignas. E porque o são, é claro que os inocentes são os primeiros a cair nas armadilhas. Cacilda está protegida delas pela sua fé, que não mata, não deixa morrer nem justifica a morte. Não se deixou escravizar nem mesmo pelo medo de sofrer.
Cacilda nos protege do terror. Acredito nisso.

quarta-feira, novembro 29, 2006

Uns dos "aloprados! confessa: Fui torturado!

Gedimar Passos depondo na CPI onde revela as torturas que sofre no DPF-SP

O ex-policial federal e advogado Gedimar Passos – um dos homens que o PT encarregou de negociar o dossiê fajuto contra Alckmin e Serra – disse que a Polícia Federal mantém câmaras de tortura em São Paulo e que ele mesmo foi torturado. Gedimar fez a acusação na CPI dos Sanguessugas e desceu a detalhes.
Disse que ficou 13 horas "em uma cela de castigo, com água até a canela".

Esta acusação à Polícia Federal – de cuja atuação tanto se orgulha Lula e seu Ministro da Justiça – é nova, nunca apareceu nas denúncias da oposição, e teve repercussão internacional, pois foi feita por um petista, ligado ao governo e que realizava uma operação ordenada pelo próprio presidente do partido governista, Ricardo Berzoini, conforme convicção corrente na própria Polícia Federal e no Ministério Público.

Os petistas estão inconformados com o fato de que todas as evidências os condenam e que, apesar da demora das investigações para não prejudicar Lula nas eleições, a Polícia Federal não os inocenta.

Quando os próprios petistas acusam o Governo Lula de torturar não falta mais nada.

segunda-feira, novembro 27, 2006

"LINHA DIRETA" TENDENCIOSA

Esse aí, vítima?

O programa Linha Direta da TV Globo, do dia 16 de novembro de 2006, sobre o Frei Tito (foto), foi uma vergonha pelo acúmulo de desinformações e insinuações maldosas que deseducam a juventude brasileira e falseiam a História do Brasil.
Assim, de forma simples, para facilitar o entendimento, a Linha Direta chamou a Revolução de 1964 de "Golpe Militar" e apresentou Frei Tito como um herói torturado.
Então, para desmentir, vamos a fatos da Revolução, incontestáveis, noticiados, pela Imprensa, inclusive, pela "Globo", na seqüência do calendário cumprido pelo Exército Brasileiro, a Força mais decisiva da Revolução, porque era a de maior efetivo e poder de fogo em terra, e estava distribuído em todos os Estados do Território Brasileiro: 1- Na madrugada, do dia 31 de Março de 1964, o Governador de Minas Gerais, Magalhães Pinto, (UM CIVIL), iniciou a Revolução de 1964, com a participação do Gen Div Guedes e o Gen Bda Mourão, comandantes de tropas de pequeno poder militar. 2- O II Exercito, comandado pelo Gen Kruel, só aderiu à Revolução, na noite de 31 de Março, após conversar com o Presidente Jango, pedindo-lhe, inutilmente, para que suspendesse o apoio à Subversão Comunista, em
curso, no Brasil. 3- O Gen Ancora, do I Exército, representando o Ministro da Guerra, enfermo, rendeu-se à Revolução, em 02 de Abril, depois que o Destacamento Escola, das chamadas tropas legalistas, que marchava na direção de São Paulo, foi detido em Barra Mansa pelos cadetes da AMAN, comandados pelo Gen Médici; e em todos os Estados Brasileiros a Revolução era tida como vitoriosa. 4- E o III Exército, do Rio Grande do Sul, o mais poderoso, comandado pelo Gen Ladário, permaneceu, por alguns dias do mês de Abril, na expectativa de combater a Revolução, fiel a Jango, e, somente, aderiu quando Jango se exilou, declarando que não queria derramamento de sangue.
Mostramos o comportamento dos três Exércitos mais fortes porque, pelas suas divergências iniciais, e adesão em datas diversas, fica muito clara a mentira de que a Revolução de 1964 foi um "Golpe Militar".
Deixou, também, o Linha Direta, de mencionar as "Marchas das Mulheres, com Deus, pela Família e pela Liberdade", contra Jango, e que expressava o desejo geral dos brasileiros de não render-se à ideologia comunista; e esqueceu que a Imprensa exaltou a vitória da Revolução, tendo organizado, até, uma campanha de "Ouro para o bem do Brasil", com o apoio das "Organizações Globo". E, principalmente, esqueceu de noticiar que as tropas do Exército, ao regressarem da Revolução para as suas cidades de origem, foram recepcionadas pelo Povo Brasileiro, que foi às ruas para aplaudi-las.
E sobre Frei Tito, a Linha Direta precisa esclarecer ao Povo Brasileiro: - Por que Frei Tito e outros "santos frades" marcavam encontros com Marighella – e a este acobertavam - um dos maiores terroristas do Brasil, mandante ou comparsa de assassinatos, seqüestro de embaixadores, assaltos a bancos, atentado a bomba contra o QG II Exercito e outros? - Quem pode garantir a veracidade da palavra de frades que traíram a Igreja pelo Comunismo Ateu? – Porque a TV Globo, tão beneficiada pelos Governos Militares, mente para denegrir a Revolução de 1964 que salvou o Brasil de uma Ditadura Comunista? – E, sob qual Ditadura Comunista, a TV Globo, agora, gostaria de trabalhar - Cuba, China ou Coréia do Norte? Não o faz, porque está vendida ao Governo?

ESTAMOS VIVOS! GRUPO GUARARAPES!

O IMPÉRIO CHAVISTA

A NOVA CORTINA DE FERRO
O Imperador Hugo Chávez, a cada dia que passa, está ficando mais poderoso na América Latina. Suas tropas políticas, representadas por candidatos comunistas de vários países latinos, vêm ganhando sistematicamente cada eleição realizada. Assim, o império comunista latino, nascido dentro do Foro de São Paulo, vem ganhando força e mais adeptos, tal qual na antiga Cortina de Ferro.
O BONDE COMUNISTA
A turma é grande, mas vamos ficar com os seguintes: Fidel (Cub), Chavez (Ven), Lula (Bra), Kirchner (Arg), Morales (Bol), Ortega (Nic), e agora Correa, do Equador, formam o BONDE COMUNISTA. Estes são, hoje, os mais perigosos comunistas que doravante vão agitar com muita força a América Latina, usando, como instituição política para dar o respaldo necessário, o Mercosul. Que de comercial já não tem coisa alguma.
PRETENSÕES SEPULTADAS
A cartilha gramsciana será o mais novo livro-texto a ser adotado nas escolas do ensino fundamental da região. E os professores nem precisarão fazer cursos de aperfeiçoamento. Até porque os sindicatos e associações de classe já se definiram como adeptos do sistema. Desta feita, o império Chavista vai liquidar com as pretensões do liberalismo, propositadamente confundido com o nunca conhecido neo-liberalismo, jamais tentado na América do Sul.
NUNCA EXPERIMENTADO
O curioso e lamentável é que o liberalismo será sepultado no hemisfério como se tivesse fracassado. De novo: vão acabar com aquilo que sequer foi experimentado. Virou demônio e por isto não serve em hipótese alguma. Sendo assim, o povo só precisa aplaudir o novo Império. O Império de Chávez. Viva!!!
MÁ DIPLOMACIA
Nos últimos anos o governo brasileiro deu muitas demonstrações lamentáveis na área da diplomacia. Com forte espírito comunista, o governo foi muito mal no campo diplomático, como ocorreu no episódio do Conselho de Segurança da ONU. Um fracasso. E na ALCA, por preferir ficar junto aos queridos amigos e companheiros do Mercosul, Lula desperdiçou excelente condição para abrir o país e participar de um novo Bloco Comercial invejável. Preferiu a Venezuela aos EUA. Um horror.
SISTEMA GERAL DE PREFERÊNCIAS
O mundo é implacável: tudo tem volta. Se o governo detesta os americanos, e prega isto diariamente na imprensa, que por sua vez endossa as atitudes do governo, os americanos vão dar o troco, com toda a certeza e razão. E será através de sanções aos produtos brasileiros no SGP – Sistema Geral de Preferências.
MAIOR IMPORTADOR- Como o Brasil tem como maior importador exatamente os EUA, a coisa vai ficar preta. Se o câmbio já uma queixa preferida, imaginem o que acontecerá com o aumento do custo das exportações pela aplicação de uma taxa adicional aos produtos que queiram entrar na terra do Tio Sam.

Ainda em Dagobah - UM GUIA PARA OS AGENTES DA RESISTÊNCIA DEMOCRÁTICA

Continuação da matéria "Em Dagobah", postada em 20/11/2006

1 – TENHA CORAGEM
Não tenha medo: você está a favor da lei. E, sobretudo, está com a razão. Quem deve ter medo são os que violaram as leis, estão corrompendo os bons costumes, pervertendo a política e degenerando as instituições.
Resistir à ilegalidade, repudiar as investidas ilegítimas contra o processo democrático e os atentados ao Estado de Direito, não ser conivente com o crime, nem leniente com os criminosos e denunciar as irregularidades é um direito e um dever dos cidadãos.

2 – ASSUMA SEU COMPROMISSO COM A DEMOCRACIA
A democracia é o valor principal da vida pública. Tudo – qualquer evento, qualquer proposta – deve ser avaliado, medido e pesado, do ponto de vista da democracia. Diante de qualquer situação política, comece sempre fazendo a seguinte pergunta: isso ajuda ou atrapalha o avanço do processo de democratização da sociedade brasileira?
Aprenda a desconstituir os argumentos falsamente democráticos, do tipo:
a) “Democracia é o regime da maioria”;
b) “Democracia é a lei do mais forte (daquele que tem maioria, sendo, no caso, mais forte, aquele competidor que tem mais votos)”;
c) “Democracia é a regra do jogo estabelecido para verificar quem tem mais audiência e, assim, entregar os cargos públicos representativos ao detentor do maior índice de popularidade”;
d) “Democracia é fazer a vontade do povo”;
e) “Os votos da maioria da população estão acima das decisões das instituições democráticas e dos julgamentos dos tribunais”;
f) “Para um governo ser democrático basta ter sido eleito sem fraude pela maioria da população”;
g) “Quem tem maioria tem sempre legitimidade”;
h) “Um grande líder identificado com o povo pode fazer mais do que instituições cheias de políticos corruptos”;
i) “Não adianta ter democracia se o povo passa fome”;
j) “Não adianta ter democracia política se não for reduzida a desigualdade social”.

3 – REJEITE A REALPOLITIK
Jamais aceite a tese autocrática – da chamada realpolitk – segundo a qual a política é uma guerra permanente, uma guerra onde vale-tudo, onde, o que conta, em última instância, é apenas o poder.
É preferível ficar fora do poder por algum período – curto ou longo – do que corromper a própria alma para sobreviver como um zumbi, um militante deformado, um degenerado político.

4 – DEMONSTRE, COM SUA PRÁTICA, QUE OS FINS NÃO JUSTIFICAM OS MEIOS
Recuse-se a usar as mesmas armas dos agentes do poder corrupto: não minta, não calunie, não articule golpes, aja sempre dentro da lei e respeitando os princípios da política democrática. Admita que você pode errar por ignorância ou inexperiência, mas nunca se permita agir com falsidade deliberada.
Se você se igualar nos métodos ao seu adversário, todo o seu esforço em prol da retomada do processo de democratização da sociedade terá sido inútil.

5 – DIGA NÃO À IMPUNIDADE
Não aceite nem colabore, em hipótese alguma, com qualquer tentativa de acordo ou pacto com o poder corrupto. Lembre-se: eles se colocaram fora do campo da legitimidade democrática e nessa condição permanecerão enquanto não reconhecerem suas culpas e pagarem pelos seus crimes e atentados à democracia.
Aprenda a desmascarar os falsos pretextos apresentados pelos malfeitores para permanecer impunes. Aprenda a mostrar que a governabilidade é, quase sempre, um expediente para garantir a estabilidade da dominação de quem está no poder. Diante de qualquer proposta de acordo, de pacificação dos ânimos, pergunte sempre: se Lula tivesse perdido a eleição, o PT estaria propondo algum tipo de acordo pelo bem do país? Por que então não propôs em 1994 ou em 1998, mas, pelo contrário, adotou logo o lema “FORA FHC”, sendo que o atual ministro da coordenação política (ou coisa semelhante) de Lula chegou a pedir publicamente a renúncia ou o impeachment do ex-presidente Fernando Henrique no mês seguinte à sua posse na reeleição?

6 – DESPREZE AS AMEAÇAS
Não acredite nas ameaças dos chefes do poder corrupto de que o Brasil vai ser palco de uma conflagração social se as oposições não se renderem ao governo. Tais ameaças são feitas apenas com o objetivo de impedir que a oposição cumpra o seu dever de ser e fazer oposição.

7 – DECODIFIQUE O DISCURSO DO CHEFE
Aprenda a decodificar o discurso do chefe do governo. Com o propósito de confundir e iludir a opinião pública ele sempre declara exatamente o contrário do que está fazendo ou pretendendo fazer. Se ele diz que não atacará o adversário, é sinal de que atacará. Se ele diz que quer apurar o crime do falso dossiê, é sinal de que colocará todos os obstáculos para que se chegue a desvendar a origem do dinheiro e da trama na qual estão envolvidos seus homens. Se ele diz que punirá rigorosamente os culpados (por quaisquer dos seguidos escândalos que seu governo patrocinou), é sinal de que já arrumou um jeito de não punir ninguém. Tudo o que ele diz, vale, sim, porém com o sinal trocado. Para decodificar Lula, é simples: basta inverter o sinal.

8 – NÃO DÊ MUITO CRÉDITO ÀS OPOSIÇÕES PARTIDÁRIAS
Dê pouco crédito ao que dizem os líderes dos partidos de oposição. Considere que eles são os responsáveis, em grande parte, pela situação em que nos encontramos. Pergunte-se sempre: como posso confiar em gente que demonstrou tanta falta de visão estratégica, de inteligência política e de compreensão do valor da democracia? Como posso confiar no juízo de líderes que sacrificaram a lei e os valores maiores da República no altar de suas próprias conveniências e interesses políticos pessoais, blindando Lula e apostando irresponsavelmente nossos destinos na loteria do calculismo eleitoreiro?

9 – IDENTIFIQUE A QUADRILHA
Aprenda a identificar os chefes e os membros da quadrilha denunciada, em parte, pelo Procurador Geral da República. Não são todos os petistas que pertencem ao grupo que comanda e participa do esquema de poder corrupto. Para identificar o núcleo dirigente dessa organização abrigada dentro do PT é necessário mapeá-la a partir do levantamento da trajetória dos militantes da tendência Articulação (sobretudo dos militantes mais próximos a Dirceu, identificado pelo Ministério Público como chefe de sofisticada organização criminosa cujo objetivo era reter o poder nas suas mãos), e dos grupos de assessores, antigos militantes políticos de organizações da esquerda armada e ex-sindicalistas mais próximos de Lula. Dentre esses quadros alguns têm (outros tinham, antes de serem derrubados pelos escândalos) cargos formais no governo (inclusive no primeiro escalão), ou em empresas estatais e organizações para-estatais, fundos de pensão ou no próprio partido, porém boa parte não.
Mas não se iluda com a honestidade e a sinceridade da maioria dos petistas. De uma forma geral todos os petistas militantes – e inclusive alguns filiados e simpatizantes – que permanecem no partido depois de tudo o que aconteceu, são reprodutores de uma cultura política antidemocrática. Essas pessoas, mesmo diante de fortes evidências dos crimes cometidos pela quadrilha, ainda são capazes de buscar justificativas para os “erros” de seus pares. Quando não conseguem fazer isso, em geral inventam estranhas teorias conspiratórias, como, por exemplo, a de que tudo não passou de uma armação dos meios de comunicação a soldo ou a serviço das elites (!).

10 – DESCUBRA OS AGENTES DISFARÇADOS À SERVIÇO DO PODER
Aprenda a reconhecer, por pequenos sinais, os agentes escondidos à serviço do PT ou de Lula. Eles estão em todos os lugares, mas atuam disfarçados, sob o manto da imparcialidade (em geral na imprensa), ou escudados por discursos acadêmicos, pretensamente científicos (por exemplo, nas Universidades).
Reinaldo Azevedo já publicou um excelente guia para o leitor se defender do jornalista picareta (nem todo jornalista picareta é cripto-petista ou cripto-lulista, mas todo jornalista cripto-petista ou cripto-lulista é picareta).
Não é difícil elaborar a lista dos jornalistas a serviço do poder (Diogo Mainardi já esboçou um elenco inicial em sua coluna na Veja). Bem mais difícil é elaborar a lista dos acadêmicos a serviço do PT, dada a sua extensão.

Para reconhecer e se defender do jornalismo picareta, veja o post abaixo.

Guia de defesa do leitor: como identificar matéria picareta

1) A matéria picareta... costuma afirmar que o presidente Lula está muito irritado com tudo isso;

2)
Se ele está irritado, é porque, claro, evidentemente, ele não sabia, mais uma vez, de nada;


3)
A matéria picareta costuma recorrer ao chavão: “Lula tem dito a seus interlocutores”. É conversa mole. São jornalistas palacianos reproduzindo o que lhes dizem os assessores;


4)
O nome técnico para o trabalho dos assessores é “spinning job”;


5)
Quem cai na conversa costuma fazer um outro “job” para o governo, que não escreverei aqui por delicadeza;


6)
A matéria picareta nunca diz que Lula “se diz” surpreendido; nunca informa que isso é uma informação ou avaliação da assessoria. A matéria picareta faz de conta de que isso é uma apuração, como se o jornalista estivesse se insinuando, à revelia, nos bastidores do poder;


7)
Uma matéria é picareta quando o seu oposto seria uma impossibilidade em si. Explico-me: “Se Lula comenta com interlocutores que está irritado, que não vai poupar ninguém”, isso só chega ao jornalista porque o suposto interlocutor quer. Imaginem se seria possível o seguinte: “Lula comentou com interlocutores que é uma pena que tudo tenha dado errado”;


8)
A matéria picareta sempre sugere que há alguma divergência de fundo entre Lula e PT;


9)
A matéria picareta traz “bastidores”, sem uma fonte citada nominalmente, mas, curiosamente, é publicada em todos os jornais;


10)
A matéria picareta, por isso mesmo, é aquela em que a “fonte” acha os jornalistas — todos os jornalistas — sem que o jornalista precise achar a fonte.

E Macunaíma foi às urnas

Macunaíma é o anti-herói tupiniquim clássico: indolente, fraco de espírito, moralmente flexível e dono de um caráter duvidoso. O personagem foi criado pelo genial Mário de Andrade para representar uma parcela dos defeitos mais visíveis dentre aqueles já definitivamente arraigados no modus vivendi do brasileiro mediano. Macunaíma é, portanto, um épico de crítica, uma ilustração inglória da cultura de malandragens, de “jeitinhos” e, muitas vezes, de patifaria pura e simples. O mito de Macunaíma em nenhum momento deixou de povoar o inconsciente coletivo nacional, e os fatos com que acabamos de nos confrontar na vida política do país servem para evidenciar o quanto ainda estamos distantes de nos desvencilhar de vez desta transgressão cultural tão vexatória.

O triunfo da desonestidade, da impunidade, da criminalidade e da pilantragem está exposto em letras garrafais nas manchetes de todos os jornais de hoje, para desespero e vergonha dos brasileiros honestos e conscientes. Não, não estou dizendo que todos os eleitores que depositaram seus votos em Lula sejam, necessariamente, como ele. Mas é impossível não assinalar a constatação bizarríssima de que o espírito de Macunaíma está longe de abandonar as opiniões, palavras e gestos do povo brasileiro; um povo que deu, mais uma vez, provas de que ética a caráter são conceitos infinitamente relativos para seus delicados intelectos. Não deixa de ser estarrecedor, ainda, a forma como as coisas se deram: nunca antes o leviatã macunaímico brasileiro havia se manifestado com tamanha intensidade e virulência. Talvez seja um caso único na história da humanidade que um grupo de pessoas comprovadamente envolvidas com crimes como fraude (caso dossiêgate), corrupção ativa e passiva (mensalão, valerioduto, caixa 2, sanguessugas), tráfico de drogas (a campanha de Lula em 2002 recebeu cerca de 5 milhões de dólares da narcoguerrilha colombiana), enriquecimento ilícito (vide Lulinha e Lurian, filhos de Lula), assassinato (caso Celso Daniel), dentre outros crimes execráveis, ainda assim tenha conseguido angariar votos suficientes para legitimar e perpetuar seus crimes por mais 4 anos. A capacidade brasileira de abstrair a ética e relevar o inaceitável nunca foi tão bem evidenciada.

É fato que uma eventual vitória de Geraldo Alckmin neste pleito também não significaria, sob nenhuma hipótese, a instauração repentina de um governo 100% ético, sério e comprometido fielmente com a agenda do verdadeiro crescimento - agenda esta que é composta invariavelmente por medidas hoje tidas como “impopulares”, como uma reforma radical do sistema previdenciário, a retomada dos processos de privatização de estatais mastodônticas e a adoção de uma política externa que retirasse o Brasil da rota furiosa do socialismo de Chávez, Castro e Morales. As posições de Alckmin a respeito destas questões algumas vezes eram um tanto quanto nebulosas e até contraditórias. Contudo, também é preciso reconhecer que o aspecto ético, por si só, já deveria ser mais do que suficiente para que o candidato tucano tivesse vencido essas eleições de forma acachapante. Só seria diferente mesmo numa nação de Macunaímas.

O Macunaíma, todavia, não é só um camarada moralmente flexível; também é indolente, voluntarioso, tem preguiça de pensar e se acostuma facilmente com conceitos bestiais como "ele rouba, mas faz". Tem um profundo medo de mudanças - inclusive de mudanças para melhor - e muito facilmente se deixa seduzir pela oferta torpe de pequenas ou grandes vantagens pessoais. E alguém tem dúvidas de que esse perfil se enquadra com perfeição cartesiana ao modelo geral da esmagadora maioria dos brasileiros que reelegeram o Macunaíma-mór? Pior: para disfarçar a própria macunaimicidade ainda apelam para discursos sociais evasivos, cheios de demagogia e desconversa, talvez num desejo macunaímico de fechar os olhos para a verdade e tentar vender uma fantasia diabólica que nem eles mesmos conseguem mais acreditar.

Não é possível afirmar que seremos obrigados a padecer mais 4 anos de pilantragem e roubalheira, pois o instituto do impeachment existe e já chegou a ser utilizado contra um presidente que não tinha nem um quinto da quantidade de escândalos que sabemos que o atual presidente e seus amigos estão envolvidos. Mas é possível afirmar que o mito deletério do anti-herói maldito é a mais perfeita descrição já feita sobre o modo geral de pensar e agir de toda uma Nação - e quanto a este mito, sim, estamos condenados a conviver com ele por muito tempo.

Desesperador é pensar no tamanho do prejuízo que os não-Macunaímas ainda terão, até que os Macunaímas deste Brasil resolvam se esvergonhar da própria condição e voltem a conter o costume macunaímico de coadunar com o que não presta. Um costume desprezível que desde a época do “Fora Collor” parecia ter desaparecido de vez. Infelizmente não.

sábado, novembro 25, 2006

ALVARO DIAS LIDERA VOTAÇÃO DO CONGRESSO EM FOCO SOBRE MELHORES PARLAMENTARES

O líder da oposição, senador Alvaro Dias (PSDB/PR), está liderando a votação do site Congresso em Foco, que vai eleger os melhores senadores e deputados federais do Congresso Nacional. Para receber o prêmio, 15 senadores e 25 deputados foram pré-selecionados por jornalistas de diferentes veículos de comunicação que fazem a cobertura política no Congresso.
Os jornalistas citaram espontaneamente o nome dos parlamentares, levando em consideração os critérios de honestidade, coerência, preparo técnico ou pessoal, capacidade de oratória, tolerância, espírito público, assiduidade e liderança política.
Os vencedores serão escolhidos por visitantes do site até o dia 12 de dezembro. Os deputados e senadores que mais se destacaram vão receber troféus e medalhas em uma cerimônia, no dia 19 de dezembro.
Se você acompanha e admira o trabalho do senador Alvaro Dias, também deve aproveitar a oportunidade de votar, já que a opinião do eleitor é muito importante e contribui para o aprimoramento das atividades de um parlamentar. Você pode ajudar a escolher os melhores parlamentares no www.congressoemfoco.com.br.

LIÇÕES E ELOGIOS DA OCDE AO BRASIL


Para ter chance de ser aceito na Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE, formada por 30 países desenvolvidos e em desenvolvimento - Europeus, na maioria -, e já tendo incluído o México, não ainda o Brasil), o país terá de avançar em três frentes - recomenda o relatório-análise feito pela entidade e divulgado nesta sexta-feira. Na semana que vem, será a Rússia a passar sob a lupa da OCDE.
A OCDE assinala que a renda per capita do brasileiro representa menos de 29% do valor médio da OCDE e, pior, a diferença está aumentando nos últimos anos, pois estava em 41% no início dos anos 80. E faz três elogios diretos e fortes: a política orçamentária tem mantido seu vigor e a gestão da dívida pública foi exemplar. A política monetária permitiu um recuo durável da inflação, estabilizando também as expectativas inflacionárias. Além disso, o nível de escolaridade aumentou - o que é de se comemorar, diz o relatório.
Mas, mesmo sendo consideráveis os progressos obtidos nos últimos anos em termos de estabilidade macroeconômica e reestruturação da economia, a OCDE diz que o Brasil precisa trabalhar duro para avançar e alcançar os mais ricos - para conseguir isso em 25 anos, a taxa de crescimento do PIB brasileiro teria de superar a da OCDE (hoje, em torno de 1% e 1,5%) em nada menos que cinco pontos percentuais/ano. E o estudo lembra que o PIB brasileiro teve crescimento médio de apenas 2,5% entre 1980 e 2005.
No Brasil, continua o relatório, a produtividade aumentou em seguida à estabilização macroeconômica da metade dos anos 90 e ao início de uma série de reformas estruturais. Entretanto, o país deve melhorar seu desempenho e o crescimento do PIB a fim de deter a queda de renda que, de forma cada vez mais marcante, a separa da situação dos países a OCDE.
Para aproveitar integralmente as vantagens da estabilização, acelerando o crescimento, será necessário consolidar o ajuste macroeconômico, estimular a inovação e modernização das empresas e aumentar o emprego nos setores formais da economia.
Ajuste macroeconômico
O principal desafio no plano macroeconômico é continuar a reduzir o avanço da dívida pública, melhorando a qualidade do ajuste orçamentário, cujo principal resultado até aqui tem sido o aumento da receita e não a redução do ritmo do crescimento da despesa.
Sob esta perspectiva, medidas terão de ser tomadas para pôr fim ao aumento das despesas correntes, notadamente na Previdência Social - e a OCDE ressalta que muitas medidas da reforma de 2003 ainda não foram regulamentadas - para abrir caminho à redução da carga fiscal, já que a dívida cairá significativamente em relação ao PIB.
Diz o relatório que reformar efetivamente a Previdência do setor privado será inevitável nos próximos anos, começando com um esforço para reduzir a informalidade e ampliar a base de arrecadação. E dá três sugestões: 1) desvincular o salário mínimo e o piso da aposentadoria, mas garantindo o poder aquisitivo do beneficiário via correção por um índice de inflação apropriado; 2) estabelecer idade mínima para aposentadoria combinada com período de contribuição; 3) elevar gradualmente esse período, a partir dos 15 anos atuais. Para dar um jeito na Previdência do serviço público, a OCDE recomenda incentivar a adesão a planos de pensão complementar. Outra sugestão da OCDE: nova regra para calcular o limite dos gastos públicos, visando dar r mais flexibilidade ao orçamento. Como a inflação está controlada, esse limite poderia ser um valor nominal fixo (hoje, é um percentual do PIB). Com orçamento mais flexível, o governo poderia alterar prioridades de alocação orçamentária, favorecendo programas mais eficientes em termos de gastos. A OCDE recomenda também mudar o foco da política fiscal, do superávit primário no orçamento para o resultado real das contas públicas. Parece à organização que o governo dá menos atenção do que deveria ao déficit real (receitas menos despesas e pagamento de juros), considerado alto, na média de 3% do PIB ao ano entre 2004 e 2005. No Brasil, as metas se referem ao superávit primário - que exclui o pagamento dos juros da dívida.
Inovação e modernização
O avanço no sentido da inovação empresarial melhora rapidamente. A política de inovação começa a surtir efeito em sinergias potenciais, entre a promoção de atividades científicas e tecnológicas, o apoio da Pesquisa & Desenvolvimento, e a competitividade comercial. Entretanto, os investimentos em P&D são ainda baixos (menos de 0,5% do PIB) em comparação ao dos países da OCDE (1,6% do PIB) e atividade nesta área se apóia principalmente no setor público (administração, universidades).
A despeito de reconhecer um nível considerável de formação em muitos setores específicos, diz que os indicadores referentes à inovação e modernização apontam para a necessidade de avanços ainda consideráveis.
O principal desafio é estimular a inovação das empresas e para isto será necessário também reforçar os quadros técnicos nas empresas e encorajar as parcerias entre universidades e empresas de modo a transformar o conhecimento adquirido em ganhos de produtividade empresarial.
Emprego formal
A taxa de ocupação da população adulta masculina no Brasil pode ser comparada à da zona da OCDE, mas é ainda inferior no que diz respeito à ocupação feminina. No caso dos jovens, a tendência é de redução nessa diferença, devido ao aumento da escolaridade, fato que deve ser comemorado.
Entretanto, o trabalho informal é muito disseminado, especialmente entre as pessoas com menor nível de instrução, pois o mercado de trabalho tornou-se mais exigente quanto à qualificação profissional. Aqui o principal desafio é aumentar o emprego no setor formal e, para tanto, a OCDE recomenda ações para atrair o capital humano especializado às atividades empresariais formais e tornar menos atrativa a informalidade, atingindo o chamado custo da oportunidade.

sexta-feira, novembro 24, 2006

Apedrejamento de mulheres no Iran - E este país quer armas nucleares


O vídeo acima mostra a lapidação (apedrejamento) de duas mulheres iranianas, as quais foram condenadas à morte, e no mês passado tiveram suas sentenças cumpridas. A imagem fala por si mesma. Ambas são acusadas de adultério. O absurdo chega a ponto do Código Penal Iraniano instituir até o tamanho das pedras que serão atiradas contras as rés: “não devem ser tão grandes a ponto de matar a pessoa em apenas um ou dois golpes, e nem tão pequenas a ponto de não serem consideradas “pedras”. No caso de adultério cometido por pessoas casadas há muito tempo, o artigo 84 do Código estabelece que elas devem ser flageladas antes da lapidação. A lapidação de homens também acontece, mas é raro. No caso de uma mulher sobreviver ao apedrejamento e conseguir sair do buraco no solo no qual é enterrada até a altura do peito, a sua situação dependerá de como foi comprovado o adultério. Se o adultério foi comprovado pelas declarações de testemunhas, novamente ela é colocada no buraco e continuará sendo apedrejada até a morte. Se, ao contrário, a própria mulher apedrejada foi a que confessou o adultério, ela é libertada.

quinta-feira, novembro 23, 2006

E tem gente que acha que viu tudo! NEO VS ROBOCOP.


Sempre gostei mais do estilo do Neo!

Suicídio Inteligente

Está desiludido amorosamente, sem dinheiro, cometeu um erro irreversível ou está em depressão crítica, por isso quer se suicidar?! Bem, pelo menos saia do padrão e mate-se dignamente. Essa história de cortar os pulsos, tacar-se de um prédio ou estourar os próprios miólos, só prejudica quem irá limpar seus restos mortais. Mate-se de forma inteligente, contribuindo com alguma coisa no mundo:

  • Pegue um facão ou uma arma de fogo e suba o morro de uma favela. Tente matar quantos traficantes você puder, antes que te encham a cara de chumbo. Provavelmente você não passa nem do segundo tiro, mas se passar será tratado por muitos como herói. Repita isso até ser morto.
  • Repita a idéia de cima, só que trocando os traficantes por políticos e a favela pelo congresso.

  • Vire cobaia de algum laboratório importante que desenvolve experimentos com bons fins. Pode ser que um experimento dê errado e você morra, mas lembre-se, você ia fazer isso mesmo.

  • Experimente coisas perigosíssimas, que poucos tem coragem de fazer, como: Tomar coca-cola e comer mentos, Entrar vestido de demônio em uma Igreja Evangélica, Andar com dinheiro em São Paulo, Ir para um aeroporto nos Estados Unidos de turbante e mochila, Perguntar sobre o Bambu para uma menina de 7 anos e etc. Você acabará com vários mitos e em breve estará morto, porém com a imagem de corajoso.

  • Proteste contra algo errado de forma absurda: Ateie fogo em si próprio em forma de protesto contra as queimadas nas florestas; Arranque partes de seu corpo e envie para a Angola, protestando contra a fome e etc. Faça isso com a TV por perto, um programa sensacionalista dificilmente dispensará o fato.

Idéias absurdas e idiotas?! Não, comparada a essa história de suicídio as idéias do post são até geniais.

Diogo Portugal em: Paródia Humor roubo CD Curitiba


Diogo Portugal não toma jeito mesmo. Mêses atrás, houve uma polêmica em Curitiba-PR, quando uma equipe de cinegrafistas, flagraram dois PMs furtando um CD automotivo em pleno Largo da Ordem (área boêmia da cidade). É lógico que ouve muito tumulto, além de choro e ranger de dentes por parte do Poder Público.
Mas vamos ao que interessa. Diogo Portugal, que como disse acima, não toma jeito mesmo, resolveu parodiar o vídeo dos "policiais" espertalhões.
Divirtam-se!

DOURANDO A PÍLULA

Que tal Ciális para levantar o crescimento?

BOAS INTENÇÕES?
As intenções do presidente Lula, pelo que os noticiários estampam, até podem ser as melhores possíveis para tentar um crescimento do PIB na ordem de 5% para 2007. E para chegar neste número, ainda muito insuficiente, todos sabem que, sem maioria no Congresso, para aprovar uma agenda mínima de reformas que possam tirar algumas amarras da economia, tudo não passará de meras intenções.
O QUE ATRAPALHA?
Entre tantas hipóteses que poderiam ser elencadas para não chegarmos, mais uma vez, a atingir um crescimento minimamente satisfatório, duas delas estão muito claras: 1- O PMDB, que teria fechado, ontem, um acordo de coalizão, não é nada confiável e muito menos unido; e, 2- Lula e o PT, por questões de princípios e de DNA, sempre vão se recusar a fazer as reformas necessárias.
NOVO CICLO VICIOSO
A situação, portanto, é a seguinte: Lula, mais uma vez, está dourando a pílula. Falando de um novo ciclo, como já aconteceu há quatro anos atrás, onde as promessas também foram muitas e as realizações pífias. E faz isto com tal maestria porque já sabe que o brasileiro não dá a mínima para realizações.
ACALENTAR O SONHO
O povo brasileiro prefere promessas e expectativas. Isto, culturalmente, faz parte daquilo que é mais importante: acalentar o sonho. Assim, o negócio é jamais matar o sonho. Mais adiante, com mais calma, novas explicações serão encontradas para justificar os porquês da não realização das promessas de hoje. Afinal, como sempre, haverá lá adiante um culpado de plantão. Quando começará um novo ciclo com novas promessas.
MELHORA EM 30 DIAS
Hoje, com a enorme onda de notícias, informações e esclarecimentos constantes, uma coisa está bem clara para quase toda nossa população: o Brasil pode crescer tanto quanto a China, Índia e Paquistão. Basta fazer algumas reformas. Com profundidade, no entanto. Sem meias solas. De motoristas de táxis e lavadeiras, até empresários e políticos, todos sabem que nestes países o crescimento é de 9% ao ano. Falta o quê, para nós? Decisão. O povo, com certeza vai sentir uma melhora em menos de 30 dias se as reformas vierem. E aí o país acelera.
CUMPRIMENTOS
O novo vice-governador do RS, Paulo Feijó, felizmente já está livre para divulgar suas idéias liberais. E na primeira oportunidade, numa aula magna, deixou bem claro o que pensa sobre empresas estatais. Antes que a sociedade se irrite com o assunto, Feijó propõe que todos pensem, estudem e, a partir daí, respondam: Afinal, que contribuições são obtidas com estatais? Se alguém se debruçar sobre o tema por dois minutos já terá uma resposta pronta: é preciso privatizar urgentemente. Portanto, mentes à obra.

Governo já sabe como vai tentar controlar a mídia. Falta só escolher o Goebbels da hora

Que tal nomear este democrata para o SDI?
Leiam o que vai a seguir e comecem a se preocupar. Volto depois. Por João Domingos no Estadão desta quinta: “O governo planeja uma mudança radical na área de comunicação, que no primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva teve desempenho muito aquém do planejado. Pelo que está em estudo, a Secretaria de Comunicação (Secom) passa a ser denominada Secretaria de Democratização da Informação (SDI), saindo da esfera da Secretaria-Geral da Presidência para as mãos da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, que deverá ter poder fortalecido na nova gestão. A principal missão da nova secretaria será implementar o capítulo da democratização da informação, incluído no programa petista para o segundo mandato. O governo decidiu retomar o assunto mesmo após o fracasso da tentativa de criar o Conselho Nacional de Jornalismo (CNJ) e a Agência Nacional de Cinema e Audiovisual (Ancinav), que, entre outros pontos, se propunha a disciplinar e a regulamentar o funcionamento dos meios de comunicação. A Agência Nacional de Jornais (ANJ) e a Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e TV (Abert) se manifestaram contrárias ao CNJ e à Ancinav, por entender que representariam interferência do Estado. Entre as medidas consideradas capazes de democratizar a comunicação em estudo, estão mudanças na legislação e nos critérios de concessão de rádio e TV, além do fortalecimento de mídias alternativas e regionais. Também há planos para TV digital e tecnologia da comunicação.” Leia íntegra da reportagem

ERA MÉTODO –
Como se vê, os reiterados ataques à imprensa tinham e têm uma dimensão prática, um segundo tempo. Se Lula não consegue sufocar a liberdade de imprensa pela via cartorial, legal, judicial, tentará fazê-lo pela pressão econômica. A proposta dos petistas pretende fortalecer o que eles chamam de “mídia regional” e “comunitária”, revendo, inclusive, as concessões de rádio e televisão. E como é que o governo pode fazer isso? Simples: manipulando a verba publicitária do governo e das estatais.

Lula quer criar o seu DIP (Departamento de Informação e Propaganda) que serviu ao ditador Getúlio Vargas durante o Estado Novo. Não se pode acusá-lo de ineficiência. O nosso maior “herói” republicano, vejam só, foi um caudilho, que prendeu, torturou e matou. Mas ainda é um grande vulto — uma verdadeira assombração, diria eu — na nossa história. Criada a SDI, restará a Lula nomear o Goebbels da hora. Partido para tanto nós já temos.

terça-feira, novembro 21, 2006

Polícia chega a "retrato" de Jack, o Estripador

Imagem de Jack, o Estripador feita por computador

Mais de cem anos após a série de mortes e mutilações que chocaram o Reino Unido, a polícia britânica acredita ter conseguido chegar a um "retrato" de Jack, o Estripador. A Scotland Yard descreve o assassino de pelo menos cinco prostitutas, que nunca foi identificado, como "assustadoramente normal".
O caso foi revisto por um time de especialistas. A partir dos testemunhos de 13 pessoas, feitos há 118 anos, chegou-se à imagem, feita por computador, de um homem de rosto quadrado, testa alta e bigode e cabelo castanho-escuros. O resultado, que será mostrado num documentário hoje, é o mais acurado retrato do assassino já feito.

"Isso está além do que qualquer um havia chegado. Poderiam tê-lo pego", diz o comandante John Grieve. Segundo as evidências, Jack tinha entre 25 e 35 anos e 1,70 m.

Mais de 200 pessoas estiveram sob suspeita de ser o assassino. Os nomes vão do escritor Lewis Carroll, autor de "Alice no País das Maravilhas", ao obstetra da família real.

Comunismo: algumas perguntas e respostas

Esse deveria ser o padrão das camisetas do argentino

O post que segue é para ser lido por gente inteligente e que repudia a cretinice da esquerda, deplora regimes comunistas e gosta de liberdade e democracia. Os petralhas, se quiserem ler, também podem fazê-lo, mas se postarem comentários agressivos serão simplesmente deletados. Peço o obséquio para não contaminarem este blog com imundíce petralhística. Que vão os petralhas para os blogs do Mino Carta, do Nassif, do Paulo Henrique Amorim, do Zé Dirceu, do Josias e do Noblat. Ah...ainda tem o blog do Emir Sader. Estão vendo? Blog petralha é o que não falta.

É possível construir o comunismo?
- Construir até dá. Agora, sobreviver a ele... dificilmente!

Como será a aparência do ser humano do futuro sob regime comunista?
- Ele vai ter mãos pequenas, pois não vai fazer nada com elas, as máquinas trabalharão por ele. Vai ter pés pequenos, pois não precisará andar, vai ser transportado por terra, mar e ar. Vai ter um estômago pequeno pois se alimentará de pílulas com muitas calorias. Também terá uma enorme cabeça, pois deverá pensar muito. Pensar em como obter estas pílulas.

O comunismo é uma ciência?
- Não. Se fosse ciência, seria inicialmente testada em cobaias de laboratório.

Qual a diferença entre a matemática e o comunismo científico?
- Na matemática fornece-se algo e deve-se comprovar algo. Já no comunismo científico tudo está comprovado e nada é fornecido.

Haverá dinheiro no regime comunista?
- Os revisionistas iugoslavos afirmam que sim. Os dogmáticos chineses afirmam que não. Da nossa parte encaramos a questão de forma dialética: alguns terão, enquanto outros não.

Por que Lenin usava sapatos e Stalin botas?
- É que na época do Lenin, a Rússia estava na merda somente até o tornozelo.

Por que nos países comunistas não há desemprego?
- É porque todos estão ocupados: uns constroem, enquanto outros destroem.

O que é uma constante nos países comunistas?
- São as dificuldades temporárias.

DORMINDO PROFUNDAMENTE!

Sleeping 1986 - Claudia Williams Oil on Canvas, 73 x 92cm Private Collection, France

Alguns leitores reclamam que descrevo o problema mas não indico solução. Sabem por que faço isso? É que as únicas soluções possíveis são tão difíceis e remotas que só de pensar nelas a visão do problema se torna ainda mais insuportável. Cada vez que volto ao assunto ecoa na minha memória o verso de Manuel Bandeira, o mais triste da literatura universal, que resume a história do Brasil nas últimas décadas: "A vida inteira que poderia ter sido e que não foi."
Em 2002, numa reunião internacional, os estrategistas da revolução latino-americana já haviam chegado à conclusão de que nenhuma força de direita tinha condições de erguer-se para enfrentá-los. Desde então o poder da esquerda veio crescendo formidavelmente, especialmente no Brasil, e seus eventuais adversários não fizeram senão ceder terreno, acomodar seu discurso ao do inimigo, abdicar de toda identidade ideológica e gastar energias preciosas em alianças debilitantes, em campanhas de bom-mocismo sem teor ideológico e em esforços eleitorais perfeitamente fúteis.
É claro que antevejo soluções. Mas tenho a quase certeza de que ninguém vai colocá-las em prática. Todos os que poderiam fazê-lo estão demasiado fracos, demasiado sonsos para poder reagir. Oito, dez anos atrás andei sugerindo soluções. Falei a empresários, políticos, religiosos, intelectuais, militares. Em geral não consegui persuadi-los nem mesmo de que havia um problema – o mesmo problema sob cujo peso agora estão gemendo. Todos, sem exceção, avaliavam a situação baseados somente no que liam na mídia, prescindindo solenemente de qualquer conhecimento das fontes diretas, da bibliografia especializada ou mesmo dos clássicos do marxismo. E julgavam com uma segurança, com uma pose! Uns confiavam nos seus galões, outros no seu saldo bancário, outros nos seus diplominhas da USP como se fossem garantias de infalibilidade, incomparavelmente superiores a décadas de estudo e montanhas de documentos. Uns diziam que eu estava açoitando cavalos mortos, outros estavam tão despreocupados que tinham tempo para criticar detalhes de estilo que os incomodavam nos meus artigos, outros, ainda, davam-me conselhos jornalísticos, recomendando-me temas mais agradáveis para conquistar os coraçõezinhos das leitoras em vez de assustá-las com advertências apocalípticas. Assim o tempo passou. Acabei-me recolhendo à minha insignificância, e hoje me dedico à função que me resta: analisar o mais objetivamente possível a agonia do Brasil, para uso dos futuros historiadores. Larguei a prática da medicina de urgência para dedicar-me ao estudo das patologias terminais. É um assunto inesgotável e, para quem observa o moribundo de longe, interessantíssimo. Mas eu estou no Brasil, corro o risco de morrer de depressão. Queria estar à distância, assim a melancolia do declínio se tornaria quase uma experiência estética.
Vou lhes dar só um exemplo de como a esquerda está adiantada na conquista de seus objetivos e a direita, ou o que resta dela, ainda nem começou a se dar conta do estado de coisas.
No fim dos anos 70, o presidente Jimmy Carter, fiel às diretrizes do CFR, decretou que a melhor maneira de combater o avanço do comunismo na América Latina era apoiar a "esquerda moderada". Quem conhece a figura sabe precisamente o que ele queria dizer com isso: tratava-se de fomentar o comunismo alegando combatê-lo. Os brasileiros estão (até hoje) tão por fora do que acontece nos EUA, que a simples hipótese de um presidente americano pró-comunista ainda lhes parece absurda e fantasiosa. Falta-lhes o conhecimento de pelo menos setenta anos de história. Ainda nem se tocaram de que o braço-direito de Franklin D. Roosevelt em Yalta era um espião soviético, de que na gestão Truman o Departamento de Estado foi entregue a um advogado chiquíssimo cujo escritório representava oficialmente o governo da URSS nos EUA, de que todas as acusações de espionagem nos altos círculos lançadas pelo senador Joe McCarthy acabaram sendo confirmadas (com uma única exceção) e de que, enfim, o lugar mais seguro para os comunistas, depois da redação do New York Times, é o governo americano. É horrível conversar com pessoas que, precisamente por não saber nada, acreditam saber tudo. Principalmente quando elas têm dinheiro bastante para pagar consultores que as conservam na ilusão.
Graças à ação conjugada da ignorância e dos consultores, até hoje o empresariado brasileiro acredita piamente na lenda esquerdista de que os americanos deram o golpe de 64 e não sabem que a verdade é precisamente o contrário, que o governo de Washington não ajudou em nada a criar o regime militar mas sim foi o principal responsável pela sua destruição. "Fortalecer a esquerda moderada" significava, desde logo, eliminar a direita, radical ou moderada, como alternativa válida ao esquerdismo. A morte da direita nacional foi decretada por Jimmy Carter, pelo CFR e pelas fundações Ford e Rockefeller [*]. O programa foi cumprido à risca, com sucesso total. Como a política de Washington para com a América Latina não mudou substancialmente desde então (exceto parcialmente e por breve tempo na gestão Reagan), e como a atuação das fundações bilionárias em prol da esquerda continental se intensificou enormemente nas últimas décadas, a direita brasileira não só perdeu qualquer apoio americano residual mas ainda nem sequer se deu conta do tamanho dos inimigos que a cercam e estrangulam hoje em dia.
A esquerda encobriu tão bem essas informações elementares, essenciais para a compreensão do que se passa no Brasil, que até agora elas são radicalmente ignoradas por quem mais precisaria delas. Refiro-me especialmente ao empresariado. Os militares, por sua vez, não desconhecem os fatos, mas, bem trabalhados por agentes de desinformação, interpretam tudo às avessas: enxergam os Carters e os Clintons como agentes do "imperialismo americano" (e não do globalismo anti-americano) e acabam sendo levados pela tentação de se aliar à esquerda para se vingar das humilhações sofridas pelas forças armadas nas últimas décadas. Os aplausos dos homens de farda à recem-constituída "Comissão de Defesa das Forças Armadas" – mais um ardil da esquerda inventado para integrar as nossas tropas na revolução chavista – mostra que o horizonte de consciência dos nossos militares, pelo menos os de comando, é tão estreito quanto o do empresariado.
Entre a esquerda e a direita, no Brasil, não há só uma monstruosa desproporção de forças: há um desnível de consciência imensurável. De um lado, informação abundante e integrada, intercâmbio constante, flexibilidade estratégica, conhecimento e domínio dos meios de ação. Do outro, fragmentos soltos mal compreendidos, amadorismo bem pago, opiniões arbitrárias e bobas voando para todo lado, desperdício das últimas energias em esperanças eleitorais insensatas e projetos "anti-corrupção" ideologicamente inócuos, facilmente absorvidos e instrumentalizados pela própria esquerda. Os esquerdistas absorveram profundamente o preceito de Sun-Tzu: conhecer o inimigo melhor do que ele conhece você. A esta altura, o general chinês, se consultado por algum direitista brasileiro interessado em "soluções", responderia: "Não converso com defuntos." Por que eu deveria ser menos realista que Sun-Tzu?
A direita não está somente esmagada politicamente sob as patas da esquerda. Está dominada psicologicamente por ela, ao ponto de repelir com ojeriza a simples hipótese de fazer algo de efetivo contra a adversária. Exemplo? Façam a lista de todas as ONGs, departamentos do governo, cátedras universitárias, empresas de produções artísticas e órgãos de mídia empenhados, há trinta anos, em investigar, divulgar e ampliar até dimensões extraplanetárias os crimes reais e imaginários da "direita". A quantidade de dinheiro e mão-de-obra envolvida nisso é incalculável. Agora experimentem ir falar com algum empresário soi disant liberal ou conservador, e sugiram ao desgraçado fundar uma ONG, mesmo pequenininha, para informar o público sobre torturas e assassinatos de prisioneiros políticos em Cuba, sobre os feitos macabros das Farc e do MIR, sobre as conexões entre esquerdismo e narcotráfico. A resposta é infalível: ou o sujeito rotula você de extremista, de louco, de fanático, ou desconversa dizendo que não se deve tocar em assuntos indigestos, que é mais bonito circunscrever-nos a assuntos inofensivos de economia e administração. Se um dos lados tem o monopólio do direito de fazer a caveira do outro, e o outro ainda reconhece esse monopólio como legítimo e inquestionável, a briga já está decidida. A própria direita concede à esquerda o direito de matar, torturar, ludibriar, e ainda posar de detentora exclusiva das mais altas qualidades morais. Depois disso, que alternativa resta aos partidos direitistas, senão tornar-se subseções dos de esquerda? Vejam o PFL. Esse partido, que um dia chegou a ter alguma perspectiva de futuro, se autodestruiu mediante sucessivas alianças com a "esquerda moderada" tucana. Em vez de afirmar sua independência, de reforçar sua ideologia, de criar e expandir a militância, preferiu dissolver-se em troca de carguinhos que só lhe davam o poder de fazer o que o sócio mandasse. A experiência de mais de uma década não lhe ensinou nada. Continua ingerindo doses cada vez maiores do remédio suicida.
Querem soluções? Elas existem, mas os homens influentes deste país, tão logo acabem de ler a lista, já vão querer atenuá-las, adaptá-las ao nível de covardia e preguiça requerido para ser direitistas "do bem" ou então diluí-las em objeções sem fim até que se transformem nos seus contrários, mui dialeticamente.
Se querem saber, essas soluções são as seguintes:
1 - Aceitar a luta ideológica com toda a extensão das suas conseqüências. Não fazer campanhas genéricas "contra a corrupção", salvando a cara do comunismo, mas mostrar que a corrupção vem diretamente da estratégia comunista continental voltada à demolição das instituições.
2 - Criar uma rede de entidades para divulgar os crimes do comunismo e mostrar ao público o total comprometimento da esquerda atual com aqueles que os praticaram. A simples comparação quantitiva fará o general Pinochet parecer Madre Teresa.
3 - Criar uma rede de ONGs tipo media watch para denunciar e criminalizar a desinformação esquerdista na mídia nacional, a supressão proposital de notícias, a propaganda camuflada em jornalismo.
4 - Desmantelar o monopólio esquerdista do movimento editorial, colocando à disposição do público milhares de livros anticomunistas e conservadores que lhe têm sido sonegados há quatro décadas.
5 - Formar uma geração de intelectuais liberais e conservadores habilitados a desmascarar impiedosamente os trapaceiros e usurpadores esquerdistas que dominaram a educação superior e os órgãos de cultura em geral.
6 - Formar e adestrar militância para manifestações de rua.
7 - Durante pelo menos dez anos enfatizar antes o fortalecimento interno do movimento do que a conquista de cargos eleitorais.
8 - Criar um vasto sistema de informações sobre a estratégia continental esquerdista e suas conexões com os centros do poder globalista, de modo a esclarecer o empresariado, os intelectuais e as Forças Armadas.
Essas são as soluções. Tudo o mais é desconversa. Ou os brasileiros fazem o que tem de ser feito, ou, por favor, que parem de choradeira. Que aprendam a morrer com decência. Se o Brasil cessar de existir, ninguém no mundo vai sentir falta dele. E se todos os brasileiros não inscritos no PT, no PSOL, na CUT e similares entrarem na próxima lista de falecidos do Livro Negro do Comunismo, talvez só eu mesmo ache isso um pouco ruim. Em todo caso, o fim do Brasil não vai abalar as estruturas do cosmos. Os esforços da direita nacional para a conquista da perfeita inocuidade estão perto de alcançar o sucesso definitivo. Quem em vida se esforçou para não fazer diferença, não há de fazer muita depois de morto.
Se escrevo essas coisas, faço-o com dupla razão, porque vejo o esforço dessa entidade para fazer alguma coisa com bravura num país onde todo mundo está procurando um lugarzinho para se esconder em baixo da cama e até a mulher do presidente já tratou de se garantir com um passaporte italiano. Assisto aos vídeos daqueles combatentes reunidos no seminário "Liberdade, Democracia e o Império das Leis", e me pergunto: Cadê o resto do país? Cadê os donos da mídia, que lambem os sapatos dos comunistas aos quais entregaram suas redações? Cadê os banqueiros, que têm um orgasmo a cada novo aumento dos impostos e sabem que lucram com a destruição da liberdade, da segurança, das leis? Imaginam por acaso que trogloditas capazes de depredar o Congresso vão, miraculosamente, respeitar amanhã as sedes dos bancos privados? Cadê os homens da indústria, que estão de quatro, sem fôlego, e ainda insistem em bajular seus algozes? Cadê a Igreja Católica – ou a entidade que ainda leva esse nome --, autotransfigurada em órgão auxiliar do Foro de São Paulo? Cadê a tal "classe dominante", cuja única ocupação nas últimas décadas é deixar-se dominar? Cadê os militares, cujo mais alto sonho de glória parece ser a aposentadoria sob as asas do Estado previdenciário socialista? Pergunto isso ao vento, e a resposta vem em outro verso de Manuel Bandeira: "Estão todos dormindo, dormindo profundamente."